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Algumas vezes no mês, eu estou fazendo qual quer coisa que seja. E eu paro por 30 segundos e sabe porque?

Por que bate tudo de uma vez e meus olhos se enchem de lagrima. E na maioria das vezes eu nem to pensando em nada ruim, so bate tudo do nada.

É como se eu estivisse acumulando de mais e tudo decide sair e o que eu faço? Há! Eu nem penso duas vezes e engulo as lagrimas, ignoro tudo mais uma vez e continuo minha vida.

Mais doi, eu sinto doer dentro de mim. Mais eu ignoro de novo e de novo e de novo. Ignoro e ignoro. E vou continuar ignorando.

Sofhia: Caguei pra essa merda toda. - Falo quando mais uma lagrima cai sem a minha permissão e eu a limpo.

Abro a porta do banheiro e encontro o Lorenzo sentado na cama sem camisa.

Lz: Tudo bem? - Balanco a cabeça positivamente e ando ate ele.

Eu tava conseguindo fingir que estava tudo bem. Mais a cada passo que eu dava em direção a ele, as lagrimas se acumulavam mais.

Eu sentia vontade de correr e abraça-lo. Parecia que estar nos braços dele era tudo o que eu precisava no momento.

Mais um passo. E eu o vi levantar quando uma lagrima caiu dos meus olhos. Ele andou rapido em minha direção e logo eu estava ali.

Chorando nos braços dele, que pareciam que iriam me proteger de tudo. Eu quero estar com ele, eu gosto dele. E eu não vou evitar isso por medo, eu sou sou assim. So espero não ser despedaçada novamente. Não com o Lorenzo.

Sofhia: Era pra mim ter corrido ate voce. - Abro os olhos e me afasto so o bastante pra olhar pro seu rosto.

Lz: Foda-se. - Me da um celinho e fomos nos sentar na cama. - Voce ta melhor?

Sofhia: Eu tento. - Sorri forçado. E suspiro quando vejo um sinal de duvida no rosto dele.

Apesar do pouco tempo, eu ja o conhecia muito bem. Conhecia o bastante pra saber que ele estava se perguntando se devia perguntar ou não.

Sofhia: Ryan é um babaca. Eu tinha exatos 12 anos quando conheci ele. - Seguro a mão dele.

- Era so uma garotinha e ele tambem era pra ser so um garotinho. Ele tinha uns 14 anos, e parecia ser bom. Um garoto bonito e que demonstrava gostar de mim enquanto um monte de garotas se jogavam em cima dele. Pra mim ele era alguem que demonstrava valer a pena e eu tambem estava gostando dele. - Brinquei com os dedos dele.

- No começo foi bom. Mais na verdade eu era apenas uma presa facil... Com um tempinho ele começou a ser tosco e machista. Implicava com minha roupa e com meus amigos. Não gostava de me ver com nenhum garoto e se visse ja era motivo pra briga. - Suspirei.

- Ele começou a bater nos garotos que chegavam a falar comigo e dizia que a culpa era minha. Me colocava pra baixo e minha familia ja nao gostava mais dele, menos o... - Algumas lagrimas cairam e ele passou a mão no meu rosto.

- Menos o Carlos que se dizia meu pai. Meu psicológico nunca foi muito bom por causa dele. Des de pequena eu via ele bater na mae e quando meu irmao tentava ajudar apanhava tambem. Eu via eles apanhando e nao sabia o que fazer, eu so chorava e ele me mandava calar a boca.

" Carlos: CALA A BOCA SUA PUTINHA DE MERDA!! - Me encolhi no canto da parede e escutei minha mae gritar.

Olivia: Não bata neles Carlos, sao so crianças, por favor... - Ele se abaixou e puxou o cabelo dela

Carlos: Crianças de merda!! Nao servem pra nada igual a voce!!! - Falou baixo e soltou com brutalidade.

Me encolhi abraçando meus joelhos quando ele começou a chutar mamae. É tudo culpa minha. É tudo culpa minha.

Carlos: VAO PRO QUARTO AGORA!! - Gritou com os dois e eu me encolhi mais.

Escutei os passos dele e senti a sombra dele em cima de mim.

Comecei a gritar quando ele me puxou pelo cabelo e me jogou no sofa.

Carlos: Isso aqui. CALA A BOCA!! - Gritou me assustando. - Isso é tudo culpa sua!! É tudo culpa sua. Sua mãe apanha e é tudo culpa sua. "

Sofhia: Quase todos os dias eu presenciava isso e sabe o que é pior? Eu acreditava que era culpa minha! Há!! E sabe o que o Ryan fez mesmo sabendo de tudo? Ele gritou comigo, ele bateu em meus amigos e ele disse que era culpa minha.

- Dois anos e meio com o Ryan e tudo se tornou um inferno. Mais ele me fazia pensar que eu precisava dele e quando eu tinha 15 anos. Pouco tempo depois de me livrar do Carlos, o Ryan simplismente foi embora dizendo que a culpa era minha. Eu vivia em um relacionamento abusivo dentro de casa e fora dela.

Amando um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora