27. Guadalajara é como um arenque vermelho

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Oie! Sejam bem-vindos ao final do primeiro arco :)

Não se esqueçam de usar a tag da história no twitter, #tkguadalajara, eu amo ficar vendo o que vocês comentam sobre a fic!

(Esse cap tem uma referência que provavelmente quase ninguém vai pegar eu acho... mas se pegarem, me falem 👀)

VOTEM e COMENTEM muito


E boa leitura :)

E boa leitura :)

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Que se foda

— Dakho — Taehyung gritou com todas as suas forças, sentindo até seu pulmão arranhar. Recebendo a atenção de todos, inclusive do guarda, que travou no lugar por alguns instantes e girou seus calcanhares em sua direção de forma lenta e assustadora. — Seu cuzão.

Pressionou ainda mais o plástico da bandeja contra seus dedos longos e ossudos, se aproximando em passos consideravelmente lentos, suas solas emborrachadas arrastando sobre o piso de forma que construía um clima perigoso. Todos prestavam atenção como deveria ser, todos tinham os olhos em si como deveria ser, todos calados e assistindo como deveria ser. Tinha em sua mente a seguinte frase de Jungkook, consegui escutar sua voz corrosiva pronunciar várias e várias vezes, como um diabo sussurrando em seu ouvido "você tem que acabar com ele, de um jeito que façam todos aclamar por você", e nada seria melhor do que dar-lhes uma atração, um rato para centenas de gatos. Mas era uma faca de dois gumes, ou dava certo ou dava muito errado.

Ao chegar bem próximo dele, ficaram se encarando por alguns longos segundos. Dakho tinha os olhos atentos, o nariz empinado, o peito cheio. Mas ele não estava preparado. Nem de longe esperava um ato violento de Taehyung. Foi questão de segundos até notar que estava sem fôlego, a visão pretejando por instantes apenas. Perspicaz como sempre, um golpe absoluto. Taehyung usou a lateral da bandeja, a parte mais fina, porém dura onde servia para segurar o objeto, acertou com força seu pomo-de-adão, as paredes de sua garganta se fechando, amassando a carne sensível do local. As mãos do guarda foram de encontro ao seu próprio pescoço e sua boca se abriu, uma baba salivada pingando de sua língua ao lado de fora, tentando recuperar o ar. E antes que pudesse se defender, veio outra bandejada, só que na maçã do rosto, bem no osso abaixo de seus olhos.

— Desgraçado — Dakho xingou rouco. Uma mão no pescoço e a outra pressionando o próprio olho. Kim vacilou o equilíbrio de uma das pernas quando ele começou a mover-se em sua direção. Dakho forçou seu corpo curvado sair da defensiva antes que levasse outro golpe.

— Sou — Kim rosnou de volta, com a mais pura e bruta raiva, mas ainda com um toque de aversão, a propósito, ainda tinha medo, seu coração ainda batia rápido e aflito pelo que fazia, mas o ódio ainda o dominava e guiava suas ações como se fosse um fantoche. E afinal das contas, não poderia parar o que já havia começado.

Taehyung deu alguns passos para trás à medida que o guarda avançava, lento e arriscado que nem um animal atiçado. Não poderia fazer muita coisa já que ele estava em posição de ataque, facilmente poderia o bloquear e tomar o controle, tinha que ser esperto. Sua respiração já estava alterada e o corpo completamente tenso. Se esforçava a ter o foco apenas em Dakho, era muita informação, muito tumulto e barulho ao seu redor, isso irritava Kim profundamente apesar de ser exatamente o que queria. Os presos fizeram um círculo em volta dos dois, eles berravam, suas vozes carregadas de timbre masculino bizarramente potente, e batiam na mesa com seus punhos, bandejas, talheres, com a mesma intensidade que gritavam enfurecidos. Vozeavam coisas como "loiro" ou assobiavam para torcer por ele, era um ou outro que sabia seu nome, pouquíssimos. Bem, se não sabiam antes, provavelmente saberiam depois, mesmo Kim ganhando ou perdendo feio para o guarda.

Guadalajara - taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora