Capítulo VIII

198 29 15
                                    


Ola meninas! Obrigada pela paciência com minha demora para escrever, estou tentando retomar as histórias aos poucos! Espero que gostem do capítulo!
Cassi❤

P.S: Capítulo dedicado a leitora Jami Ribeiro ❤❤ Obrigada pelas mensagens de apoio!

Eu não sabia oque pensar. Samuel estava completamente fora do juízo. Agredir Joaquim daquela maneira era a gota d'água.
- Eu sinto muito por tudo isso.
Me desculpei enquanto arrumava o kit de primeiros socorros.
Joaquim estava sentado em meu sofá o sagramento no nariz estancado por uma bola de papel.
-Eu tô legal.- afirmou, tentando me tranquilizar.
-Não é oque parece. Deixe eu dar uma olhada.
Ele resistiu por alguns instantes, mas acabou cedendo. Me aproximei e comecei a limpar a ferida.
- Ele deve ter se arrependido..
-Oque?
-O cara. -ele franziu o cenho em reposta ao desconforto do toque do algodão úmido.
Tentei me manter firme diante do comentário.
- Eu teria me arrependido.
Engoli em seco. Os olhos dele, azuis e cristalinos me fitavam  perto o suficiente para fazer meu coração palpitar. Tentei ignorar o comentário dele.
- Acho que não vai ter problemas com essa ferida. - tentei mudar de assunto. -Não sou da área da saude mas creio que uma bolsa de gelo é suficiente.
Levantei e retornei a cozinha precisava respirar. Abri a geladeira atras de gelo mas a única coisa a mão era um pacote de ervilhas congeladas.
- Acho que isso resolve por enq...Oquê tá fazendo?
Joaquim estava parado no meio da sala a camiseta branca agora manchada de sangue pendurada no ombro. Baixei os olhos quase que instantaneamente para o tórax desnudo. Apesar de aparentar magreza o peito de músculos bem definidos era sem dúvida uma bela visão. Jesus! Sacudi a cabeça tentado afastar aqueles pensamentos.
-Foi mal..essa camisa ta podre não queria sujar seu sofá de sangue.
Engoli em seco.
-Pegue...pegue isso...eu vou achar uma camisa limpa pra você...
Entreguei-lhe o pacote de ervilhas tentando não encara-lo. Ele sorriu como se estivesse zombando de minha atitude quase virginal. Era ridiculo que eu me sentisse tão constrangida na presença daquele rapaz.
Fiz menção de sair mas a porta se abriu e um Lucas sorridente surgiu carregando um balde de frango frito e um engradado de cerveja. Ele olhou para mim e depois para Joaquim o sorriso paralisado em seu rosto. Eu podia até ouvir seus pensamentos só de olhar em seus olhos marotos. Era óbvio que aquela situação despertara sua curiosidade.
-Ops, to atrapalhando alguma coisa?
-Não!- Joaquim E eu nos encaramos assim que a resposta simultanea encheu a sala.
Lucas franziu o cenho:
-Lucas...esse É Joaquim.
-O cara da matéria no jornal?
- É...
Houve silêncio.
- Acho que ta na minha hora, valeu pela ajuda..
-Ok. Nos vemos amanhã...
Joaquim concordou e após se despedir saiu fechando a porta.
- Oque foi que eu perdi?- Lucas quis saber.
Música, bebida e frango frito. Era disso que eu estava precisando. Aqueles últimos dias estavam acabando comigo e eu nem sabia oque pensar. Sentia como se Deus estivesse me castigando por algum motivo. Talvez eu tivesse atirado pedra em uma Cruz em uma vida anterior. Ou talvez ele so quisesse se divertir um pouco com minha vida patética.
- Samuel pirou de vez , só pode!
- Eu não sei oque ele quer...Vive desfilando por ai com a Débora e derepente isso? Sei lá...
-Mas e você e esse tal de Joaquim?
Encarei-o:
-É só um garoto que insiste em aparecer no meu caminho...
-Um garoto com um abdomem super definido, não esqueça de salientar.
-Eu nem sei do que ta falando.- desfarcei.
-Então você só pode estar cega ou louca!
-Lucas!
-Fala sério Bela, só um cego não notaria que esse garoto é uma bênção!
Revirei os olhos . Bênção? Estava mais para maldição.
Desde que pusera os olhos em Joaquim as coisas pareciam ter piorado. Se é que isso era possivel. Mas de uma coisa estava certa, ele podia não ser uma bênção , mas sua oferta da venda da casa era a única coisa que Bela podia pensar de bom naqueles últimos dias.

De Repente 30Onde histórias criam vida. Descubra agora