Capítulo Quatro

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Acordo com uma alta dor de cabeça, não me lembro de praticamente nada. Olho ao redor não reconhecendo o lugar. Estou em um grande quarto luxuoso com grandes janelas. Está a noite e o quarto está bem escuro. Me sento na cama extremamente macia, passando as mãos em meu rosto tentando me lembrar de algo que faça sentido, vejo que estou vestida com uma camiseta azul masculina e eu não faço a mínima ideia à quem ela pertença. É então que percebo um barulho de água caindo, vindo de uma porta fechada, deduzo que é o banheiro e tem alguém tomando banho.

A questão é: Quem?
Em questão de segundos o chuveiro é desligado e esse alguém abre a porta. Fico um pouco surpresa ao ver o meu querido noivo saindo só de toalha ao redor do quadril. Seu corpo é perfeitamente bem definido. Vê-lo assim me deixou até sem fôlego..
Ao perceber que eu estava acordada, ele para e fica me encarando sério.

_Deveria se controlar mais quando beber.

_Vou ter que concordar, à que ponto cheguei de não lembrar quase nada do dia anterior.

_ Você não se lembra?

_Não lembro o quê? Aí meu deus, não diga que.. _ Ele vem até mim subindo na cama sorrindo de lado, deixando poucos centímetros de distância entre nossos rostos.

_Você tem pensamentos muito impuros, mais saiba que eu adoraria que isso tivesse ocorrido. _ Ele se afasta indo em direção ao que eu acho que seja o closet.

_Como eu vim parar aqui meu amor? _Brinco.

_Você tava deitada numa calçada, então eu te trouxe pra cá.

_Você não tem quarto de hóspedes não?

_Tenho

_Por que eu não tô lá?

_Pelo simples motivo de quê você é minha noiva, não uma hóspede. _ Leonardo saí já vestido formalmente indo novamente ao banheiro.

_Justo.

_A propósito, você tem um corpo lindo, eu sou muito sortudo. _ ele grita.

Enquanto ele estava arrumando o cabelo eu o olhava ainda sentada na cama, de repente a campainha toca.

_Eu como sua noiva e futura moradora dessa casa, deveria atender a porta?

_Deveria, mais não acho uma boa ideia, já que você não está vestida de forma adequada.

_Nisso você tem razão.

Ele sai do quarto indo atender a porta. Logo ouço uma voz feminina adentrando a casa, por curiosidade, e repito, apenas por curiosidade, vou até a porta do quarto para ouvir melhor a conversa:

_Você tem que ir embora.

_Eu acabei de chegar.

Mulherzinha atrevida.

_Já tem muito tempo que você não me liga. Aconteceu alguma coisa?

_Não que isso seja da sua conta, mas eu estou noivo
.
_Você tá brincando! _Ela zomba.

_Te garanto que não estou e como te conheço, você não irá aproximar se for verdade.

_ Se você está dizendo isso, é porque não é. Você só está tentando se livrar de mim.

Essa mulher só pode tá de gozação! Como por impulso eu saio pelo corredor e paro no corrimão da escada olhando de cima os dois conversando.

_Amor? Algum problema? _Digo em alto e bom tom para que ambos me ouçam.

Logo tenho suas atenções e a mulher loira que eu já conheço, me olha com espanto.

_Nenhum problema. Clarisse já está de saída.

Ele abre a porta e a mulher sai furiosa.

_Ela não é a recepcionista da empresa?

_Sim.

_Seu safado, então é por isso que você se negou a casar com ela, porque ela já tem sentimentos por você. Isso não se faz!

_Não começa. Sabe o que eu acabei de me lembrar? Você ainda não me disse a porra do seu nome. Como vou casar com alguém que usa um nome falso?

_Meu nome é Isabella, Isabella Florantines.

_Florantines? Não existe uma empresa com esse nome?

_Sim. Mais ela faliu, como? Eu também queria saber. Deve ser porque o Dono é um Desajustado que só sabe gastar dinheiro.

_Ela é da sua família?

_Eu não tenho família mon amour. Só um irmão viciado em dinheiro. Sou só eu e Deus a muito tempo.

_ História fascinante, mais agora vou sair pra comprar nosso jantar. Quer pizza ou comida japonesa?

_Já que tu é o cara da grana trás os dois.

_Meu deus eu vou falir rapidinho com você.

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