11. O falso genocídio dos auto selecionados

9.3K 1.5K 2.7K
                                    


usem a tag #tkguadalajara pra falar da fic no tt


VOTEM E COMENTEM

Boa leitura!

Taehyung empurrava o carrinho, vez ou outra pensando na possibilidade de ter a tal síndrome de burnout, será que se caso tivesse iria passar já que estava longe do seu trabalho, ou só resolveria com terapia? Também pensava que queria ter um gato d...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.








Taehyung empurrava o carrinho, vez ou outra pensando na possibilidade de ter a tal síndrome de burnout, será que se caso tivesse iria passar já que estava longe do seu trabalho, ou só resolveria com terapia? Também pensava que queria ter um gato de estimação, seu favorito eram os pretos, mas qualquer um acalmava seu coração. Será que poderia mudar de cargo na lavanderia? Dobrar cobertas era tão clichê, além de que doía seus braços e suas costas. Se um dia sair dali será que teria coragem de tomar tequila com verme? Provavelmente não.

Acordou de seus pensamentos quando a roda do carrinho emperrou de uma vez fazendo o objeto travar e seu quadril bater forte contra o mesmo. Grunhiu dolorido massageando a área de seu corpo que era bastante óssea por conta de sua magreza, fazendo o baque doer duas vezes mais.

— Que merda — se abaixou olhando cada roda para ver o que tinha de errado, eram duas opções, ou estavam muito velhas e enferrujadas, ou o problema eram os cabelos e a poeira enroscado entre as rodinhas e o parafuso. Chegou à conclusão que era as duas opções.

Levantou-se e arrumou os livros que caíram com o baque repentino, os empilhando certinho novamente. Olhou na prancheta o número da próxima cela que precisava ir vendo que seria uma não tão longe da que estava no momento. Forçou o carrinho a andar gastando toda energia do seu corpo apenas para desemperrar as rodinhas. Ao conseguir, pode ver pelo curto percurso os presos jogando cartas, alguns dominó, damas e até lendo livros nas mesas de concreto que ficavam espalhadas pelo pátio. As vezes tinha vontade de aprender a jogar baralho, mas sentia que empacaria o jogo pensando demais durante as partidas, era melhor não.

— Cela cento e nove — sussurrou para si mesmo.

Se aproximou da grade vendo o homem cortando as unhas do pé com um trim em cima da cama. Taehyung achou aquilo engraçado, desde que começou a trabalhar com isso durante a tarde, se tornou um hábito chegar em silêncio e ver o que os presos faziam em suas celas, não esperava ver algum cortando as unhas, e percebeu aí que era ariscado chegar em silencio, vai que veria algo inapropriado.

Bateu com a caneta em uma das barras de ferro chamando a atenção do homem, que o olhou e percebeu o carrinho de livros, na hora largando o objeto no colchão. Descalço, pegou o livro em cima da mesa no meio do percurso e caminhou a sua direção. Enquanto isso Kim riscava o número de sua cela em sua prancheta.

— Oi.

— Oi — Taehyung lhe respondeu lendo o nome do livro que seria recolhido. — Teologia dos reformadores?

— Isso — entregou o livro na mão do loiro que esperou pacientemente o homem analisar as obras que estavam em exposição. Acabando que no fim, o homem não escolheu outro livro e apenas acenou como uma despedida.

Guadalajara - taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora