Capítulo 19 - Melhor (namorado) amigo

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- Então, era pra isso que você queria falar com ele? - Nayeon Unnie sorri, olhando pra nossas mãos juntas - Por que você não disse de uma vez Dubu?

- Você estava toda furiosa comigo... - meu tom de voz faz meu Oppa apertar a minha mão de forma reconfortante e sorrio pra ele - e eu tava com pressa de achar esse menino logo.

- HAHAHAHAHA QUE ÓTIMO! - minha Unnie aperta minhas bochechas e sei que vai ficar vermelho. Ela abraça meu Oppa, que sorri de um jeito bobo. Fofo. - Fim do drama adolescente então! Grazadeus! E o que ainda estão fazendo aqui? Não vão mais sair juntos? Podem ir! Vão vão vão!

- A gente queria saber se você quer jantar com a gente Nayeonie - O Loey pergunta

- E segurar vela? - se vira e agarra minha bolsa que estava jogada em uma poltrona do camarim - Por mais que me pareça muuuuuito divertido, eu passo. Vou me encontrar com Irene Unnie pra choramos nossa viuvez juntas.

- Viuvez? - pergunto e minha Unnie finge que não ouviu

- Te explico depois - o Loey diz balançando a cabeça condescendente. Acho que minha Unnie falou demais então nem vou tentar juntar os pontos. Faço questão de ficar de fora se for o segredo de alguém.

- Te vejo em casa - ela some porta a fora antes que eu possa responder.

- Ela nem olhou pra trás - rio.

- Você estava pensando em ir com ela? - Oppa me olha, fazendo uma carinha fofa.

Fico na ponta dos pés e deposito um beijo em seu pescoço. Ele enlaça minha cintura me mantendo perto, enquanto envolvo seu pescoço com os braços, meu nariz roça em seu rosto de leve. Ele tem um cheirinho de banho.

- Como ir com ela - digo em seu ouvido, é impossivel não sorrir - se tudo o que eu quero está aqui?

Ele me afasta um pouco e me olha nos olhos. Seu olhar esquenta cada célula do meu corpo, sinto meu rosto cada vez mais quente com o jeito intenso que ele me encara, até que segura meu rosto e se aproxima devagar.

- Você é tudo o que eu quero também - ele sussurra - e eu vim aqui hoje pronto pra lutar por isso.

Sua respiração quente toca meus lábios e meus olhos se fecham, sem que eu perceba.

- Você não faz idéia de quanto eu quero você, do quanto quero estar com você - ele continua antes de acabar com a distância entre nós. Sinto o toque dos seus lábios antes que ele aprofunde o beijo. E é isso. Eu amo esse garoto.

Penso nos momentos em que rimos juntos das aventuras idiotas dele e de como ele acabou se tornando alguém com que eu podia ser eu mesma, um amigo essencial. E agora, sentindo suas mãos fazerem o caminho por minhas costas até cintura, como ele me faz sentir que meu coração vai explodir, tenho certeza de que esse sempre foi o caminho pra nós dois. Sermos melhores amigos, para então sermos melhores um para o outro. Ficar juntos.

- Eu te amo - ele sorri quando digo novamente.

- Você é mesmo uma coisinha fofa quando quer. - ele aperta minhas bochechas de leve.

- Quando quero? - provoco - Então o que sou a maior parte do tempo?

- Você é legal - ele olha pro teto, como se procurasse as palavras ali - acho que essa é a palavra. Tipo, você não liga de ser você mesma, de só rir se algo for engraçado pra você, de sorrir se tiver vontade.

Seus olhos voltam aos meus.

- Isso é muito sexy.

Ok. Parei de respirar.

- Você não sabia que é sexy? - ele ri e me sinto muito envergonhada, mas de um jeito bom.

- Bem... Pra falar a verdade sim, mas ninguém nunca me disse isso, além de eu mesma.

A gargalhada que ele dá toma conta do espaço e me fez sorrir ainda mais largo. Esse é um bom objetivo na vida, fazer o Loey rir assim todo dia.

- Viu só? - enxuga as lágrimas que saem de seus olhos - Você é super cool.

- Quem fala cool? Você é um velho mesmo, Oppa.

- Yah! Kim Dahyun! - ele me agarra pela cintura novamente quando tento fugir - Vou te ensinar boas maneiras.

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Nem preciso dizer que perdemos a reserva do restaurante, mas resolvemos que cozinhar algo no apartamento dele nos daria mais privacidade pra conversar e passar tempo juntos. E foi, com certeza, melhor estar a vontade sem medo e comendo Ramen do que um jantar chique, mas preocupados em sermos vistos ou descobertos.

Conversamos sobre isso, sobre contar a outros, sobre como tem sido pra cada um de nós ultimamente essa vida doida que a gente leva na frente das câmeras, e me supreendo ainda mais com o quanto o Loey é maduro e bem resolvido.

- Não vai durar pra sempre - ele diz afastando uma mexa rebelde do meu rosto - e a gente sabe disso. Fama, ser queridos pelo público, isso acaba um dia, então não pode ser nossa motivação de vida. Não pode ser o que nos feliz.

- Penso o mesmo.

- Os que estão começando agora são tão novinhos, bem mais novos do que quando comecei a treinar e isso é assustador, mas também é um alerta pra mim de que vou ficar... Pra trás?

- Oppa, você só tem 27 anos...

- Não foi você quem me chamou de velho mais cedo? - abro a boca pra contestar mas ele me beija - estou brincando, meu raio de sol. Sei que não sou velho, mas é o que as pessoas pensam.

- Eu não me importo com o que os outros pensam.

- E esse é um dos motivos pelo qual amo tanto você - ele diz e meu coração erra uma batida, ele não havia dito aquilo denovo ainda. Eu estava esperando ansiosa - só estou querendo dizer que não baseio minha alegria nisso. Só quero ter uma boa mentalidade pra continuar sendo um cara simples e comum que faz música.

- Você não tem nada de simples - digo, segurando seu punho para acaricia-lo com o polegar - e muito menos comum.

Ele sorri.

- Tenho medo de que você desapareça a qualquer segundo - Olha pra nossas mãos que agora estão entrelaçadas - de que eu esteja sonhando.

- Não vou a lugar nenhum - me ajoelho no sofá e toco seu rosto antes de beijá-lo de novo.

NAYEON

- Se divertiu? - assisto quase morrendo de rir a Dubu derrubar tudo que tem em mãos quando a encontro abrindo a porta do quarto dela.

- U-Unnie que susto, quer me matar? - ela leva a mão ao peito e está ainda mais pálida do que nunca.

- Quase uma da manhã, sua sem vergonha! - ignoro sua pergunta, olhando a tela do meu celular - Não acha que chegou muito tarde, acha?

Ela parece assustada por um segundo, mas então a vejo se encher de confiança ao me olhar. Tudo o que eu queria.

- Não acho não, Unnie.

- Ótimo - a puxo pela mão até a sala - então vem aqui e me conta tudinho!

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NOTA DA AUTORA:

Oiee Maravilindos! 😎
Mais um capítulo de YMEA e vamos chegar ao fim. Aguardem! Espero que gostem 😊
Espero que vocês e suas famílias estejam bem okay? Se cuidem! ❤

Nos vemos em breve! 🙋

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