Zumbis em NOMA

Capitulo 16

Capítulo dedicado a PedroAlberto504

Pelos 1.4 meses de namoro, em 06/10/19

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O sol lançava seus últimos raios sobre aquele lugar. Apenas cheio de corpos e criaturas estranhas perambulando. E as cores alaranjadas no céu, já não pareciam mais tão belas. Eles não dormiam, não descansavam... Tamanha era sua fome. Não havia trégua, momento algum era seguro. Eles estavam em todo lugar!

E agora? Ela estava encurralada. Nunca imaginou que terminaria daquela forma. Antes ela gostava de zumbis, mas não pensava que os filmes deixariam de ser ficção. Nem mesmo no próprio apocalipse, ela congitou que seu fim chegaria tão rápido.
Vall queria ajudar seus amigos, queria passar mais tempo com eles, mesmo que naquelas circunstâncias, ela acreditava que sempre encontrariam razões para sorrir. Seria duro, complicado. Mas encontrariam. Juntos!

Mas agora, ela não iria mais participar disso.

Os zumbis iam pra cima famintos. Mas Vall, mesmo sabendo que era impossível escapar, lutou incansavelmente. Suas mãos e parte dos braços já estavam ensanguentadas de tantos golpes que havia dado com suas facas.

No entanto, como todo caminho tem um início e um fim, o fim havia chegado. Literalmente. Vall estava sem saída.

Suas costas bateram em um carro que estava parado na estrada onde já não havia trânsito. Os zumbis a cercaram.

Ela entrou em pânico e cerrou os olhos esperando as mordidas.

Mas em vez de levar mordida, a menina apenas despencou ao chão, num movimento rápido, pondo em prática uma idéia que acabara de ter.

Ao cair no chão, rolou rapidamente para debaixo do carro. Se sentia até uma ninja. Mas ela sabia que aquilo não passava de reflexo e uma boa pitada de sorte. Querendo ou não nossos corpos também foram feitos para se defender, no modo automático.

Os zumbis rapidamente iam cercar o carro e puxa-la lá debaixo, e aí sim, não teria mais nenhum golpe de mestre. A menina tentou rastejar o mais rápido possível para sair do outro lado.

Um barulho de lâmina cortando carne podre tomou os ouvidos da menina, e lá debaixo do carro sua visão era limitada. Agora, em vez de ver os pés dos zumbis ela vida suas cabeças degoladas caindo de uma a uma ao chão.

O que estava acontecendo? Vall se perguntou?
Quem estaria lá, mandando aos zumbis? Aos fazer essa pergunta, o medo tomou conta do alívio. Podia ser alguém que poderia fazer algum mal a ela.

Quando todos os zumbis estavam caídos ao chão, Vall teve a visão de dois pares de pés caminhando em volta do carro. Usavam uma espécie de coturnos negros. Vall ficou aflita. Quem eram aquelas pessoas? Eram homens, de certo.

- Saia daí, rápido! - Ordenou uma voz masculina, apressada. - Tem mais zumbis vindo pra cá.

Ela não tinha escolha. Se não saísse, claro que seu salvador a tiraria de lá. Ele não teria todo aquele trabalho por nada.

Rastejando, Vall saiu de debaixo do carro, ergueu-se e vislumbrou o rosto do homem que lhe falava.

- Oi, eu sou Marcos. Aquele ali é meu amigo Pedro. - O rapaz falou, apontando para o outro que estava do outro lado do carro, já encarando Vall com uma expressão de surpresa.

A menina olhou para Pedro tão rápido quando ouviu o seu nome. E ao constatar que sim, era ele. Não era um outro dos milhares de Pedro que existem no mundo. Mas o seu Pedro.

- Amor?! - A menina falou com a voz trêmula. Quase chorando. E em seguida deu a volta no carro em passos largos e se jogou nos braços do rapaz que a recebeu a envolvendo, num abraço sufocante.

- Eu pensei que você tivesse morrido. - Ela disse, chorando.

- Eu sempre falei que cuidaria de você. - Pedro respondeu, com a voz embargada. - E eu estou aqui agora. Me perdoa por fazer achar isso.

- Gente, vamos, depois vocês terminam isso. - Marcos chamou. Ele era mais ou menos da altura de Pedro. Cabelos negros e pele clara. Nas costas estava posicionada uma espada, assim como a que Pedro também tinha. Vestia uma camisa de botões que algum dia havia sido branca.

Pedro e Vall se separam olhando para ele.

- Vamos, temos que ir pra delegacia. Esse era nosso plano. - Vall falou, e Pedro e Marcos concordaram.