Sofia Carson POV
Los Angeles, Califórnia
23 de Junho de 2022
Não sei por quantos minutos ficamos abraçadas, mas foi o suficiente para me deixar corada e, levemente, envergonhada. Nunca havia abraçado uma pessoa por tanto tempo, quanto fiquei com a Dove. Em momento nenhum que ficamos abraçadas foi constrangedor, nossos corpos se encaixaram perfeitamente, sem contar que eu fiquei embriagada com o aroma do perfume dela. Dove aos poucos foi folgando os braços da minha cintura, dando indícios que queria finalizar o abraço ali, por breves segundos, eu choraminguei interiormente; não queria me separar dela.
Porém, era necessário…
Nos separamos, pude notar as poucas lágrimas que escorriam pelo seu rosto sendo secadas por seus dedos. Seus olhos estão vermelhos, igual ao resto do seu rosto. Por algum motivo desconhecido, senti meu coração apertar ao vê-la naquela situação, eu queria entender o motivo por trás daquele choro, mas, por ora, iria respeitar seu pedido. Permanecemos em silêncio por breves minutos, até seu olhar paira sobre o meu, sorri tímida, sentindo minhas bochechas ficarem quentes. Ela pareceu achar graça da minha reação, abriu a boca para falar algo mais foi interrompida pela porta sendo aberta num solavanco e uma vozinha de criança preencheu a varanda, no segundo seguinte.
— Mama, mama! — Dave a chamou freneticamente, ganhando totalmente a atenção da loira — A vovó disse que eu posso escolher meu presente de aniversário!
— E já sabe o que vai pedir, campeão? — abaixou-se na altura dele. Dave pareceu não notar a minha presença ali, então, me mantive quieta, admirando a interação deles.
— Estou em dúvida, mama… — esboçou uma carinha fofa — Eu quero aquele jogo e também quero um cachorro. Mama, o que eu faço? — Dove riu levemente do filho.
— Bom, como pretende cuidar de um cachorro estando aqui? — perguntou, deixando o filho pensativo — Posso lhe dar o cachorro depois, quando retornarmos ao Brasil, o que acha?
— Kay! — disse prontamente — Acha que a mom vai aceitar o cachorro?
— Sua mom ama cachorros, campeão — ajeitou o cabelo do filho, refazendo o coque.
— Quando a vovó ligar, vou dizer que quero aquele jogo — sua voz saiu firme, parecia ter decidido seu presente de aniversário. Dove assentiu.
— Onde estão seus tios? — questionou ela, olhando curiosa para o interior da casa.
— Titia Lina está falando com o vovô José e o titio Cam está com a tia Scar! — respondeu prontamente. Olhando para os lados, parecia querer falar algo que mais ninguém podia escutar. Até que ele me viu, parada um pouco distante deles, olhando toda a sua interação com a mãe. Ao me ver ali, vejo as bochechas gordinhas ganharem uma coloração avermelhada, imediatamente, Dave se jogou nos braços da mãe, envergonhado. Foi impossível não rir.
— Não precisa ter vergonha, Dave — indaguei, dando alguns passos na direção deles, tentando atrair a atenção do pequeno — Ei, também quero um abraço! — comentei, atraindo a sua atenção. Seus olhos castanhos mel viraram na minha direção — Porque todos ganham abraços, até a Scar, e eu não? — fingi estar brava por não ter ganhado um abraço. Agachei perto deles, com alguns centímetros de distância.
Os pequenos olhinhos castanhos saíram de mim e foram para a mãe, parecia pedir permissão para me abraçar. Ambos trocaram olhares por longos minutos até que a loira assentiu, soltando o filho devagar, dando total liberdade para que ele me abrace. Seu pequeno corpo colidiu com força no meu, me fazendo cair de bunda no chão, usando uma das mãos para nos segurar. Solto um pequeno riso com aquilo, envolvendo seu corpo com meus braços.
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FanficJĆ” imaginou acordar com a notĆcia que estĆ” viĆŗva? Que sua esposa desapareceu misteriosamente e foi dada como morta? Dor e angĆŗstia, foi exatamente o que Dove sentiu ao saber que havia ficado viĆŗva de um dia para o outro. PorĆ©m, nĆ£o entendia aquilo...