Os três se locomovem até a cozinha. Ela estava bem destruída, o suficiente para a parede quase desabar ao abrirem a porta.
De todos os lugares ali dentro, o fogão é a parte mais queimada. Claramente havia saído dali uma grande explosão.
Pelo pouco conhecimento que cada um deles tinham de explosões, deduziram que: o gás havia sido aberto e alguma coisa tinha explodido no refeitório, se misturando com os gases da explosão com o da cozinha, causando o incêndio que eventualmente incendiou a escola inteira.
Elizabeth se aproxima do fogão, examinando, enquanto Thiago tira algumas fotos da cozinha.
Liz procura por mais alguma evidência, mas sente que dali ela não conseguiria mais nada.
Ela então volta a analisar as evidências anteriores, pegando seu kit para tirar impressões digitais de cenas de crime. Pegando alguns pozinhos e líquidos e espalhando-os no pedaço de tecido e nos pedacinhos de plástico, ela consegue duas digitais diferentes. Uma era a do bombeiro, que estava no pedaço de pano. A outra, nos pedaços de plástico, estava um pouco destruída pelo fogo, mas ela consegue retirar uma impressão de alguém que não tinha ideia de quem era.
Daniel tenta achar alguma relação entre uma possível criatura que pudesse produzir fogo, e o incêndio, mas logo constata de que aquilo era apenas uma obra proposital e humana.
-Ô rapaziada, vou ser sincero aqui, eu não encontrei nada de relevante aqui, velho. Meu...meu...meu papo é com pessoa e aqui a última coisa que tem é pessoa, velho. Cês viram alguma coisa de interessante aí? Bora fazer um brainstorming.
-Na verdade, tudo indica que foi o trabalho de uma pessoa mesmo- Daniel fala.
-Então...-Elizabeth fala- o meu grande ponto é que o explosivo no refeitório foi feito com químicos muito simples, que podem existir nessa escola. E eu não sei se aqui tem algum laboratório de química, mas... se tiver, seria uma boa ideia a gente dar uma analisada.
-Você acha que foi algum aluno que fez? Ou um professor ou alguém que trabalhava aqui?- Daniel pergunta.
-Com certeza alguém que conhecia o lugar né?- Elizabeth responde.
-Ok. O que vocês acham de a gente ir atrás desse laboratório?- ele continua.
Thiago responde:
-Uma boa ideia. Mas antes eu acho que a gente tinha que fazer uma coisa primeiro, cara. Acho que a galera que a gente não quer que veja o que tá rolando aqui, tem que meter ó- Thiago faz um gesto com as mãos- o pé. E o Gonzalez, eu acho que a gente tá assim ó- ele gesticula com os dedos- parcero. Se a gente chamar ele pra vim pra cá com a gente, e a gente ir no carro de policia dele, chegar e falar: "Ô irmão, a gente esqueceu nossa arma, pá. Tamo desarmado aqui...vai que tem algum bandido aqui escondido." Ele talvez empreste uma arminha pra gente.
-Só não deixa o Gonzalez entrar aqui, porque o corpo do Jorge ali ó- Liz aponta pro refeitório- não tem mais o que fazer.
Enquanto fala, ela se lembra, que dentro da maleta, ela guarda sacos pretos, que são usados para embalar cadáveres em cenas de crime.
-Ô rapaziada, me ajuda aqui- ela segue pro refeitório- Eu preciso de ajuda que eu tô meio fraca. Mas assim, dá pra gente embalar o corpo aqui...que né...minha maleta, auto nível de preparação. E aí a gente se livra desse corpo.
-Rapaiz...Pera ae, pera ae. Antes de tocar nisso ae, deixa eu só eu fumar um cigarrinho- Thiago fala, já puxando o maço do bolso.
Elizabeth ergue as mãos indignada.
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A Ordem Paranormal
Детектив / ТриллерO original RPG de mesa criado por Cellbit, mas adaptado para livro. Todas as descrições e edições presentes são de minha autoria, e todas as falas são originais dos episódios. Sinopse: Um pequeno grupo formado por três pessoas, com nada em comum, s...