Capítulo 53

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Christian

Claramente eu amadureci em nosso tempo à parte. Primeiro, não a joguei por cima do ombro e a trouxe para dentro para fazer sexo. Era muito mais importante ouvir as palavras da boca dela, o que me levou ao meu segundo ponto. Quando realmente processei essas palavras, não corri para cometer homicídio.

— Anastasia — eu sussurrei, meus olhos a bebendo. De pé na neve assim, usando couro e sapatos ilógicos - se eu tivesse que adivinhar com base em como ela estava tremendo - ela parecia selvagem. — Baby, vamos tirar você da neve.

Mas ela balançou a cabeça.

— Você não me ouviu?

Tão lentamente quanto pude, com adrenalina desenfreada correndo por minhas veias à mera visão dela, desci os degraus e caí na neve. Os sopros brancos de ar embaçaram na minha frente quando eu respirei, e era a única prova que eu tinha de que ainda estava vivo. Que eu não estava imaginando ela. Claro, se eu a estivesse imaginando, ela nunca teria dito o que fez.

Quando eu estava a um braço dela, parei, procurando seu rosto. Os traços finamente esculpidos eram tão preciosos para mim. Algo que eu tinha estupidamente concedido como garantido toda vez que ela esteve na mesma sala.

Nunca mais.

— Eu ouvi você — eu respondi, minha voz soando como se estivesse sufocando no vidro. Seus olhos brilhavam, o brilho das lágrimas me fazendo querer arrancar minhas entranhas.

— Então, como diabos você está tão calmo?

Eu levantei minhas mãos, muito lentamente, para que ela pudesse recuar, se ela quisesse. Quando ela ficou no mesmo lugar, eu segurei seu rosto. Nós dois exalamos com o contato, seus olhos se fechando por um momento. Eu mantive o meu aberto porque não estava disposto a perder um milissegundo disso.

— Porque eu tenho certeza que você não está feliz com isso

— Eu não estou — ela interrompeu com uma voz de aço.

—... o que é bom — continuei, aproximando-me dela. — E é bom que você não esteja feliz com isso, porque os lábios de nenhum homem além dos meus vão tocar você de novo. —Anastasia piscou e uma lágrima percorreu seu rosto até absorver a pele da minha mão. — Certo?

— Certo.

Eu me esvaziei, envolvendo-a em meus braços com a maior sensação de alívio que eu já experimentei em toda a minha vida. Anastasia pressionou o nariz na lateral do meu pescoço e inalou, cantarolando quando deixou escapar.

— Eu quero te beijar tanto, mas não ouso deixá-lo ir.

Eu apertei meus braços, saboreando o peso dela contra mim. Ela riu baixinho, puxando a cabeça para trás para encontrar meus olhos. Havia tanta adoração naquele olhar, tanto amor. Então ela levantou o queixo e deu um beijo suave nos meus lábios. Ficamos ali por um longo momento, apenas testando a sensação dos lábios um do outro. Por alguma razão, parecia que não tínhamos nos beijado apenas uma semana antes. Pareceu novo e doce, a construção mais longa do beijo mais inocente que já compartilhamos.

Talvez cada um de nós pensasse que a outra pessoa aprofundaria o beijo, mas eu estava contente em apenas senti-la. Eu acho que ela também estava.

Eu me afastei.

— Podemos entrar agora? Meus pés estão congelando.

Anastasia sorriu tão amplamente que meu coração se esticou de maneira semelhante.

— Sim. Eu gostaria disso.

Em vez de segurar a mão dela, eu me virei e apresentei minhas costas, agachando-me para que ela pudesse subir. Anastasia pulou, passando os braços em volta do meu pescoço, enquanto teci meus braços sob os joelhos para suportar seu peso.

Tentadora Provocação {Completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora