8. A ≠ B

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Boa leitura!

— Eu quero falar com meu advogado

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— Eu quero falar com meu advogado.

— Seu advogado Kim? — a mulher estava encostada na cadeira de braços cruzados. Sua voz era baixa e tranquila como sempre. — Seu caso já foi encerrado. Sabe que não tem mais o que fazer.

— Eu sei — a respondeu desejando que a mulher ficasse calada, pois Kim tinha medo de acabar se enrolado diante questionamentos. — Mas eu preciso resolver uma... uma coisa com ele.

— Tudo bem — se desencostou do móvel para poder se levantar e ir até uma das prateleiras que continha um monte de arquivos com pastas dentro. Não demorou muito ela voltou a se sentar novamente, dessa vez com alguns papéis na mão, e logo começou a digitar em seu computador.

Taehyung ficou sem dizer nada esse tempo todo. Ele sabia que no fim ela deveria chamar o advogado, aliás estava dentro de seus direitos.
Por alguns segundos sentiu um calafrio medonho agir em seu corpo, quando brevemente a mulher lhe olhou de soberba, como se soubesse de todos os seus pecados, ou melhor, de todo o seu plano. Mas manteve a calma, e forçou um sorriso um tanto quanto desengonçado.

*

Taehyung então decidiu não procurar o traficante, o tal JongHoon. Sabia que o homem viria mais cedo ou mais tarde, e Kim não tinha pressa nenhuma para esse encontro.
O loiro sentado sozinho em uma das diversas mesas de concreto puro no meio do corredor, pensava somente em uma coisa. A possibilidade de seu plano não dar certo o apavorava, pois sabia que se não desse, além de Jimin, o traficante, Jungkook, agora Joohyun também acabaria com sua raça.
Sem saber que horas eram exatamente, ainda sentado, buscou em seu bolso um comprimido do remédio ferroso que o médico havia lhe receitado, sentiu a plaquinha gelada ali também, mas puxou somente o medicamento, colocou-o na boca e o ingeriu sem água, causando-lhe queimação.
Bufou de forma entediada, colocando ambos os cotovelos na mesa, apoiando sua cabeça em suas mãos, e deixando seus olhos observarem a superfície do móvel. Encarava o jogo de xadrez pintado com tinta preta naquele material de pura massa, e como de se esperar, a tinta já estava bem clara de tanto uso ou tanto tempo ali, só sentiu vontade de pegar um pincel e retocar aquilo.

— Sabe jogar? — Taehyung ergueu o olhar para o dono dos cabelos verdes, agora tomados por uma porcentagem maior de um tom amarelado já que a pigmentação já havia praticamente saído. Este se sentou em um dos banquinhos a sua frente e encarou suas orbes castanhas — Cara seus olhos.

— O que tem eles?

— Ah, nada —deu de ombros. — Sabe jogar ou não?

— Não sei — respondeu simples voltando a atenção a tinta, agora sentindo com a ponta do indicador, o craquelado do material de gesso da mesa. — Você sabe?

Guadalajara - taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora