~II~

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Harry dormiu com os olhos azuis do garoto, em sua mente, chegou a sonhar com os mesmos. Na manhã seguinte, depois de um banho merecido, Gemma entrou em seus aposentos, afirmando que tinha algo sério a falar com seu irmão, fazendo o mesmo se assustar. O mais velho sentou-se em sua cama e Gemma sentou ao seu lado.

— Bom, o que tenho a lhe dizer é muito sério.... — Ela cortou sua própria fala, pois estava com raiva e decepcionada, ela nunca imaginou que seu pai, o homem que ela considerava um herói, faria algo assim.

— O quê? Gemms, você está me assustando! — O garoto disse assustado, pois algo podia ter acontecido com sua mãe.

— Nosso pai, ele... — Ela estava segurando suas lágrimas de decepção, não queria acreditar que seu pai havia vendido a felicidade de seu irmão.

— O que ele fez? — Agora Harry estava sério, seu maxilar estava travado e suas sobrancelhas franzidas.

Ele não confiava em seu pai e nunca confiaria, ele não merecia algo tão grandioso.

— Ele fez um acordo com o rei da França! — Gemma respondeu sem olhar para seu irmão, sabia que quando contasse, ele iria surtar.

Algo que Harry amava era a liberdade e agora isso seria tirado dele. Sua liberdade; suas asas ao vento; sua sensação de vida; suas decisões e sua felicidade, tudo seria tirado dele. Qual sentido a vida faz, se não temos liberdade? Se não temos aquela sensação gostosa de vida em nossas veias? Harry amava sentir que estava vivo! Que estava vivendo e não sobrevivendo! E agora nunca mais iria sentir-se vivo outra vez.

— Que acordo? — Seus olhos estavam opacos, sem brilho e seu rosto sem expressão. Ele estava esperando pelo pior.

— Você só irá se torna rei, se casar com Camille Rowe, a princesa da França! — Ela soltou de uma vez, não queria prolongar aquilo por mais tempo.

— O quê? — Ele não elevou a voz, não quis assustar a sua irmã ou fazer com que ela se preocupasse. — Ele não pode fazer! — Harry colocou suas mãos em seus cabelos e começou a puxa-lo. Seu pai era um egoísta.

— Sinto muito, Hazz, mas pensa que pode ser pelo bem do Reino! — Ela tentou justificar, tentando fazer Harry acreditar em suas palavras, mas era ela quem queria acreditar naquilo.

— Você ainda tenta se iludir, achando que nosso pai é bom? — Ele olhou desacreditado para a irmã. — Nosso pai é um egoísta, narcisista, controlador e fascinado pelo poder, tanto que quer mais do que pode ter! — Harry não média suas palavras. O que ele mais amava estava sendo tirado dele.

— Eu sei, só queria acreditar que meu pai não é esse humano, que ele esta se mostrando ser! — Ele falou triste. A garotinha de sonhos altos e, as vezes assombrosos, dos quais tinha um herói. Agora era uma era só uma garotinha com sonhos altos e assombrosos. Sem um herói para resgata-la.

Harry a abraçou, infelizmente seu pai destruiu o herói que Gemma criou e começou a construir a pessoa amarga que Harry, talvez, se tornaria.

Quando a liberdade é tirada de nós, acabamos esquecendo como se vive e como é o sabor da vida. Cada um de nós temos alguém que nos tira a liberdade, mas também temos alguém a traz de volta para nós. Porém, Harry não tinha quem trouxesse sua liberdade de volta; Não tinha quem o ensinasse a viver, depois dele ter esquecido de algo tão bom; Não tinha a pessoa que mostraria a ele, o que significa, realmente, viver.

— Harry, nosso pai sempre foi assim, não é? Era só eu quem não queria ver? — Gemma perguntou, ela estava chorando antecipadamente, pois, se seu pai teve coragem de tirar a liberdade de seu irmão, o que ele poderia tirar da garota?

forbidden love | L.S MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora