Capítulo 9

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                                                                                                       Elis

Deus, não acredito no que eu ouvi, muito provavelmente vou ter que ir morar no Rio de Janeiro e abrir um negocio com s minha cunhada e amigos, e porque? Não sei o que esta havendo, minha percepção de vida mudou desde que eu ouvi a conversa entre Emellyn e Tainara, a 2 anos, ela me mostrou que era uma gravação depois disso, que aquela era a sua amiga que havia falecido, ela disse que conversava com o vídeo sempre que tinha duvidas, e que para ela parecia que sempre que falava encontrava respostas para os seus problemas, as respostas de Tainara pareciam ser realmente bem sucintas e pareciam servir para uma infinidade de assuntos, mas o que Emellyn me contou naquela noite me deixou bastante desestruturada, naquela noite eu entendi tudo que ela não poderia contar para os seus outros amigos, pois sabia que alguns não acreditariam e outros surtariam, e bem, eu já vi coisas bem estranhas por ai para não cair para trás só por saber coisas banas como destinos e ordens superiores.  

A questão é que eu já conhecia Tainara, foi ela quem me salvou de cair no poço do trem no dia que quebrei meus óculos, estava em Porto Alegre para feira do livro, trabalhando de assistente de uma escritora conhecida, acabou que ela me levou para casa e em agradecimento nós a convidamos para almoçar no dia seguinte, porem ela já tinha marcado com sua amiga Emellyn, que levou para almoçar com nós e dai seguiu o romance entre Emellyn e meu irmão, Tainara foi embora no final da feira e seguimos mantendo contato depois disso por alguns meses, até que perdi o contato e semanas depois descobri sua morte. 

Agora estamos embarcando em um avião para o Rio de Janeiro, para uma reunião executiva onde decidiremos onde sera a sede do nosso "centro comercial"  isso é loucura, mas é uma dadiva, jamais conseguiria imaginar que estaria fazendo isso aos 24 anos de idade.

- Eai maninha, você esta calada desde que saímos de casa.

Augusto esta abraçado a Emmy, como sempre, eles não desgrudam nunca, estão sempre se abraçando ou tocando de uma forma que apesar de não ser vulgar me parece intimo demais para ser feito em publico.

- Como você se sentiria se estivesse abrindo um negocio de 6 milhões de reais?

- Jamais saberemos, não é o tipo de coisa que acontecem duas vezes na mesma família, e veja só, já aconteceu pois agora você e Emmy são da mesma família, então de jeito nenhum vai acontecer uma terceira vez. 

Meu irmão é a criatura mais categórica que conheço, para ele a vida é preto no branco, tudo funciona matematicamente ou não funciona. 

- Claro Augusto, até porque a probabilidade de acontecer com duas de nós era imensa né, não fale asneira meu irmão, assim você insulta nossa família.

- Elis pare de relinchar! Esta me dando dor de cabeça.

- Vocês dois não conseguem ter uma conversa civilizada sem discutir não, hein?  

A melhor parte do meu dia é quando discuto com o meu irmão, faz meu dia bem mais ensolarado. 

- Com certeza não, acho que nós temos um problema de comunicação seríssimo.

Diz Augusto arrumando o óculos novo no rosto  

- Sim, porque eu não falo a língua das mulas.

- já chega vocês dois, parecem crianças de 4 anos, já que são crianças vamos brincar de vaca amarela até pousar, ou vão ficar de castigo, e vai por mim augusto, você não vai querer ficar de castigo não é?

Nem quero pensar em qual seria o castigo do meu irmão, eca, as vezes não é legal ser amiga da própria cunhada. 

Coloquei meus fones de ouvido e virei para janela, enquanto os recém casados namoravam, era para eles terem ido direto de Búzios para a capital, mas Augusto teve uma emergência com sua filha, eis uma das coisas que mais admiro na minha cunhada, criar uma criança que não é sua filha de sangue é apenas para alguém muito maduro, atualmente minha cunhada é uma das minhas melhores amigas  e maior heroína, queria ter sua coragem.  

Uma Paixão a vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora