Revenge

Médico

- A mamãe ainda não chegou, papai? - já faziam 10 dias desde o sumiço de Any.

- Ainda não, princesa. - disse triste.

- Eu não vou chorar, papai. Estou aqui com você, como a mamãe pediu. - ela me abraçou.

- Bom dia, Josh. - Sabina desceu as escadas. Ela estava ficando aqui desde o dia em que Any sumiu. - Vamos pra escola, amor?

- Vamos sim, titia Sabi. - sorriu. - Tchau, papai. Eu te amo e prometo que vou voltar.

Ela disse isso pois na primeira semana, não permiti que ela fosse em lugar nenhum sem mim.

Depois de muita conversa com a minha mãe, Joalin e Sabina, permiti que ela voltasse para a escola.

Juci também não dava sinal de vida. Suponho que ela tenha sido levada com Any.

Juci

Eu tinha um plano. Any continuava a ingerir alguma coisa que lhe fizesse perder a memória.

- Preciso ir ao supermercado, Felipe. Any está sem nada.

- Eu realmente preciso de mais empregados nessa jossa. E só por isso que você vai. Quer levar a pirralha? - ele perguntou.

- Claro. Não vou deixar ela sozinha com você.

Felipe me entregou o cartão e eu fui chamar Any.

- Querida, vamos ao supermercado. - avisei.

- Ok, vou colocar um tênis.

Saímos de casa acompanhadas por um segurança, óbvio. Felipe era burro mas não tanto.

- O que vamos comprar? - perguntou.

- Comidas. Precisamos de coisas saudáveis para você. Seu neném precisa crescer firme e forte!

- E quando eu vou ao médico? - perguntou novamente.

- Em breve, meu amor.

Narradora Point Of View

Any e Juci chegaram ao supermercado. O paspalho que estava acompanhando elas, entrou junto.

Se elas soubessem como ele é um idiota.
Lamar sempre foi meio lerdo. Mas tinha um bom coração.

Na verdade ele não sabia que Any e Juci estavam presas naquela casa, em um bosque coberto de neve em Nova York.
Ele somente tinha conhecimento de que Any estava grávida, até porque era muito perceptível, por sua barriga. Também sabia que ela era filha da ex de Felipe.

O pobrezinho não tinha ideia de que estava trabalhando para um assassino.

Ao entrarem no supermercado, Juci congelou no lugar.

- Ai meu Senhor! - foi o que os dois falaram juntos.

Bailey correu até Any e a abraçou fortemente. O segurança já tinha se dispersado pelo supermercado em busca de café grátis.

- Desculpa, mas quem é você? - Any perguntou quando Bailey soltou ela.

- Não liga pra ela, Bailey. Ela está sob efeito de remédio. Felipe está colocando algum remédio nas comidas dela. Eu não entendo como, mas não acho nenhuma substância diferente.

- Preciso avisar ao Josh. - falou pegando ao celular.

- Quem é Josh? - perguntou Any.

- Aqui não, Bailey. Estamos acompanhadas de um segurança. Por favor dê um jeito de nos tirar daquele lugar! - Juci suplicou e então se lembrou que precisava de um empregado na casa. - Bailey, estamos precisando de empregados. Pense sobre isso.

Eles nem se lembravam que Any estava ali, sem entender nada sobre quem era esse Bailey e muito menos o tal Josh...

Esse nome não lhe era tão estranho, talvez viu em algum livro ou filme, mas a coitada não se lembrava de nada.

- Senhora Juci, será que podemos marcar meu médico hoje? - Any perguntou.

- Acho que sim, querida. - ela respondeu.

Bailey observava tudo quieto e pensativo. O idiota do segurança ainda tomava a merda do café grátis.

- Eu posso ser o médico!