Na penitenciária de Seodaemun, preso por tráfico de drogas, Kim Taehyung acaba se envolvendo em um esquema sigiloso por pura intromissão e acaso. Assim que descobre que Jungkook, um latino respeitado por sua excentricidade e autoritarismo, está tram...
ATENÇÃO AOS GATILHOS AO DECORRER DA HISTÓRIA: homofobia, machismo, assédio, menção a estupro, uso explícito de drogas, agressão verbal e física, linguagem obscena, humor ácido, nudez/sexo explícito.
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Cap pequeno, mas é pq é só a introdução!!
Espero que gostem da história e boa leitura!
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Sentia sua garganta trancada o machucar impiedosamente, seus olhos negros agora brilhavam em uma cortina espessa de água que ardiam e de certa forma embaçava sua visão, suas mãos pegajosas pelo suor de nervosismo, e por fim seu coração acelerado tentando ultrapassar suas costelas. Era assim que se compunham as características momentâneas de Kim Taehyung.
— Meu nome é Son Seung wan, e eu serei encarregada de liderar o bloco de vocês — a voz completamente calma dizia enquanto seus olhos varriam cada detendo presente no local. A moça podia observar, além de se permitir julgar, cada um deles por suas expressões. — Qualquer gracinha ou ato impróprio será punido com tolerância zero, tanto por minha parte quanto pela equipe -ela pausou para escrever algo em uma prancheta. Deixando o lugar "silencioso" novamente.
As paredes de uma coloração cinza crua, marcações no chão com fita amarela desgastada, móveis simples com metais baratos, iluminação por uma única lâmpada alaranjada, e por fim ruídos abafados dos presos ansiosos na porta ao lado, cientes que chegará carne nova. E claro que o barulho dos detentos era a única coisa que era superficialmente notada por Kim, nervoso demais para concentrar-se em mais de um entretenimento só.
— Retirem suas roupas e as coloquem no cesto com o número de vocês- a policial falou com um timbre autoritário, que ficava mais intimidador ainda pelo ambiente mórbido em que estavam- irei realizar a revisão interna.
Arregalou seus olhos, engolindo a seco o bolo formado em sua garganta, olhando para trás tentando focar na policial escrevendo algo novamente no papel, apoiada em uma mesa com alguns materiais em cima. Sua timidez implorava por ajuda nesse momento, mas agiu mais rápido que os próprios sentimentos quando percebeu que era o último dali ainda vestido, e tinha certeza que o pavio daquela moça, assim como todos que trabalhavam ali era curto, portanto não estava nem um pouco a fim de criar atrito com ela. Então permitiu-se seguir todas as ordens impostas sem contestar.
— Pés na faixa amarela e mãos na parede — disse direta após ver que todos estavam nus, e Taehyung pode ouvir com clareza o som agonizante das luvas emborrachadas se compactuando com pele. — Aqui em Seodaemun o dia começa às sete, ao ouvirem a sirene terão vinte minutos para se arrumarem e arrumarem a cama. Irá ser realizado a contagem antes do café, depois o trabalho e atividades extras -explicou sem muito detalhes- logo irão se adaptar.
Kim, devagar e trêmulo encostou suas palmas na parede, tornando-a um pouco escorregadia por conta do suor, e a temperatura fria do cimento fez seus pelos se eriçarem por inteiro. Estava tão envergonhado que apertou os olhos e fechou as mãos em uma forma de seu corpo tentar, e fracassar, reduzir seu nervosismo, ou pelo menos tentar ignorar a situação deplorável.
