Aqueles malditos Olhos !

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Eu poderia estar em qualquer lugar, mas naquele dia, eu esbarrei em um par de olhos azuis... Eu nunca pensei em encontrar algo tão belo em um lugar como aquele. Desde então eu venho desmoronando ladeira abaixo.

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•Shikamaru Nara, 26 anos e herdeiro da maior indústria de segurança do Japão. Filho único, sempre fora um dos mais inteligentes de sua família, apesar de preguiçoso, cumpria com maestria todas suas tarefas desde que começou a trabalhar com seu pai na empresa da família.

- Eu não sei o por que de eu ter que ficar atrás desses babacas pela cidade. Dizia o garoto Moreno se jogando no sofá ao lado da mesa do pai. – São um bando de velhos bêbados e pervertidos !
- Você vai assumir tudo isso meu filho, vai ter que aprender a lidar com esses velhos bêbados e pervertidos ! . Shikaku lembrou o filho. – Eu não vou ficar aqui para sempre, e outra, você pode se distrair um pouco. Aproveite enquanto seu velho pai ainda está aqui pra cuidar disso! . Ele apontava a pilha de documentos que provavelmente passaria a noite revisando e assinando. – Você ainda é jovem, não precisa ficar trancado aqui.

O garoto bufou, não gostava de ter que frequentar os lugares que os sócios e investidores da empresa iam . Geralmente iam em casas noturnas, enchiam a cara e saiam de lá com alguma prostituta. Mas de fato saia pouco, sempre era de casa para a empresa e vice-versa. Ao menos poderia rir da cena patética que com certeza veria algum deles causar.

- Tudo bem pai! . Ele se rendeu. – Onde eles vão essa noite ?
- Disseram algo sobre uma nova danceteria que abriu na zona Sul, Akatsuki acho que era o nome.
- okay, diga a eles que me esperem em frente a tal danceteria. Ele disse já se levantado e indo em direção a porta. – provavelmente não ficarei a noite toda, mas fazer companhia por um tempo. Ele saiu da sala entediado.

Shikamaru dirigiu até seu apartamento, que não era longe do trabalho. Procrastinou o máximo que pode até ir tomar banho e se arrumar. Que tipo de roupa deveria usar em uma danceteria ? Na dúvida , usaria preto. Vestiu uma blusa de mangas compridas e um jeans, prendeu desajeitadamente os cabelos. Nos bolsos, sua carteira, uma carteira de cigarros e as chaves do carro.

Mais desanimado do que havia chegado em casa, ele foi ao tal lugar já pensando em ir embora. Dirigiu devagar, pensando muitas vezes em dar meia volta e ir para casa dormir.
Chegou então no lugar combinado. Um grande letreiro vermelho piscava, uma nuvem vermelha com o nome do lugar ao centro brilhava descompassadamente.

- Akatsuki! . Ele leu baixo, soltando uma risada nasal. Logo viu o aglomerado de velhos na porta do estabelecimento e resolveu se aproximar.
- você demorou garoto! O homem de cabelos brancos longos e rebeldes disse já o apontando a entrada para que entrassem logo.
- Me desculpe Jiraya! Acabei de perdendo . Ele mentiu.
- Vamos, vamos... já vai começar!  Hashirama, um velho de cabelos igualmente longos, porém, castanhos. Disse apressando o restante dos companheiros Ryruzen e Danzou.
Logo na entrada são recebidos por uma moça com sorriso simpático e olhos perolados.
- Boa Noite senhores! Por favor escolham o número de suas cabines. Ela mostra um pequeno balcão com alguns números em chaveiros.
Os velhos se amontoaram e pegaram suas chaves e foram dirigidos as cabines por outra moça de cabelos rosa e olhos verdes. Shikamaru se aproxima da moça do balcão e então pergunta.
- Como funciona ? Ele encara os chaveiros, restaram poucos. 4, 7, 9 e 13.
- O senhor vai escolher uma cabine e lá um dos nossos dançarinos fará uma pequena apresentação . Lembrando que não é permitido tocar ou qualquer outra coisa do tipo dentro das cabines, caso o senhor se interesse, pode solicitar um encontro íntimo com o dançarino, mas ele tem o direito de recusar. Ela disse tudo como alguém que repete aquele mesmo texto milhares de vezes por dia.
Ele encarou novamente o balcão, 7! Era seu número da sorte, que sabe ?

A garota de cabelo rosa o conduziu até a cabine, ele se sentou em um pequeno sofá e quase como uma mesa, um pequeno palco com um pole dance a sua frente. Ele tirou a carteira de cigarros do bolso, colocou um entre os lábios.... Diabos! Havia esquecido o isqueiro ! Ele deduziu depois de tatear o corpo todo em busca do objeto. Se levantou para ir buscar um em seu carro, foi quando a porta se abriu o fazendo sentar de novo ao ver alguém entrar e se sentar à sua frente na beira do pequeno palco.

A única coisa que conseguia ver era os cabelos loiros do garoto que estava vestindo um sobretudo preto e uma máscara que tampava metade de seu rosto. Deixando apenas a mostra os olhos e sua boca. A pessoa sentada, tirou do sobretudo um isqueiro, o ascendeu e dirigiu a chama até o cigarro esquecido em sua boca. O Moreno tragou e se ajeitou o sofá .

Com o cigarro do outro aceso, ele jogou o isqueiro ao lado do homem agora acomodado no sofá

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Com o cigarro do outro aceso, ele jogou o isqueiro ao lado do homem agora acomodado no sofá. Levantou-se e como um passe de mágica, assim que o garoto tirou o sobretudo, uma música lenta, de batida envolvente começou a tocar.
O loiro caminhou até o pole, ele vestia agora apenas uma calça preta e a máscara. Quando começou a se mexer, Shikamaru não pode deixar de notar o quão sensual e gostoso aquele garoto era, ele via cada músculo de seu corpo se contrair quando ele se pendurada no poste a sua frente. A flexibilidade, a cada descida ao chão. E tudo isso sem desgrudar os olhos do olhar do outro, nem por 1 segundo. O via sorrir de canto toda vez que o Moreno fazia alguma expressão ou suspirava mais forte.
Ao fim da música o corpo bronzeado do loiro brilhava, ele estava deitado no palco, a cabeça pendia para fora do palco ( de ponta cabeça) entre as pernas de Shikamaru. Dali ele tinha uma visão maravilhosa do corpo suado do outro, ainda um pouco ofegante por conta da dança.
A música acabou, o garoto se levantou e andou até a porta, virou -se para dar uma última olhada no homem sentado, sorriu e assim saiu da cabine deixando um Shikamaru entorpecido.
Depois de alguns minutos, sentados  após o outro já ter saído. Ele se levanta e sai da cabine, vai até o balcão e sem dizer uma palavra deixa a chave junto com um bolo de notas. Dirigiu de volta pra casa ainda tentando se desvencilhar da intensidade daquele olhar e do desdém dos pequenos sorrisos que havia visto.
Se jogou na cama, precisava dormir... Quando finalmente achou que iria se livrar, adormeceu e sonhou...

Ah! Aqueles malditos olhos!

Please, Stay !Onde histórias criam vida. Descubra agora