Antes de iniciar o capítulo quero me desculpar pelos erros de digitação, ortografia ou qualquer erro que possivelmente irão encontrar. Como sempre o capítulo não foi revisado.Espero que gostem! E não esqueçam de clicar na estrelinha e me deixar saber através dos comentário suas opiniões!
Bjs da Cassi e boa leitura!!Joaquim
-Joaqui Xavier. O novo nomorado dela!
As palavras sairam como um mantra da minha boca e eu nem sabia de onde elas haviam surgido.
Puta merda, eu estava enrrascado até o pescoço. O tal Samuel me encarou com o rosto pálido, como se estivesse a ponto de me socar.
Apertei mais o abraço em volta dos ombros dela que parecia mais gelada que o Iceberg que destruiu o Titanic.
A mulher loira me sorrio, um sorriso amarelo.
-Sou Débora Ventura.- disse, pigarreando.
-E você deve ser o doutor Samuel. - estendi a mão para ele que demorou em retribuir- Acho que te devo um agradecimento.
Anabela estremeceu.
-Agradecimento?
-Sim, se não fosse por você nós não estariamos juntos hoje. Então, obrigada, por ser o cara errado.Anabela
Eu achei que iria infartar. As palavras de Xavier me atingiram em cheio, e não só a mim, mas Samuel parecia extremamente irritado.
No fundo eu até sentia uma ponta de satisfação em ver sua expressão de desagrado. Mas aquela situação estava saindo dos limites.
Enquanto eu surtava por dentro. Xavier mantinha sua expressão calma e com um sorriso no rosto. Aquele garoto era um maluco, só podia ser. E eu estava ferrada.
Precisava respirar e agradeci a Deus assim que nos afastamos. Cada passo meu , milimetricamente calculado.
- Mas que merda foi aquilo! ?- explodi, assim que chegamos ao estacionamento poucos minutos depois. -Que merda Você fez garoto?
- Merda? Eu te salvei de bancar a idiota.
-Muito obrigada mas eu acho que sei me cuidar sozinha!
-É, deu pra ver.
Eu queria sumir dali. Queria que um buraco se abrisse sob meus pés pra que eu pudesse me esconder. Oque Samuel estaria pensando?
-Qual é garoto, porque você tem que aparecer em todo lugar? É um stalker ou coisa assim?
-Xavier.
-Oque?
-Meu nome é Xavier, então pode parar com esse papo de garoto.
Olhei para ele e seu rosto sério demosntrava o quão ofendido ele estava.
-Eu nem sei oque eu fiz lá dentro ou porquê eu fiz. -disse passando as mãos pelos cabelos- Só não achei legal te deixar passar por uma situação como aquela.
As palavras dele me atingiram em cheio. Aquecendo meu coração. Era curioso que um estranho como ele conseguia ter aquele sentimento de empatia que raramente alguém teria na minha situação.
Eu estava acostumada com as pessoas me julgando, ou falando de mim pelas costas. Mas jamais, além de Lucas, alguém estivera pronto para me defender daquela forma.
Entrei no carro sem dizer mais nada, minha cabeça estava uma bagunça e eu só queria ir pra casa.
Pelo retrovisor vi a silhueta dele que aos poucos foi ficando para trás. E o meu orgulho ferido não tinha me permitido se quer agradece-lo.****
Samuel
Aquilo só podia ser uma piada. Uma piada de puro mal gosto. Anabela e aquele pirralho metido a besta?
Deixei Débora em casa sem dizer uma palavra. Enquanto ela tagarelava sem parar sobre o acontecido.
-Pelo visto Anabela não se importou muito com o que aconteceu entre vocês.- dissera- Mas dessa vez ela me surpreendeu. Não sabia que gostava de rapazes mais novos.
Pelo visto ela era uma caixinha de surpresa. Dirigi sem rumo por alguns minutos. Eu estava com a cabeça cheia demais para voltar pra casa.
É eu sabia. A culpa era toda minha, terminar com ela fora uma escolha consciente. Mas ve-la ao lado daquele idiota quase me fizera perder a razão.Anabela
Aquele tal Joaquim ou Xavier. Só podia ser maluco. Pensava enquanto escovava os cabelos. Depois de um banho quente eu conseguira me acalmar um pouco. Aquela situação no supermercado havia esgotado todas as minhas forças. Aqueles últimos quatro dias estavam sendo um grande desafio para minha sanidade e eu começava a achar que os malditos trinta tinham chego para me tirar do rumo.
Sossego, era só oque precisava. Um dia sossegado pra curtir o luto de um relacionamento fracassado e enfim superar. Mas do jeito que as coisas iam, seria impossível.
Me aninhei no sofá. Uma xicara de café e um exemplar de 'Razão e sensiblidade' seriam minha companhia naquela noite fria. Tudo oque eu precisava, cafeína e um bom livro.
Não sei por quanto tempo fiquei sentada ali, entretida com as aventuras românticas de Elinor e Marianne Dashwood. Quando o som de batidas na porta me trouxeram a realidade.
Àquela altura do campeonato batidas na porta me deixavam completamente alerta. E com razão.
-Samuel?
Parado a soleira ele me encarava com aqueles olhos brilhantes que ainda faziam meu coração palpitar. Eu esperava tudo, menos encontra-lo ali.
Ele se efiou para dentro sem dizer palavra. Encarei-o perplexa.
-Oque...oque ta fazendo aqui?
- Você é mais esperta do que eu imaginei.- ele disse passando as mãos pelos cabelos. Parecia levemente embriagado.
-Você bebeu? - perguntei.
Ele riu com ar de deboche.
- Eu esperava tudo de você...mas bancar a ãma de leite é um pouco demais.
-Do que tá falando? Oque quer aqui?
- Estou falando de você e daquele moleque metido a besta. - ele cuspiu.
Estava completamente irritado. Segurou meu braço me puxando para si. Seu hálito rescendia a uísque.
Tentei me afastar, mas ele era mais forte.
-Você ta me machucando Samuel.
-Você acha que vai me atingir andando por ai com aquele...Esta bancando a ridicula Anabela!
-Isso é problema meu. - empurrei-o para longe- Não lhe devo satisfação!
-Oque você quer? Me dar o troco?
-Acho que você esta enganado. Eu não preciso disso.
-Vai me dizer que esta saindo com aquele pivete porque estão apaixonados?
Ele estava zombando de mim. E aquela era uma face de Samuel que eu nem sonhara conhecer. Arrogante, violento, completamente o oposto do homem doce que eu conhecia.
- E se estivermos? Oque você tem com isso? Você fez sua escolha Samuel, você terminou tudo e não eu. Você teve um caso, com a Débora e não eu!
-E é assim que você quer me dar o troco? Abrindo as pernas para o primeiro que aparece?
O som da bofetada ecoou em meus ouvidos. Meus dedos impressos no rosto dele.
-Nunca mais ouse falar assim comigo!
Ele parecia aturdido com minha reação. E apesar de eu sentir o mesmo, me esforcei para permanecer firme.
-Saia da minha casa...agora!
Ele obedeceu irritado, fechando a porta com um estrondo. Respirei aliviada desabando sobre o tapete. E naquele momento jurei a mim mesma que iria arranca-lo do meu coração.
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De Repente 30
RomanceAnabela sempre procurou viver para agradar a todos. Filha mais nova de uma tradicional família da sociedade ela deixa os sonhos de adolescência para trás e torna-se braço direito do pai nos negócios numa tentativa falha de conquistar a aceitação da...