Capítulo 7

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Daniel sai de perto então, e vai para o canto, pegando o celular. Ele procura nas anotações dele, informações de casos anteriores, tentando encontrar algo semelhante a olhos e boca, como ele tinha visto no bombeiro morto.

Ele não encontra nada que fosse referente a mandíbulas totalmente abertas e olhos arrancados em nenhum dos arquivos que a Ordem já tinha fornecido à ele.

Ele sabia que às vezes os Esoterroristas faziam alguns assassinatos ritualísticos para enfraquecer a Membrana. Mas aquele não parecia ser esse tipo de caso.

Aquele era claramente um caso paranormal, mas não parecia algo que já tinha acontecido antes.

Ele então retorna para falar com seus dois parceiros.

-Ãn...Elizabeth, Thiago? É Thiago né?

-Eu mêmo.

-Ãn...ok. Ãn... vou esperar vocês conversarem com ele. Depois eu queria trocar uma palavrinha com vocês. Então assim que vocês...terminarem aí, me procura. Eu vô tá aqui. Ouvindo tudo.

-Então minha querida, eu já ouvi dele aqui, e ele tá um pouco...assustado de mais pra falar, mas eu quero ouvir a sua versão da história. Você viu alguma coisa diferente? Alguma coisa...não muito habitual?- Thiago pergunta para Isabela.

Elizabeth está anotando, atrás deles, todas as informações que pareciam ser importantes.

-A-a-a-a... analisando a cena do crime e o que... e o que ele...no-no meio das balburdias que esse... que o Wesleynardo falou mais cedo... ele mencionou alguma coisa sobre... gás na cozinha? É... e... Eu não sei na verdade. Eu não tenho muita expe... eu não tenho muita exp... Eu não conheço muito disso. Mas ele mencionou algo como a origem da explosão ter sido na cozinha. Ãn... Algo sobre um dispositivo menor, abrindo... causando a explosão de gás.

-Abrindo....causando... Cê tá falando umas palavrinhas aí diferentes minha querida. Que, como assim abrindo?

-Não. Abri...-ela abre e fecha a boca algumas vezes, indecisa de como falar- Basicamente o que eu entendi que ele disse...Wesleynardo! Por que cê não fala você mesmo?!

-O que cê quer mano? Deixa eu ir pra casa, velho!- ele responde.

-Não. Eu quero ouvir de você minha querida...

Daniel suspira e interrompe Thiago.

-Ai...Só deixa ele ir pra casa, pelo amor de Deus.

-Eu não le...eu...- Isabela gagueja- só acabei de começar a trabalhar no... eu cabei de começar a trabalhar no corpo d-da polícia. Eu não... eu não...Eu só tô responsável pra...de cuidar dele pra ele não... porque ele tá claramente em choque. Eu não tenho muitas informações. Pode falar com o Gonzalez. Ele tá responsável pela investigação lá dentro.

Thiago percebe que ela só está um pouco nervosa. Parece ser um dos primeiros casos dela, e ela pegou logo de cara um caso completamente estranho.

-Mano, eu sei que pode ser um pouco difícil pra vocês mas... se a gente voltar lá, eu cubro assim o corpo do rapaz lá, pra ninguém precisar ver, mas eu acho que seria muito melhor se você tivesse lá na sala pra mostrar as coisas pra gente. Tem como não?

-Ãn...tá. Tá.

Antes de eles entrarem, Liz puxa o Thiago para o canto e fala:

-Thiago. Só... assim ó. Então, é meio que a gente não tem autorização né, pra coletar as evidências, e o Gonzalez ficou muito puto que eu coletei as evidências. Mas eu preciso delas pra gente resolver o caso, então, se você puder...assim... usar um joguinho de cintura sabe, pra...pra dá uma ajudinha pra ele não pegar as evidências, cê ia me ajudar assim...muito, porque eu não tenho jeito pra essas coisas.

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