Efémero

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— Talvez, quando eu encontrar o Taehyung, eu peça desculpas.

— Só não esquece de fazer isso.

Youngjae se levanta e quase se retira do local, quando é interrompido pela minha voz.

— E, se precisar desabafar de novo,você sabe onde me encontrar. Nem sempre é bom carregar a própria cruz sozinho, Choi.— O garoto consente e me deixa no local, sozinho. Porém dois minutos depois o sinal já estava tocando para o recreio.

— Jeon Jeongguk!!— Eu escutava uma voz familiar, vindo atrás de mim, e não podia ser nem mais nem menos do que...

— Kim Taehyung! Para de correr com essa cadeira de rodas se não, você vai acabar morrendo.— Min Yoongi gritava vindo depois do Taehyung.

Taehyung chega perto da mesa que eu estava e começa a conversar comigo, e Min logo após ele se junta a nós.

— Nossa gente, sábado foi louco, desde que aconteceu aquele B.O eu não vejo o Younjae.— O Min diz, e complementa.— Eu que não queria estar na pele nem do Seokjin e nem Youngjae.

— Pois é, fico aliviado que o Youngjae não tenha vindo hoje, imagina como está o Namjoon, eu juro que não sabia que o Jin tinha esse caráter.

— Você falou com o Seokjin depois, Taehyung?

— Não, eu fui falar com ele, mas ele tinha se trancado no banheiro, e quando eu falava alguma coisa ele não respondia.

Seria errado se eu falasse o que o Youngjae me contou? Eles são seus melhores amigos.
Acho melhor não o Choi não gostaria que eu contasse... Mas eu sei que eles não contariam à nin...

Meus pensamentos logo são interrompidos pela inconveniência do Min.

— JUNGKOOK,CARALHO!— Ele me dá um tapa.

— Aí!— Eu coloco a mão em cima do lugar que está doendo.— Por que fez isso.

— Nossa, Jeon. Você tá no mundo da lua é?— Taehyung diz.

— N-Não, eu só tava pensando na vida, e isso não é motivo pra me dar um tapa.

— JK, tudo é motivo para te dar um tapa, olha para você.— O Min ri.

— Nossa, Yoongi assim você me deixa deprê.

Quando bateu o sinal, eu e o Taehyung ficamos esperando o Yoon, arrumar seu material, a sala estava vazia. Já que o Min sempre está dormindo, nos cinco minutos que o professor dá, para guardarmos o material.
Ao passar pela porta, damos de cara com o Youngjae, nos esperando.

— Taehyung, eu preciso falar com você.— O choi diz com seu braços cruzados, mordendo o seu próprio lábio superior.

O Kim fica cabisbaixo, e a tristeza nubla em seu rosto.

— É sério, Taehyung. Por favor.— Youngjae implora, passando as mãos pelo cabelo.

O Kim entra na sala com o Choi, e eu fiquei observando de pela janela, enquanto o Min escutava pela porta.

— Jk, ele falou que sabe que foi um babaca, e que sabe que a morte da Lisa não foi culpa dele. Aliás, quem é Lisa?

— Continua ouvindo que depois eu te falo, Min.

— Agora ele disse, que se arrepende do que fez, e que...— Min senta no chão, jogando sua cabeça para trás.— Ai quer saber, Jeon. Cansei.

— Não faz nem um minuto que você começou a "traduzir" as coisas para mim.— Digo reproduzindo a aspas com meu dedo, e logo em seguido me junto com Yoon, sentado.

Eu e Min ficamos sentados lá uns dez minutos, apenas conversando, até que a gente vê Seokjin correndo em nossa direção.

— Gente, vocês viram o Taehyung?— Seokjin estava em prantos, seus olhos estavam inundados de lágrimas.

— Ele está lá dentro da sala, com o Young...— O Kim me interrompe antes mesmo de eu terminar a frase.

— A mãe dele está morrendo, Jungkook, ele precisa ir para lá, por que ela está o esperando.

Eu fico incrédulo, eu sei que o Youngjae, queria continuar falando com o Taehyung, mas sinto muito, ele pode esperar. Eu abro a porta da sala e chamo o Kim. O pai do Jin, estava esperando, então, era só irmos para o carro.
Quando chegamos no hospital, corremos o mais rápido possível para o quarto, Taehyung parecia o Toretto, do Velozes e furiosos, correndo com sua cadeira de rodas.

— Senhores, será que vocês poderiam parar de correr?— A enfermeira pergunta gentilmente, e a gente começa à andar em uma velocidade mais lenta.

— Obrigado, gente.— Taehyung, nos agradece, com seus olhos marejados.

Eu estava bem chateado, a Hyungi era uma das pessoas mais carismáticas e de bom coração, que eu já havia conhecido.

— Minha mãe parou de respirar!Venham rápido, por favor.— Taehyung, estava em frangalhos, seu rosto estava rubro, ele chorava em soluços.

As melhores pessoas, partem cedo e isso causa um buraco imenso em nosso peito.

— Rápido, Rápido! O enfermeiro gritava.

O que nos resta são as lembranças, em fotos, que estão coladas nas paredes.

— Pega o desfibrilador, para ver se o ritmo cardíaco da paciente volta.— O médico mandava.

Mas as lembranças que ficam nas memórias, vão esvaecendo durante o tempo, até que você esquece por total seu rosto, mas que você ainda sente no coração.

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⏰ Última atualização: Apr 22, 2020 ⏰

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