POV do Dean
A cada dia que passa Ana fica cada vez mais bonita. Hoje a tarde enquanto dançávamos, pude sentir seu coração bater, queria que aquele momento nunca acabasse. Fui para casa pensando nela, nunca me senti assim antes.
(...)
Já eram 23:00 horas. Era hora de irmos. Coloquei uma blusa de frio, pois é muito gelado esse horário. Chamei um táxi para vir nos pegar e nos levar até o aeroporto. Fui até o apartamento de Ana para descemos juntos até a portaria. Ana usava uma blusa de frio rosa claro e uma calça jeans preta, seu cabelo estava preso com um rabo de cavalo, seus olhos estavam miúdos de sono.
- Arg! - bocejou Ana. - Vamos?
Concordei com a cabeça e peguei suas duas malas enormes, enquanto a minha só era uma. Descemos para a portaria, o taxista já estava nos esperando. Não demorou muito para chegarmos no aeroporto, pois nesse horário não tem trânsito. Embarcamos às 1:00 hora da madrugada. De Brasília para o Panamá dura 4 horas, do Panamá para a Florida, 3 horas, ou seja, chegaremos lá às 8:00 h da manhã.
Nós ficamos sentados nas poltronas E 4 e 5, um menininho sentou atrás de mim e ficou chutando minha cadeira o resto do vôo, nem consegui dormir direito, mas Ana adormeceu como um anjo em meu ombro até chegarmos ao Panamá.
Estava andando que nem uma barata tonta quando chegamos na conexão, Ana estava toda animada, pois nunca esteve fora do Brasil antes (parecia uma criança no parque de diversões). Mais 3 horas dentro de um avião, passei todo esse tempo ouvindo músicas no celular junto à Ana, entre elas "Every chances we get we run" do David Guetta, muito maneira.
Tiramos milhares de fotos, fazendo caretas, sorrindo, ela estava tão linda. Eu tirei fotos dela escondido, ela olhava pela janela maravilhada com a paisagem que via, do nada ela virou a cabeça e percebeu que eu tirava foto dela.
- Por quê você tá tirando fotos só de mim? - ela perguntou envergonhada.
- Vem cá.
A puxei para perto de mim e tirei uma selfie dando um beijo em sua bochecha, o que fez ela corar como nunca.
Finalmente depois de milênios, chegamos ao aeroporto de Miami. Meus tios falaram que iriam nos pegar lá. Ana foi ao banheiro do aeroporto para trocar de roupa. Ela colocou um vestido branco que realçou sua cor, estava bem no estilo de Miami.
Esperamos lá fora por alguns minutos, mas logo o carro do meu tio chegou, mas quem estava dirigindo era meu primo Nathaniel, ele tem praticamente minha idade, usa o cabelo arrepiado e estava com uma roupa que parecia ser própria para ir ao funeral. Eu olhei para ele abaixando meus óculos e falei:
- Estamos em Miami cara! Cadê a bermuda e blusa folgada?
- Oi pra você também! E quem é essa linda moça? - Nathaniel olhou para Ana dos pés à cabeça.
- Prazer, sou Ana - falou ela com um sorriso animador.
- Nathaniel. Podemos ir agora?
- Claro - respondi junto com Ana
Fomos até o carro de meu tio, ele era gigante, preto e tinha umas rodas enormes (como queria esse carro). Todos estavam calados, ninguém falava nada, nenhum assunto ou som, mas como sempre Ana puxou conversa.
- E aí Nathaniel, nasceu aonde?
- Aqui.
- Que legal, aqui é incrível!
- É mesmo - ele concordou.
Ana estava no banco de trás e eu na frente, olhei para trás e ela estava olhando pela janela toda animada e com um sorriso que ocupou quase seu rosto inteiro. Chegamos na casa de meus tios, ela têm dois andares, há bastante espaço e fica pertinho da praia, na verdade em frente, o lugar é muito maneiro.
Fui o primeiro a descer do carro, vi que em frente a porta estavam meus tios, John e Lílian, juntos com meus pais e irmão. Quando tempo não os via então fui logo em direção à eles, abracei meus tios juntos fortemente.
- Quanto tempo!
- É! - falou minha tia sem ar.
Soltei eles dois e fui em meus pais fazendo o mesmo. Quando cheguei perto de meu irmão Soren, ele fez uma careta e disse:
- Nem venha! Que sentimentalismo é esse?
O peguei pelo pescoço e baguncei seu cabelo, o que ele fez ? Me deu uma mortal que eu fui parar na China - brincadeira e, é claro que Soren arrumou seu cabelo.
Ana e Nathaniel ainda estavam dentro do carro, sou muito apressado, saí sem abrir a porta do carro para ela, quando ia fazer Nathaneil já o tinha feito. Ana saiu do carro, minha tia me cutucou no braço fazendo uma cara de satisfação. Minha Tia Lílian foi logo dizendo:
- Seja bem-vinda! - ela abraçou Ana sem deixar ela responder. - Meu nome é Lílian e esse é meu marido John e meu filho Nathaniel e a Lara que está lá dentro.
- Prazer, me chamo Ana, sou só eu mesmo.
Todos riram e depois minha mãe comentou :
- Ana como você está bonita! Cresceu.
- Obrigada - Ana falou envergonhada.
- Está mesmo - meu pai disse a abraçando. - O homem que possuir seu coração é um cara de sorte - ela sorriu.
Meu pai olhou para mim.- Vamos entrar? - falou meu tio querendo me livrar dessa situação.
Nathaniel e eu pegamos as malas de Ana, precisava de um guindaste para tirá-las, mas nem foi tão difícil assim (imagina). Quando entramos em casa, vi minha prima Lara abraçada com Ana, ela tem apenas 13 anos. Ana ficaria no quarto dela, juntas, já eu, teria que dividir com Nathaniel e Soren. Estava morrendo de sono, então eu fui dar um cochilo e Ana fez o mesmo. Acordei com meu irmão me sacudindo dizendo:
- Acorda bela adormecida, o almoço já está pronto.
- Muito engraçado, quantas horas são? - Fui me levantando bem devagar com uma preguiça do caramba.
- Duas da tarde. Vamos princesa - eu fiz uma cara feia pra ele.
Quando fui até a sala, todos estavam sentados, só estavam me esperando para começar a comer. Olhei para cada um deles e falei :
- Vamos lá! Estão esperando o que?
- Ataquem! - exclamou Lara pegando um prato.
Todos começaram a comer, estavam todos esfomeados, nunca vi algo parecido. Havia strogonoff, batata frita, suco de laranja, tudo bem no estilo americano.
- Tia, esta tudo uma delícia. Um verdadeiro espetáculo - comentei e depois devorei uma batata.
- Está mesmo Lílian - falou Ana.
- Obrigada. E Ana, pode me chamar de Tia também.
- Tudo bem - disse Ana com um sorriso meigo. - Tia.
- Ana como está lá no Brasil? - questionou minha mãe mudando o curso da conversa.
- Está tudo bem, estou agora trabalhando como professora de artes.
- Que interessante. E como vai sua mãe?
- Bem, ela está morrendo de saudades.
Uma lágrima escorreu pelo rosto de minha mãe de saudades. Fazia tanto tempo que ela não tinha nenhuma notícia dela. Acabando o almoço, eu fui para meu quarto me arrumar para ir à praia. Nathaniel entrou sem bater e puxou assunto :
- Chamei uns amigos para irem na praia, espero que não haja nenhum problema.
- Claro que não.
- Ana vai adorar conhecer gente nova.
Disse ele saindo do quarto com um sorriso malicioso. Nem me preocupei com o que ele havia falado, sei que Ana não é dessas. Então peguei minha toalha e fui para sala esperar todos ficarem prontos.
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Te esperei
RomansaPlágio é crime! Ana e Dean são amigos desde crianças, mas, ele teria que voltar para sua terra natal. Como ficaria a relação entre eles dois depois disto? Dean prometeu que retornaria, mas vai?