Na penitenciária de Seodaemun, preso por tráfico de drogas, Kim Taehyung acaba se envolvendo em um esquema sigiloso por pura intromissão e acaso. Assim que descobre que Jungkook, um latino respeitado por sua excentricidade e autoritarismo, está tram...
Hoje não tenho muito o que falar além de pedir desculpas pela demora, sei que é chato esperar por capítulo novo e eu entendo completamente isso. E obrigada a todos esperaram, e me cobraram atualização, eu particularmente gosto mto pq significa que vocês estão ansiosos e com saudades da fic ❤️
Espero que gostem do capítulo, prometo que os próximos vão ser cada vez melhores.
Não esqueçam de votar e comentar muito. Boa leitura!
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Para uma pessoa morrer bebendo cloro, ela teria que tomar pelo menos três copos cheios. Isso com sorte. Um copo de cloro causaria sequelas, mas não morte imediata. Enjoo, vômito, diarreia, queimadura na boca, garganta e esôfago. Uma pessoa não conseguiria beber um copo de cloro inteiro, quando o gosto desagradável impregnasse nas bochechas e tocasse as papilas gustativas, nossa garganta trancaria como um mecanismo de defesa impossibilitando que o líquido descesse de forma automática. Mas se tomasse cloro com naftalina, tudo num gole só, haveria uma chance de ocorrer uma reação explosiva, gasosa ou corrosiva, dentro do seu estômago. Uma bomba tóxica que se infiltraria em sua corrente sanguínea. Na verdade, não tinha muita certeza do que aconteceria, apesar de gostar de química, não era muito bom na matéria.
Taehyung piscou para a garrafa de cloro. O plástico branco com um rótulo azul parecia atrativo. Um dos detentos parou ao seu lado pegando um detergente, ele o olhou curioso, afinal estava parado ali uns três minutos pensando em formas de se matar ingerido produtos de limpeza. Taehyung piscou e pegou o cloro. Mas não, não iria bebê-lo.
Estava irritado e cansado. Queria que tudo fosse mais fácil. Que Jungkook fosse mais fácil, que o plano fosse mais fácil, que sair da cadeia fosse mais fácil, que sua vida lá fora fosse mais fácil. Mas tudo era tão difícil e complicado. Queria que beber cloro fosse mais fácil, mas até morrer é complicado.
Desenroscou a tampa e virou o líquido ralo abaixo. Estava limpando o chão da lavanderia quando de repente o ralo decidiu entupir e uma água suja, marrom e com cabelos ensebados começaram a boiar e tocar suas canelas. A pior parte foi precisar colocar a mão no ralo para retirar seja lá o que fosse a causa do entupimento. Poderia ser um grande tufo de cabelo, um rato morto, um saco de cocaína, um dedo humano. Mas era pior, pior do que tudo isso. Era uma camisinha.
Estava enlouquecendo ao ponto de seu mecanismo de defesa parar de funcionar e meter um shot de cloro goela abaixo e chupar as bolinhas de naftalinas como se fossem balas.
A parte boa era que Taehyung era uma pessoa com necessidades básicas de higiene, que antes mesmo abrir o ralo estava usando luvas emborrachadas. Quis vomitar naquela água suja, que foi embora como se nunca estivesse ali antes assim que retirou o preservativo de látex.
Agora todos os detentos responsáveis pela lavanderia estavam encarregados de limpar a merda que aquilo havia virado. Ninguém admitiu, todos pagaram a conta.
