Aquela que é diferente

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Então ela se sentou na mesa, ficamos em silêncio por um tempo, eu estava travada. acho que não tenho forças pra falar nem um "a".

• Por que não se alimenta direito?
falou ela

Eu estava viajando, nunca senti tanto nervoso em toda a minha vida.

- An? Desculpa, o que disse?

Ela sorriu ironicamente, percebeu que eu estava nervosa, claro.

• Perguntei o por que de não se alimentar direito

Tentei segurar o nervosismo e respondi;

- Sempre fui fã de comer besteira, fast food etc. Acabei me acostumando com essa rotina. As vezes esqueço de comer, e quando vejo tô morrendo pelos cantos.

• Entendi. Precisa se alimentar. Quer morrer antes dos 30?
deu risada. mas no fundo eu sabia que ela ria da minha cara, ruborizada e nervosa.

- Repreendido!
falei sorrindo sem graça

Novamente, ficamos em silêncio por algum tempo. e dessa vez foi eu quem decidi puxar assunto.

- Eu sei o quanto é reservada, você malmente dá bom dia e mesmo assim existem vários boatos.
Não seria estranho se te vissem aqui almoçando com uma aluna?

e como sempre, ela sorriu de uma forma irônica. aquela mulher era indecifrável. uma incógnita. me senti uma idiota, não devia ter falo sobre os boatos.

• Boatos são bons.

- Então devo ir, não seria legal ser vista comigo.

meu deus como eu era idiota

• Foi eu quem pedi para me sentar aqui, certo? Então por que o medo? Há boatos que eu mordo?
falou rindo da minha cara

Que sorriso. Era tudo o que eu conseguia pensar.

• E sim, sim para as duas perguntas. Mas você é diferente.

Não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Eu tava sonhando? Tava ficando maluca?

- Diferente? Eu?
falei

• Sim, Gizelly. Você.

O telefone dela toca, sua expressão muda ao ver o nome de quem estava ligando.

• Alô?
• Estou no shopping, almoçando.
• Querid.. Não! Estou sozinha.

Ela ficou nervosa, imaginei que fosse o seu marido. Eu tentei não olhar para ela, e abaixei a cabeça.

• Não tenho como ir para casa agora, ainda tenho mais dois horários.
Já te disse que estou sozinha!!

E desligou. Eu estava constrangida, ela também.

Tomou seu suco, respirou fundo e se levantou.

• Até logo, Bicalho.

Eu como sempre, não consegui responder. O que foi aquilo?

A última imagem que ficou na minha mente foi a ela descendo pela escada rolante.

Me levantei, entrei em algumas lojas, eu precisava me distrair. Mas nada me interessava. Nada me fazia parar de pensar nela.

Cheguei em casa e não conseguia parar de pensar no pequeno diálogo que tivemos. Eu sou diferente? O que ela quis dizer com isso? Jesus! Acabei caindo no sono.

POV's Rafa

Saindo do shopping, fui direto pra casa, não poderia correr o risco. O trânsito estava lento, e logo veio a cena da garota completamente nervosa sob a minha presença.

Sorri. Era muito engraçado vê-la nervosa. Vermelha que só.

Uma graça.

Mas o que eu estava fazendo? Não poderia deixar aquilo acontecer novamente. Sempre acaba me atrapalhando. Não posso permitir que tente machucar a Gizelly.

Cheguei em casa e já estava no sofá ao meu aguardo.

- Estava almoçando com quem sua vagabunda?

To be continued...


vocês me esculacharam tanto que a tia teve que escrever um capítulo rápido, espero que gostem. agora não sei que dia volto, viu? não surtem kkkkkkk E SE PREPAREM PQ AGORA É TIRO ATRÁS DE TIRO

bjss♡

Resistindo às Tentações Onde histórias criam vida. Descubra agora