Capítulo 3

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Eles colocaram o plano em prática.
Foram  até uma pequena sala onde havia uma escada, escada essa que levava até a cozinha.

O segundo andar da casa onde ficava a cozinha, era enorme. Eles começaram a olhar tudo para ver se as portas estavam devidamente trancadas. Ou até pior: se não havia nenhum zumbi alí.

- Gente, parece que ta tudo trancando. - Disse Pablo.

- As que eu olhei também estão. - Disse Valdeisa.

- Vamos logo pegar as facas e fazer o que temos que fazer, de uma vez. - Lúcio falou agoniado.

- A porta principal não está trancada, irmã Délia deve ter aberto para pegar algo para a PJ. Isso vem bem à calhar, pois se a gente sair por aqui, vamos pegar os zumbis que estão no portão da nossa sala, de surpresa. Ou até mesmo, passar sem sermos percebidos. - Val sugeriu.

Eles foram até à dispensa, havia um armário cheio de comida, e duas geladeiras com sucos, refrigerantes, frios, e legumes.

- Parece que temos comida para uns dias... - Concluiu Lucio.

- Ainda bem. - Valdeisa disse com um suspiro.

- Olhem aqui as facas. - Pablo disse mostrando as facas.

Cada um dos jovens pegou uma.
Ela não eram tão grandes, porém não eram tão pequenas, e estavam bem afiadas.

- Vamos fazer como eu disse, saímos aqui pela cozinha e trazemos eles por aqui também. - Disse Val.

- Eu vou na frente. - Falou Lucio colocando o braço na frente de Val, impedindo que ela tomasse a dianteira.

O rapaz abriu a porta com cuidado, para que ela não rangesse. Com o mesmo cuidado que ele a abriu, os outros saíram olhando em volta.

- Vamos, não tem nenhum zumbi por aqui. - Chamou Lucio.

Sorrateiramente, os quatro jovens desceram em direção à sala dos Acólitos, onde a PJ fazia suas reuniões sabáticas.

O percurso não era tão longo, para a sorte deles. Os zumbis que seguiram as meninas ainda estavam lá, em frente da porta da sala do SAV.

- Vamos gente! - Lucio chamava em um sussurro, fazendo um gesto com a mão, apressando os outros três.

Eles logo chegaram em frente a sala que provavelmente estariam os pjoteiros. Avistaram uns zumbis ao longe, mas eles não pareciam notar a presença dos jovens alí.

- Será que estão aí dentro? - Valdeisa perguntou, mais para sí mesma, do que para os outros.

- Está tudo escuro aí dentro. - Pablo observou.

- Tem alguém aí? - Val susurrou perto da porta, em quanto batia lentamente com a ponta do dedo, para não fazer barulho. Definitivamente, seriam tempos de silêncio. - Oi, sou eu, a Valmaria, tem alguém aí? - Ela quis saber outra vez.

- Amor? - Uma voz masculina respondeu sussurrando do outro lado.

Os olhos da menina se acenderam ao ouvir a resposta do outro lado. Era Pedro, o namorado dela. Todo esse tempo ela não havia demostrado lembrar ou se preocupar com ele. Mas esse não era seu feitio. A menina difícilmente demostrava essas coisas. Mas, naquele momento foi difícil esconder o alívio que sentiu.

- Amor, abre, a gente precisa entrar. - Ela falou.

Em uns instante ouviu-se o barulho baixo de chaves. E a porta se abriu. Os quatro adentraram o lugar.

Val abraçou Pedro, que retribuiu o abraço fortemente.

- Eu estava preocupado. - Ele disse.

- Eu também estava. - Ela respondeu se desvencilhando dos braços dele e em seguida olhando os outros. Havia mais ou menos uns 20 jovens dentro da sala.

- Viemos buscar vocês para a nossa sala, lá é mais seguro e temos comida e água. - Foi Lucio quem se pronunciou.

- Que bom que vieram. Aqui não íamos durar muito tempo. - Gaby, a coordenadora respondeu.

- Vamos logo, estamos perdendo tempo. A vinda foi fácil, mas vai ser difícil ser discretos com tanta gente. - Disse Pablo.

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