Entre Nós (1° Temporada)

Capítulo III

Às 6:10 acordo com o barulho ensurdecedor do despertador. Estou morrendo de sono, não dormi direito, também com um sonho daquele.. "para de pensar nisso, Luisa!!" Manda o meu subconsciente.

Levanto preguiçosamente e vou tomar o meu banho, após 20 minutos termino e vou pegar uma roupa para ir ao colegio, "ainda bem que não é obrigatório usar farda" pensei.

Me troquei, passei uma maquiagem.

Desci as escadas e vou tomar café, encontro meus pais a mesa.

-- Bom dia, pai e mãe-- falo

-- Bom dia filha, como passou a noite?-- pergunta papai

-- Bem-- falo ao pegar um pedaço de bolo de cenoura.

-- Não parece, querida-- fala minha mãe.

-- Está tudo bem, e tchau. Vou para o colégio.

-- Você não acha meio cedo?-- fala papai

-- Não, não acho. Tchau. Beijos, pai, beijos, mãe. Amo vocês.

-- Também te amamos, querida-- Falam juntos. E eu saio.

João já me esperava encostado no carro.

--Bom dia, João-- falo sorrindo.

-- Bom dia, senhorita-- fala retribuindo o sorriso e abrindo a porta do carro para mim.

-- Obrigada-- falo.

-- De nada-- responde.

Quando chegamos ao colégio todos olharam para o carro, parece até que nunca viram uma limosine na vida. João abre a porta para que eu desça, desço e que bela miragem tenho. Ela (Natasha) estava encostada em uma moto, não sei o modelo, pois não conheço muito de motos. Mas ela estava linda com uma calça justa preta e uma blusa branca, sua maquiagem estava leve, apenas para realçar sua beleza. Fico olhando-a e pensando "Senhor, toma conta,me segura, pai, porque se o senhor não me ajudar, eu vou atacar aquela garota. Me lumina senhor.". João me chama, forçando-me a voltar a realidade.

-- Essas pessoas não param de olhar para cá -- fala

-- Certamente não estão acostumados a ver alguém vir de limosine para o colégio, eu disse ao meu pai que isso era exagero.-- falo

-- Pode ser, mas é tudo para o seu conforto, senhorita. E que horas posso vir buscá-la?

-- Na hora da saida, 12:20, e eu sei João, mas limosine é demais.. enfim, até mais-- nos despedimos e ele vai embora.

Viro-me pra ficar de frente para o edifício da escola, respiro fundo e começo a caminhar. Passo por Natasha e seus amigos e faço uma força descomunal pra não olha-la.

Enfim chego a sala e sento no mesmo local de ontem: quarta cadeira da penultima fila. O sinal toca e a sala começa a encher.

Vejo Natasha entrar com suas amigas e viro o rosto para olhar a janela, sinto seus olhos em mim.

Ela senta na minha frente assim como ontem e suas amigas também sentam nos mesmos lugares.

A primeira aula foi de história. Depois de física. Seguida de espanhol.

No intervalo sento novamente na mesma mesa sozinha, quando vejo Natasha se aproximar.

-- Olá- fala com uma voz tão meiga..

-- Oi-- falo

-- Por que está aqui sozinha? Vem sentar comigo e os meus amigos. Você  vai amá-los

-- Tudo bem.--falo

Levanto-me da cadeira e sigo-a até a mesa onde estão seus amigos.

-- Pessoal, essa é a Luísa, minha amiga-- fala -- Luisa, esse é o pessoal.. Lucas, Vick, Lia, Megan, Tomás e Taylor.

-- Prazer, Luisa-- falam em unisolo.

Passamos o intervalo todo conversando e rindo muito. O sinal toca e vamos para sala, dirijo-me a minha cadeira e a aula começa. A aula estava muito chata, mas eu não estava prestando atenção mesmo. Tudo que eu fazia era olhar para Natasha. A aula a seguir foi de Biologia, amo biologia. Talvez seja pelos meus pais serem médicos e esteja no sangue.

A aula seguia normal até a professora falar:

-- Pessoal, vou passar um trabalho em dupla para vocês -- fala a professora.

Toda a turma reclama, mas ela continua a falar:

-- Não adianta reclamarem, vai ter trabalho e pronto. E eu escolho as duplas. Deixe-me ver...-- põe a mão no queixo sinalizando que estava pensando -- Thalia e Victória, Tomás e Lucas, Natasha e...-- "Luísa, Luísa, Luísa..." fico torcendo.-- Luísa. Bom pessoal, se reunam e façam o trabalho e não reclamem.. não esqueçam, é sobre as flores, sua classificação quanto ao limbo, quanto as nervuras e tudo mais...

Ela ficou explicando como queria o trabalho e tudo que eu pensava era "trabalho em Dupla com a Natasha, é muito para mim".

POV*NATASHA*

A professora fez o trabalho em dupla e advinhem a minha dupla... isso mesmo, Luísa. Feliz? MUITOO... nem sei o porquê, mas tudo naquela garota me faz bem. Passamos o intervalo juntas com os meus amigos também e pude ver que ela é muito divertida.

-- Ei, Luisa.-- a chamo

-- Sim?-- ela responde

-- Quando você pode fazer o trabalho?

-- Quando você quiser.

-- Pode ser hoje, quero fazer logo.

-- Claro, se quiser agente faz na minha casa, minha mãe tem um jardim com uma variedade enorme de flores..

-- Ótimo, que horas?

--14:30. Pode ser?

-- Sim, passa o endereço.

-- Me dá seu número e eu mando um whatsapp..

Passei meu número para ela. Não demorou muito para tocar e fui para casa. Assim que entrei meu celular treme e vejo uma mensagem no whats de um numero desconhecido:

"Bairro San Diego, rua Albenís n° 184.. ass: Luisa"

"Chego ai de 14:30" respondi

"Okay"

Vou almoçar e em seguida para o meu quarto me arrumar. 14:20 estava pronta, pego a minha moto que estava na garagem e vou para a casa dela, da minha casa ateh a dela é cerca de 20 minutos de moto então chegaria um pouco atrasada.

Chego a casa dela as 14:43, confiro o endereço e fico pasma.

"Essa é a casa dela?"

Fico boquiaberta, a casa de Luisa é uma mansão enorme e muito bonita. Toco a cigarra e uma senhora abre a porta para mim.

-- Olá -- fala gentil.

-- Ola, a Luisa se encontra?

-- Sim, a senhorita deve ser Natasha Damascenno. Estou certa??

-- Sim, como sabe o meu nome?

-- a Senhorita Luisa nos alertou que viria. Entre por favor e sente-se. Eu vou chama-la.

-- Licença, obrigada.

A mulher se afasta e eu fico adimirando a casa, é realmente belíssima, por fora e por dentro.

-- Caramba, os pais dela devem ser podres de ricos -- pensei, mas pensei alto demais porque alguém escutou..

-- São muito ricos sim, mas não chegam a ser "podres".

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