Rafaella, no auge dos seus 30 anos leciona português no Colégio Ego. É conhecida por ser a professora mais fechada e rígida da escola, sem muita intimidade, sem muita risadinha, ninguém sabe nada sobre a tal professora, dona de uma beleza sem igual...
Cheguei no colégio e a manhã foi tranquila, o dia passou rápido. A Ivy estava super animada, não tinha outro assunto, só falava na festa. Eu não sei dizer, não estava tão animada assim, eu só queria beber, fumar e quem sabe beijar alguma menina que me fizesse esquecer aquela mulher por algumas horas.
Fomos pra casa da Ivy e ela inventou de me arrumar
- Deixa eu te maquiar e pintar as suas unhas
• Ihh, começou, tava demorando
- Cê faz um cotorno péssimooo
• Aceita que eu sou bonita de qualquer jeito
- Ninguém liga, mas eu vou te maquiar e ponto.
Deixei ela pintar as minhas unhas, escolhi um vermelho bem aberto. Escovei o cabelo, queria mudar um pouco. Não demorou muito e já estávamos prontas.
- Caralho, cê tá linda
• Você também, dá pro gasto
- Me respeita, Gizelly
A mãe da Ivy ficou meio preocupada, ela não tinha costume de sair a noite. A Ivy é bem caseira.
- Meninas, se cuidem, qualquer coisa me liga e eu busco vocês
• Tô com a Gi, tô com Deus, Mãe. - falou a ivy.
○ Eu não me responsabilizo não, hein? - brinquei.
Pedimos o uber e chegamos na festa, tava super cheio. Muita gente bonita. Não demorou muito e eu já comecei a me animar.
- Vamo beber o quê?
• Qualquer coisaaaaaa - falei rindo.
Fomos pro bar e eu já voltei com dois copos na mão, tava muito afim de ficar louca. A ivy fez igual.
• Sem PT hoje, se não te largo aí
- Eu te mato - falouivy rindo.
• Porra nenhuma!
Começou a tocar funk, e a Ivy se soltou. Dançamos juntas, e eu tava curtindo muito estar com ela, fazia tempo que não saíamos juntas pra beber e dançar. Encontrei alguns amigos do Twitter que se juntaram a nós. Ivy fez logo amizade com a galera, aproveitei pra ir ao bar pegar mais cerveja, não queria meu copo vazio nem por um segundo. Dei um rolê pela boate, eu adorava aquele lugar, fui pra área de fumantes e acendi meu cigarro. Fui no céu e voltei. Eu precisava daquilo, ver gente, beber, me distrair. Esquecer meus demônios.
Enquanto tragava, uma mulher chamou a minha atenção. Fiquei vidrada no jeito que ela dançava, enquanto ria e conversava com seus amigos. Eu não consegui tirar os olhos dela. Fatal. Eu queria beijá-la.
Meu cigarro apagou e eu continuei viajando naquela mulher que não demorou muito para perceber que eu não tirava o olhar dela.
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