Jogando pela existência

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-Vai achar divertido? - Belak sorriu.

-Na verdade eu tenho que fazer isso, o conflito entre dois ou mais seres que possam causar danos altos aos humanos ou ao reino da Terra, deve ser obrigatoriamente parado pela entidade que comanda tais seres, como sou responsável pelos sombrios que habitam dentro dos imortais, então tenho que fazer isso. - O rei disse fazendo o meteoro sumir. - O que vocês querem de fato?

-Eu quero jogar xadrez contra outro imortal e aquele que perder deve ter a existência simplesmente destruída. - Eu disse.

-Essa é a pena máxima que eu posso conceder, mas, será o melhor, seu oponente deve aceitar esse jogo. - O rei disse.

O mesmo fez uma mesa surgir no meio da sala, acima desta havia um tabuleiro de rubi e diamantes, as peças brancas eram feitas de ouro e as negras de obsidiana.

-Faça ele sentar nessa cadeira e então eu serei invocado para ditar as regras! - O rei dos demônios disse e sumiu.

A eletricidade voltou assim que o rei foi embora. Como Belak não tinha uma casa, Pedro e eu permitimos que ele ficasse na nossa casa. Nos dias seguintes a este passou nos jornais as matérias sobre os inexplicáveis acontecimentos, e uma matéria bem peculiar, dizia que dentro de uma semana todos os planetas se alinhariam em relação ao sol, e além dos planetas, a lua da terra também se alinharia, formando um eclipse lunar.

-E aí Belak, acha que esse evento é comum? - Perguntei.

-Não, um dos círculos fez isso, e se minha dedução estiver correta, o Purgatório vai ser destruído nesse mesmo dia. - Belak respondeu.

-Preciso pensar em algo para fazer, primeiramente, os mortais devem ir para bem longe.

-Os mortais, seriam Anne e eu? - Pedro perguntou.

-Exato! Com vocês longe, Júlio não vai poder machucar ninguém importante para mim. - Eu disse.

-Essa eu senti! - Belak gritou do outro lado da sala.

-Eu vou, mas tome cuidado Fael, eu não quero perder você, a única pessoa que me sobrou, a única em quem eu realmente confio, se você morrer... - Ela parou de falar e pensou um pouco.

-O que aconteceria? - Perguntei.

-Eu não consigo imaginar minha vida sem você, portanto, não sei responder. - Ela disse.

-Dada as circunstâncias, vejo que sou obrigado a sobreviver. - Eu disse com um sorriso no rosto.

Eu não estava totalmente preparado para aquela guerra, eu sempre joguei xadrez com Júlio, desde criança, e de todos os nossos jogos sérios, a maioria empataram, e eu tinha certeza que o rei não facilitaria.

Três longos dias de treino se passaram, eu ia tirar um dia de descanso e no dia seguinte o verdadeiro evento catastrófico aconteceria, a minha batalha com Júlio.

[24 horas para o evento]

-Fael, posso entrar? - Anne perguntou entrando no quarto.

-Bom, não que faça muita diferença eu responder, mas pode sim. - Eu disse sorrindo.

-Logo eu vou embora Fael, eu espero que você fique bem.

-Eu vou ficar, mesmo que eu perca minha existência, afinal, qualquer coisa é melhor do que ficar consciente de que não te terei pelo resto da eternidade. 

Anne me abraçou e começou a chorar, eu apenas comecei a brincar com seus cabelos, fazendo tranças e alisando os mesmos.

-Fael, desse jeito eu vou acabar caindo no sono. - Anne disse com voz de sono.

História de um Imortal - Rafael, o imortalOnde histórias criam vida. Descubra agora