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notas da autora

     esse capitulo ficou maior do que eu imaginava, mas tudo bem. eu acho. eu gosto bastante de ler capítulos grandes, imagino que com vocês não seja diferente.

     essa madrugada, eu, provavelmente, não irei dormir. de novo. o que vocês acham de uma maratona de capítulos? estou inquieta.

boa leitura.

















     a mensagem animada dele chegou ao fim, e eu esperei o sinal. então respirei fundo e disse:
— oi, bradley, sou eu. me liga quando puder. — eu não ia deixar um recado dizendo que estava tudo oficialmente acabado.

     desliguei e joguei o celular no banco do passageiro. quando cheguei em casa, o carro de claire estava parado na entrada e ela estava me esperando.

— oi — falei enquanto nós duas descíamos dos carros. ela estava segurando um copo.

— com alguns dias de atraso, aqui está. — eu me aproximei dela.

— o que é isso?

— milk shake. — sorri e a abracei, prolongando o abraço por um instante antes de soltá-la.

— você é demais. vem, vamos entrar.

— não posso, vou surfar. quer ir?

eu ri.

— vai me perguntar a mesma coisa cada vez que for surfar? parece que gosta de me ouvir dizer não.

ela sorriu.

— só acho que você está perdendo uma das grandes alegrias da vida.

— qual? água super gelada, cabelo cheio de sal ou passar dias lavando a areia do corpo?

— bom, quando você fala desse jeito, parece ruim.

— exatamente. — ela bateu no meu braço.

— é divertido. tranquilo.

— sabe o que também é divertido e tranquilo? tomar milk shake. — e bebi um grande gole do meu.

— é verdade. ou comer brownie.

— fazer as unhas.

— cochilar.

— ouvir música.

meninos — falamos ao mesmo tempo e rimos.

"bom, normalmente meninos", pensei. mas, ultimamente, nem tanto.

— somos quase a mesma pessoa — ela falou. — exceto por essa coisa com o surfe.

— é. mas supere essa coisa para não haver mais esse abismo entre nós.

     meu sorriso ficou um pouco forçado quando pensei no único abismo entre nós e em quem o criara.

— então, como foi a prova ontem?

— prova? — tarde demais. lembrei do que ela estava falando, a desculpa que usei para ficar no campus e conversar com a ashley. — ah, foi tudo bem...

— não senti firmeza. você está achando que foi mal? tem medo de ficar abaixo da média em alguma coisa?

    nossa amizade. eu não podia mais mentir. estava virando uma página, começando do zero.

— não fiz prova nenhuma.

— tá... o que você estava fazendo?

— eu precisava falar com uma pessoa no campus.

fake; corbyn bessonOnde histórias criam vida. Descubra agora