𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 10

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Sina

Assim que eu fechei a porta eu não me aguentei,desci devagar ao chão e comecei a chorar baixinho abraçando as minhas pernas.E nesse momento eu voltei ao meu lugar favorito no mundo inteiro,era um jardim.

O gramado era bem verde,o lugar era silencioso o único som que se podia escutar era do vento, soprando os meus cabelos e lá no topo tinha uma árvore enorme que sempre me dava frutos maravilhosos e um lugar para descansar quando eu me sentia exausta,ali me fazia me sentir bem,longe de todos.Mas era uma pena que esse lugar só existia nos meus pensamentos de infância.

[...]

No dia seguinte eu estava sem ânimo para absolutamente nada, tudo o que eu queria era ficar no meu quarto enrolada nas minhas cobertas e se tudo desse certo o mundo lá fora iria me esquecer,mas viver na casa dos Deinerts era impossível,as meninas viam de uma em uma hora perguntar o que tinha acontecido,se eu queria conversar,se precisava de alguma coisa,acredito que nesse meio tempo os Urrea já tenham contado alguma coisa,as duas família são bastante amigas,pois tanto os pais de noah como os meus se conhecem desde a escola,eles fizeram praticamente tudo junto.

Assim que eu consegui dormir um pouco alguém bate na porta atrapalhando os meus sonhos,mas até então decido não me mexer talvez eu conseguia convencer que eu estava morta,mas o plano não deu muito certo.Papai se sentou na ponta da cama e passou a mão na minha perna devagar com a esperança de me acorda com calma.

-Sina sabemos que você não está dormindo ou morta.-mamãe fala com a voz impaciente,acho que me trancar no quarto não foi algo que a deixou contente.

Me viro na cama e vejo os dois com emoções diferentes o que me deixa preocupada,toda vez que os meus pais entram no meu quarto juntos sinto que o que quer que seia da boca deles não é algo bom.

- Querida precisamos contar algo pra você,achamos importante contar,por mais que você esteja em um estado de negação.-minha mãe se apoia em uma das estantes do meu quarto,meu pai ainda se mantinha calado acho que a mamãe seria a responsável de contar a tão má notícia.

-Seja breve, acho que sou uma pessoa que não aguenta enrolação.-me ajeito na cama e tomo uma postura ereta e mantenho o meu olhar para minha mãe.

-Nós convidamos os Urrea para jantar aqui em casa hoje a noite,e você vai querendo ou não.-ela soltou a bomba e foi embora,que belo exemplo,parece que as pessoas tem medo de contar notícias ruins para mim com medo da minha reação.

-Eu não vou para esse maldito jantar nem ferrando.-gritei com o meu pai e me enrolei mas cobertas novamente,tentando compreender como meus pais podem fazer tramanda traição comigo,sabendo que eu não queria vê o noah nem pintado de ouro e além do mais me obrigando a participar de um jantar que não iria da certo de nenhuma forma.

-Filha vamos da uma volta.

-Lamento mas eu não quero sair do meu quarto.

-Você precisa meu bem,só por alguns minutos nada demais.-tive que ceder,meu pai sempre ganha alguma coisa sendo esse maria mole que ele é,era impossível dizer um "não" pra ele.

{...}

Caminhamos por cerca de alguns minutos em um caminho que não parecia ter fim.

-Você sabe que eu e sua mãe a amamos muito,certo?

-Vocês nunca deixam de dizer isso todos os dias.-rimos um pouco.

-E de uma forma ou outra sabemos o que é melhor pra você.-me mantive em silêncio,meus pais sempre me deixavam ter a liberdade de escolher o que eu sempre queria,mas quando existia algo que os não agradava sempre era "não".

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐦𝐞🦋𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭     Onde histórias criam vida. Descubra agora