Capítulo XIV

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POV*DANIELA*

Acordei sentindo Gabriel acariciar meu rosto, viro-me para ele, ele sorri.

— Bom dia, amor– fala

— Bom dia.

— Vai ficar tudo bem.

— Espero.

Ele me beija. Como eu gostaria de ter congelado no tempo naquele abraço de ontem.

Levantei-me da cama, fui ao banheiro tomar um banho e fui até o cozinha preparar um café da manhã reforçado, afinal teriamos um dia longo e muito difícil.

Liguei para o hospital para avisar que hoje não poderia ir, pois estava doente e o Diretor me liberou por uma semana. Ele disse que eu ando com uma aparência de cançaso. Ele tem razão, estou exausta.

Termino de fazer o café e Gabriel entra na cozinha e senta-se a mesa, enquanto eu termino de por a mesa. Logo as meninas chegam e sentam- se conosco.

— Bom dia, meninas – falo ao mesmo tempo que Gabriel

— Bom dia – falam

Tinha um clima meio tenso no ar. Eu sabia o que viria a seguir, muita confusão. Meu segredo seria desvendado e eu estava muito preocupada quanto a isso. Gabriel parecia preocupado também, mas tentava me passar confiança.

Terminamos o café, limpamos a cozinha e eu sabia que já era hora de ir. Olhei no relógio de parede da cozinha, eram 8:30 da manhã.

— Vamos? – fala Natasha, Luisa segura sua mão.

— Vamos e seja o que Deus quiser. – falei

Peguei minha bolsa, Gabriel pegou a chave do seu carro e Luisa pegou suas coisas que ela trouxe quando veio para cá.

Pegamos o elevador, um silêncio ensurdecedor tomava conta do ambiente, fomos até o carro que estava no estacionamento do prédio e nos encaminhamos para a casa da Natasha. Foram os 45 minutos mais longos da minha vida, ninguém ousava dizer uma palavra até chegarmos.

— Chegamos – anuncia Gabriel, todos ficamos nos olhando.

— Você tem certeza, querida? Ainda há tempo para desistir. – falo com um fio de esperança.

— Tenho, preciso acabar com isso –fala e desce do carro, seguida por mim, Gabriel e Luisa.

Caminhamos pelo gramado, Natasha para em frente a porta e a encara, ela me olha e eu sorriu fraco acenando. Queria passar para ela a confiança que nem eu não tinha.

Ela sorri de volta e abre a porta, me surpreendi em saber que ela estava aberta. Em uma cidade tão violenta como essa, não se pode contar com a sorte.

Natasha entra e nós a seguimos. Na cozinha tem uma mulher de costas para nós, ela parecia estar fazendo o almoço. Natasha se aproximou, notava-se que a mulher estava... chorando?

Ela percebi a nossa presença e se vira, olha para Natasha supresa e a abraça, me dá uma vontade de pular no pescoço dela, mas Gabriel me segura.

— Mãe

— Natasha, meu amor, onde você estava? Fiquei tão preocupada. Você está bem?

— O que fazem aqui?

Quando Natasha ia falar algo uma voz grossa, firme e um tanto rude se pronuncia atrás de nós. Nos viramos para ver quem era. Carlos. Ele nos encarava com fúria.

— Estão surdos? O que fazem aqui?

— Pai, para

— Eu acho melhor você ficar calada ou serar pior.

Entre Nós (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora