Amando um traficante

7 Star

Peguei o travesseiro e apertei nos meus ouvidos.

Sofhia: Ninguem merece!! - Me sentei na cama e revirei os olhos.

Agora eu entendi porque não vi a Fê voltar pro meu quarto.

Passei a mão no rosto e me levantei caminhando a pessos largos até a cozinha.

Abri a geladeira e peguei uma garrafa de agua, coloquei na pia e fui ate o armario pegar um copo.

Logo bebi a agua e coloquei o copo no lugar. Abri a geladeria pra colocar a garrafa e fechei a mesma.

Sofhia: Caralho!! - Coloquei a mão no peito e respirei fundo.

Lz: Foi mal. - Passou a mão no cabelo.

Sofhia: Nada não. Acabei acordando com... - Apontei pra escada e encostei da geladeira.

Lz: Com os gritos da Fê? É, tamo junto. Ela não é do tipo discreta.

Sofhia: Ou ele é muito bom. - Fiz careta com a cena que se passou na minha mente e escutei a risada de Lz.

Lz: Eles não dormem e nem deixam a gente dormir. - Chegou perto de mim.

Encarei o rosto dele e senti seu olhar sobre minha boca.

Mais o filho da puta tinha que ta sem camisa?

Sofhia: É muita maldade. - Ele colocou os braços na geladeira, em volta de mim. Me deixando presa.

Lz: Sabe que mais é maldade? - Meu peito subia e descia. Caralho eu to muito nervosa. Essa aproximaçao me deixa muito vulneravel e o jeito que ele me olha... Me faz queimar de um jeito...

Sofhia: Não... -Engoli em seco.

Lz: É melhor nem sabe. - Se afastou e eu fiquei olhando pra ele e tentando raciocinar.

Tudo dizia pra mim pular em cima dele e beijar ele muito. Passar as mão naquele corpo, conhecer cada centímetro. Mais meu lado racional me trouxe de volta a realidade.

Logo sai dali e fui pro meu quarto tentar dormir.

Quase não consegui. Os "gemidos" da Fê não ajudavam e os pensamentos tambem não. Um pouco mais tarde o casal do sexo parou e eu finalmente dormi.

>>>>>

Fê: Não acredito que voce teve a oportunidade de beijar o Lz e não beijou!! - Me olhou como se eu tivesse cometido um crime.

Sofhia: Não é bem assim. Deve ser so coisa da minha cabeça ate porque se ele quisesse me beijar teria tentado. - Falei firme.

Fê: Ou ele não te beijou por causa do seu irmão. - Bateu na testa como se eu fosse burra.

Sofhia: Meu irmão? Ah é. Aquele que tava transando com você no andar de cima. - Falei ironica.

Fê: Não por teu irmão ta la e sim por serem amigos ne!! Não vem fazer a sonsa comigo.

Sofhia: Olha, e so acho que talvez tenha tido um clima. Mais ja passou e vamos focar no trabalho. - Me afastei do balcão.

Fê: Essa historia pode render. Escuta o que eu to te falando.

Sofhia: Ta!! - Fiz a teimosa e levei um dos pedidos que ja estavam pronto.

Fê: Mais você que sabe. - Deu de ombros.

Sofhia: Tenho que ir. - Falei olhando a hora.

Fê: Cuidado em. - Falou e eu dei um beijo na bochecha dela.

Sofhia: To indo Ze. - Fale pegando minha bolsa e saindo de la.

Corri pra casa e me arrumei rapido. Logo eu estava na escola, tentando prestar atençao e me perguntando pra que estudar se o futuro é a morte?!

So faltei dar graças a Deus quando as aulas acabaram. Todo mundo saiu voado da escola, parecia ate que estavam presos.

Sai da escola e peguei meu beco. Tenho tempo não, ja ta tarde e aqui a gente não pode vacilar não.

O foda era um beco que eu me tremia quando passava por ali. Porque so tem aquele caminho e é escuro pacas. Como sempre eu ja fui andando com o coração na mão.

Realmente. Eu estava com o coração nas mãos. Mais afinal, vamos para historia.

Olhei pro beco e ajeitei a bolsa nas costas. Comecei a caminhar pra dentro e a cada passo o meu coração não sabia se parava ou se batia na velocidade das balas de uma metralhadora.

Meu medo estava maior que o normal.

Escutei um barulho no beco e pronto.

To morta, Deus me proteje por favor. Eu prometo...

Escutei um barulho de passos e dei um passo pra tras.

Deus eu prometo, prometo, prometo. Eu não sei, eu so prometo mais me tira dessa por favor.

Sofhia: Quem é? - Me sinto em um filme de terror.

Minhas pernas travam e isso me deixa mais assustada.
Meu coração vai parar porque ele ta muito rapido e eu quase não consigo respirar.

Sofhia: ME SOLTA!!! - Grito quando me empressam na parede.

Lz: Com medo ruivinha? - Filho da puta.

Sofhia: Vai se fuder Lorenzo!! - Cito o nome dele.

Lz: É Lz.

Sofhia: Foda-se. - Empurro ele, mais ele não sai do lugar. - Ta fazendo o que aqui? - Meu coração foi normalizando.

Lz: Nada.

Sofhia: Então sai seu idiota! - Bati nele na tentativa de sair.

Em um movimento rapido ele esta prendendo minhas mãos a cima da minha cabeça. E antes mesmo que eu raciocine sinto sua boca colada a minha.

Correspondi o beijo sem nem mesmo perceber.