forbidden love | L.S Mpreg

~XIX~

You don't have to say you love me
You don't have to say nothing
You don't have to say you're mine
Honey
I'd walk through fire for you
Just let me adore you

Outra madrugada, aqui estamos nós.

Boa leitura.

- Quer me dizer o que está sentindo? - Louis perguntou e o olhava tão profundamente, que Harry podia dizer "eu te amo", tranquilamente, mas era muito cedo para isso.

Harry ainda olhava para o rosto de Louis, enquanto estava sentado na ponta da cama do mesmo e se mantia calado. Harry não gostava de dizer o que sentia, porque a sensação que tinha era de ser fraco demais.

Interessante não? Nos sentimos fracos demais falando dos nossos sentimentos, mas já parou para pensar que, ninguém é fraco por dizer o que sente e sim por não dizer? Porque tipo: se você parar para raciocinar, somos fortes ao dizer que precisamos de ajuda, que sentimos aquilo e que somos inseguros! Não é porque todos falam que você vai se tornar fraco ao dizer o que sente, que você vai ser. Você vai ser fraco, se der ouvidos ao que eles dizem.

Os Astériotipos da sociedade é: "homem não pode chorar ou ser sentimental demais, porque automaticamente, vai ser gay ou mulherzinha", como se mulher chorasse o tempo todo e fosse fraca demais, e ser gay fosse algo extremamente errado.

"Se você admitir que precisa de ajuda, você vai demonstrar que é totalmente dependente e idiota demais para resolver seus problemas sozinhos", sendo que na maioria das vezes, precisamos sim de ajuda, porque ninguém chega ao topo, sem amigos ou família.

"Se você demonstrar que está ou é, inseguro, você é fraco demais para esse mundo", sendo que todos temos nossos medos e inseguranças.

Harry estava ali, sentado em frente a Louis, com receio de contar tudo o que sentia, por medo de ser chamado de bobo e nada daquilo fazia sentido. Mas sabe, tudo o que sentimos, faz sentido, não sentimos aquilo por acaso, há uma razão. Tudo tem uma razão.

- Nada, eu estou bem! - disse por fim, mas não foi convincente, nem para ele mesmo.

- Nem você está acreditando no que está falando, por favor, me diz... Como eu posso te ajudar se você não me diz o que sente? - Louis implorou por aquilo, mas se o garoto continuasse dizendo que não. Não iria insistir.

- É só que... - Louis se manteve calado, não queria interromper aquilo, vai que Harry perdesse a coragem. - Eu me sinto inseguro! Certo, eu tenho esse porte de "sou seguro de mim e sei do que sou capaz", mas não é bem assim! Eu não sei do que sou capaz e acho que não é de muita coisa, tenho medo de fazer tudo errado com você, sei que estamos no começo de algo, mas começar errando não é o propósito aqui. - Harry respirou fundo. - Eu não sou aquele garoto que a mídia criou, eu nem chego perto! O Reino espera que eu seja um rei maravilhoso no futuro e que consiga levar o Reino pra frente, mas eu não sou capaz disso, eu não consigo lidar nem comigo mesmo. - ele sentiu uma lágrima descer por sua bochecha e Louis passar seu digito ali, para limpa-la.

- Harry, você não precisa ser perfeito, não precisa ser do jeito que os outros querem, só precisa pensar no que é melhor e não se importar com as opiniões alheias! - Louis entendia o que era sentir aquilo, se sentir pressionado para ser perfeito, mas sempre tendo alguns erros. - Harry, você é perfeito desse jeito.