Tentadora Provocação {Completa}

Capítulo 23

Christian

Nada parecia certo, nada parecia claro. Não como eu me sentia sobre Anastasia, sobre o fato de que ela sabia sobre Diana, que ela conhecia meu pai, embora não muito bem.

Eu devo ter ficado sentado na minha mesa de jantar por duas horas, olhando para a parede em branco na minha frente e peneirando meus pensamentos lentos.

Eu a queria, isso eu sabia. Fisicamente, definitivamente. Emocionalmente?

Isso era mais obscuro. Eu não queria falar com ela sobre Diana. Eu não queria falar com ninguém sobre isso, então eu estava apenas mantendo Anastasia em igualdade de condições com o resto da população mundial.

Se eu possuísse um cachorro ou um gato?

Eu não diria a eles, por medo de que a raça animal evoluísse de repente e ganhasse a capacidade de falar. Eu não estava procurando por casamento, filhos ou nada disso. Não era algo que eu precisava depois de perder uma vez. Mas ela era inteligente. Ela era durona. E ela confiou em mim o suficiente para me mostrar sua maior vulnerabilidade: seu relacionamento com o pai.

Eu balancei a cabeça e peguei meu telefone, onde ele ficou em silêncio na mesa enquanto eu processava as coisas.

Eu: Você poderia vir depois do trabalho?

Anastasia: Claro. Não é a minha noite para fechar, então eu estarei aí em 30.

Finalmente me afastando da mesa, me movi pela cozinha em busca de algo parecido com uma refeição. Enquanto eu mastigava macarrão frio, pesquisei a bolsa de Anastasia. A Margaret Phillips Memorial Bolsa de Estudos foi concedida a um punhado de meninas baseadas parcialmente em acadêmicos. Elas precisariam manter um GPA de 3,7, trabalhar em prol de um curso de jornalismo, literatura ou redação criativa e serem solteiras. Todas aquelas caixas marcadas proporcionavam a Anastasia metade de suas mensalidades, todos os seus livros, nenhum quarto e pensão, o que explicava o pequeno e humilde apartamento.

Eu sorri um pouco lendo a biografia de Margaret Phillips. Margaret chegou a Boston aos 18 anos, sem nenhuma família para sustentá-la. Como uma mulher solteira na década de 1940, ela teve que trabalhar duas vezes mais para passar pela faculdade, finalmente se formando em literatura. Ela se tornou professora do ensino médio e liderou muitos esforços da comunidade para apoiar as mulheres que estavam estudando. Durante anos, ela foi vice-presidente da seção de Boston da Organização Nacional da Mulher. Ela estabeleceu essa bolsa em 1998.

Sim, Margaret Phillips provavelmente gostaria de Anastasia, abrindo caminho pela escola com um chip gigante no ombro. Não havia muito que eu pudesse encontrar que falasse sobre má conduta pessoal, e como isso poderia afetá-la mantendo o apoio financeiro que estava sendo dado a ela.

Houve uma batida suave na minha porta da frente. Enxugando minhas mãos em um pano de prato, olhei através do olho mágico e não pude deixar de sorrir. Anastasia tinha puxado o capuz preto de seu moletom por cima da cabeça, e com os fios castanhos saindo pelos lados, ela parecia exatamente tão jovem quanto ela era. Talvez mais jovem.

— Entre — eu disse quando abri a porta. Seu sorriso era hesitante, mas ela tentou de qualquer maneira, olhando para trás antes de eu fechar a porta, a escuridão do céu cobrindo sua chegada. — Como foi o trabalho?

Ela sorriu, tirando o capuz e passando a mão pelo cabelo.

— Chato como o inferno. É para isso que você me chamou aqui?

— Não — eu concedi com um sorriso irônico e gesticulei para o sofá. Depois que ela escolheu o assento mais próximo a ela, sentei o suficiente para ter que me esticar para tocá-la. Anastasia ergueu uma sobrancelha fina para isso, então se recostou nas almofadas, virando-se para mim com uma perna enfiada debaixo dela. — Eu não sabia que você estava aqui com bolsa de estudos.