Capítulo 12

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Eles saem do refeitório, entrando em um corredor à direita, e caminhando na direção oposta da entrada. No meio das ruínas, haviam alguns lugares menos queimados e outros mais destruídos. Eles seguem pelo corredor e no final dele, na última sala da direita, eles encontram uma placa escrito: "LABORATÓRIO DE QUÍMICA".

Os três passam pela porta e entram no laboratório. Ele parece estar em condições melhores que o resto da escola. A maior parte do ambiente parece ter sobrevivido às chamas.

Há algumas estantes com frascos de elementos químicos separados em ordem alfabética, potes com bichos em conserva no formol, pias para uso dos alunos. Todas as coisas que se espera encontrar em um laboratório escolar.

-É...rapaziada, é o seguinte, não encosta em nada- Elizabeth tira as luvas que estava usando anteriormente, que tinham sido usadas na batalha contra o zumbi de sangue, e as substitui por um par novo e limpo. Ela analisa os frascos nas estantes, tentando identificar os elementos químicos que foram usados para criar a bomba, mas não os encontra. No lugar onde eles deveriam estar há um espaço vazio, como se alguém os tivesse pego- É gente- ela junta as mãos sob o queixo- Os cloretos que foram usados como explosivo não tão mais aqui.

-Ish...-murmura Thiago.

Daniel passa a mão na braba ruiva enquanto diz:

-Bom, usaram tudo então?

-Eles podem ter levado embora...?- Liz levanta os braços em sinal de dúvida e completa em seguida- os tubos. Eles podem ter preparado o explosivo em algum lugar e ter deixado os tubos lá. A minha intenção era encontrar as digitais de quem fez isso- ela apoia o queixo com uma mão enquanto termina de falar.

-Cara... o quê que...

Daniel interrompe Thiago:

-Você consegue descobrir isso?

Elizabeth ignora a pergunta e não se dá por vencida, procurando mais evidências pela sala. Ela encontra dentro de uma das pias alguns jarros com o cloreto usado na bomba, e um pouco dele espalhado sobre a bancada, no meio das cinzas. Em um desses jarros, ela encontra as mesmas digitais que estavam nos pedaços de plástico, só que agora mais nítidas.

Ela puxa seu pequeno notebook de dentro da maleta, entra no banco de dados da polícia e insere um pen-drive no aparelho. Daniel e Thiago ficam observando enquanto Liz faz vários procedimentos. Ela pega algumas fotos e escaneia, passando-as por um software de digitalização, joga as digitais para dentro do sistema e depois de 10 minutos analisando e passando por várias fotos de digitais e criminosos, ela não encontra nada. A digital não pertence a ninguém que está no registro do sistema da polícia. Ela então resmunga de frustação e se vira para os dois do seu lado.

-Ô rapaziada, eu tenho um negócio aqui que eu não contei pra vocês que eu tinha até então. Mas eu preciso muito saber se alguém tem algum conhecimento em recuperação de dados...?

-Rapai, eu vou te falar que eu manjo um pouco disso viu. Na minha época de infância, te falar, eu era muito bom em montar lego, aí eu decidi ir em cima disso sabe? Aí eu meio que aprendi a conectar A com B com C. Isso daí eu acho que dá pra dar uma brincada. Quê que cê tem aí?- Thiago chega mais perto.

-É...então meu querido, eu tenho um cartão SD um pouquinho destruído- ela fala enquanto pega o item da sua mala- Que eu encontrei numa mochila. Ele não tá destruído, ele tá sujo. Mas eu acho que é melhor eu deixar ele com alguém que tem mais experiência do que eu, pra dá uma analisada.

-Você consegue limpar Thiago?- Daniel pergunta.

-Eu consigo dá uma limpada, mas você me empresta o seu...note aí pra eu dá uma brincada?

A Ordem ParanormalOnde histórias criam vida. Descubra agora