~VI~

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Na semana seguinte, a "noiva" de Harry chegou. O príncipe não podia dizer que estava animado, pois aquilo seria uma grande calúnia. Ele conheceu algumas pessoas e ainda escutou de seu "futuro sogro", que a garota era extremamente mimada e a culpa era de sua mãe. Não importava o que a garota queria, ela iria dar um jeito de dar isso a ela e isso chegou ao nível da rainha da França, subornar, maltratar e ameaçar vários governantes.

A princesa, uma vez, quis casar-se com o príncipe de Bradford, mas o mesmo falou na frente da garota que não gostava dela e que ela era extremante irritante. A rainha fez um escândalo com aquilo e disse que iria afundar aquele Reino. O príncipe não se importou à princípio, até que houve uma tentativa de homicídio contra si. O rei da França teve que fazer um acordo, dando-lhe uma boa parte de sua terra mais acentuada para o Reino de Bradford, já que eles eram os mais poderosos dali. A rainha quase foi abdicada ao trono, a sorte dela era que ela tinha uma filha, que precisava de alguém fazendo o que ela quisesse.

Harry conheceu o príncipe de Bradford há um ano. Zayn Malik era um príncipe, hoje em dia rei, por conta do acidente que houve com seus pais, era uma pessoa à ser invejada. Era belo, determinado e, em seu Reino, qualquer um que tivesse qualquer tipo ação, palavra ou pensamento que desrespeitasse alguém, seria condenado à serviços comunitários, o pior deles, e caso não mudasse, seria morto. Algo que o atual rei de Bradford não admitia era o preconceito. Qual é? Em que século eles vivem, XIX?

Harry amava aquilo no amigo, é tanto que o convidou para o possível casamento e disse para o rei que, caso estivesse desesperado para sair desde acordo ridículo, pediria ajuda a ele e, claro, Zayn não pensou duas vezes antes de aceitar tal coisa, afinal, passou duas semanas com aquele ser em seus pés, tentando ganhar algo de si e até tentou fazer com que Zayn a bajulasse, como a rainha da França fazia. Algo que Zayn odiava: bajulação. Ele cresceu com vários empregados o bajulando para conseguir algo com seu pai ou mãe, era triste ve-los se humilharem por tão pouco. Ele odiava bajular e odiava que o bajulassem. Quando conheceu Harry e Gemma, achou que os irmãos iriam o cortejar até conseguirem o que queriam, mas foi totalmente diferente, Gemma o levou para fumar e Harry o levou para beber e o mostrou o bom da vida, a liberdade. Claro, aquela era a primeira vez do príncipe, de Bradford, bebendo e posso dizer que aquilo acabou bem e mal.

O bem: Zayn se assumiu para a família, foi aceito por ela e ganhou mais amor por ele ter mostrado quem era e viu sua mãe chorar de orgulho, pois ela tentava tanto fazer com que o filho se abrisse com ela. Seu pai ficou surpreso, afinal, quem não ficaria? Mas aceitou muito bem. Suas irmãs gritaram que sabiam e que a mais velha, entre as três, estava lhes devendo 30 libra, para cada.

O mal: houve comentários ofensivos contra a família, mas nada que não fossem controlados, pois se um deles dissessem que queriam a cabeça de cada um daquela sala em uma bandeja, o único questionamento seria: Em que tipo de bandeja?

O príncipe ainda escutou vários murmúrios, mas também muitos elogios, mais elogios do que ele possa contar ou imaginar. Harry queria ter tal coragem. Todos de sua família sabiam de sua sexualidade, menos seu pai, na percepção de Harry: "Um homem que não sabe querer a felicidade dos outros e é totalmente egoísta, não merece qualquer mínimo de vínculo com ele ou com quem vale a pena".

Antes da chegada de Camille, Harry e Gemma nem se davam ao trabalho de ir jantar com seu pai. Seus jantares eram servidos em seus quartos ou no quarto de Harry, onde havia sempre risadas dos dois tirando brincadeira um com o outro. Desmond, quando passava em frente ao quarto, escutava cada risada dos filhos, principalmente de Gemma, e ele não podia negar que sentia falta daquilo, mas aquela falta não era suficiente para aplacar seu egocentrismo e seu egoísmo.

Quando Gemma chegava em um lugar que Des estivesse, e se ela estivesse com um sorriso, ela o desmanchava e dava meia volta, mesmo que fosse na biblioteca, seu lugar favorito. A indiferença é algo tão cruel e sórdido, mas ele pediu por aquilo e sabia, porém, não iria fazer nada, sua vida não dependia de seus filhos. Nem a vida de seus filhos dependia da dele, mas ele conseguiu arrancar o brilho de Anne, o sorriso de Gemma e a liberdade de Harry. Era para ele sentir-se um monstro? Sim! Mas só percebemos que somos um, quando estamos no fundo do poço, precisando da ajuda daquele que nós mesmos destruímos.

forbidden love | L.S MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora