Livro 1-Jackie Evans recebeu uma missão importante, e para ele "missão dada é missão cumprida." Beatrice Willians filha de um oficial morto está na mira de alguém por de trás de um grande segredo.
Jackie terá que protege-la, custe o que custar. O c...
Passava um pouco mais do meio dia, Jackie abriu os olhos lentamente sentindo a cabeça latejar de dor. O telefone tocando insistentemente estava lhe irritando, então ele atendeu de uma vez.
- "Achei que estava morto." - Ralf sussurrou irritado. - " Escute bem Evans, se tiver de brincadeira com a minha cara eu vou começar pela sua mãe. Está me entendendo?"
-" Já tentou enfrentar a sua filha alguma vez?" - Jackie questionou irritado limpando o sangue do nariz.
- " Ela é um monstro... Eles a deixaram assim!" - Ralf praguejou. - " As proximas instruções virão em breve! Aquela cadela está dificultando as coisas..."
-" Entendido." - Jackie respondeu sério e desligou a ligação.
Ao tentar enfiar o telefone no bolso sentiu algo impedir a passagem, ele enfiou a mão e o lenço com desenho de caveira que Beatrice usou saiu. Ele olhou com atenção e apertou o lenço contra o peito. De alguma forma, era como se a garota tivesse lhe deixado um recado misterioso.
Ele cheirou o lenço, o cheiro do perfume da garota estava misturado com o cheiro de sangue. Ele fechou os olhos por um instante.
- Minha teoria parece estar correta. - Jackie sussurrou sozinho lembrando do combate com Beatrice.
Jackie se levantou, o corpo estava extremamente dolorido e cansado. Ele pegou a arma que estava no chão e guardou.
- Se toda vez que eu a beijar tiver que ficar asim...- Quem é você Beatrice Willians?...quem é você?....
Jackie avaliou o ferimento no braço que Beatrice havia lhe causado. Ele ficou aliviado de mais uma vez ela escapar, mas o combate contra ela lhe mostrou que ela não era uma garota normal. Beatrice havia pegado leve com ele, assim como ele pegou com ela, mas só de avaliar os estragos daquele combate, Jackie estremeceu ao pensar em enfrenta-la de verdade, dando ambos tudo de si.
***
- Você vai voltar?- Alice perguntou tristonha enquanto Sam juntava as suas coisas no quarto.
- A vida que levo nunca me da essa certeza... Eu gostaria de ficar mais tempo e poder estar ao seu lado por mais um pouco, mas uma missão não espera. - Sam sussurrou cabisbaixo e gentil.
- Eu vou lhe esperar. - Alice disse convicta.
- Gostaria que isso pudesse dar certo. Porém, você começaria a ficar insatisfeita com as vezes que estaríamos em um bom momento juntos e eu tivesse que sair sem lhe dar detalhes. - Sam se aproximou e beijou a testa da garota com delicadeza. - Pense nisso. Pense se suportaria isso...
Alice encarou Sam, ele tocou a bochecha da garota com carinho e ela deixou sua cabeça descansar sobre o toque gentil e caloroso do rapaz. Sam se aproximou e beijou suavemente os lábios da garota.
- Você é incrível. Eu sou feliz por conhecê-la Alice. Se eu voltar e você ainda quiser ficar ao lado de alguém que toda vez que sair em missão pode não voltar vivo... Eu quero estar ao seu lado de verdade. - Sam sussurrou.
- Você está dizendo que quer namorar comigo? - Alice perguntou dominada pela tristeza de ver o rapaz que gostava dizer daquela forma e Sam acentiu lentamente. - Volte a todo custo eu estarei lhe esperando.
O garoto ruivo saiu do cômodo sob o olhar abatido de Alice em vê-lo partir. Na sala Ray lhe esperava ao lado de Ellie.
- Foi bom tê-los aqui me fazendo companhia. Obrigada rapazes! - Ellie comentou.
- Nós que agradecemos o cuidado senhora Willians. - Ray agradeceu.
Os garotos iriam para um hotel, os outros estavam vindo da base do comando para Nova York. A missão se daria dentro de dois dias, e o grupo deveria se preparar.
***
- Eu sei o que está sentindo...- Ray comentou jogando a mochila em cima da cama do hotel. - Todos nós passamos por isso!
- Alice é uma garota incrível, não merece estar em um relacionamento que eu a proporcionaria... Ela merece algo melhor.
- Você não sabe! Se arrisque Sam! Viva romances! Você sabe que toda vez que escutamos a palavra missão já pensamos em como seria nosso enterro. - Ray comentou tranquilo dando de ombros. - Se gosta da garota, toda vez que estiver com ela, a trate como se fosse a última vez.
Sam encarou Ray se jogar na cama e se esparramando.
- É assim que você faz com sua noiva? - Sam perguntou.
- Não somos mais noivos. Ela terminou comigo. - Ray sussurrou.
- Sinto muito. - Sam disse sem graça.
- Não sinta. Eu e ela vivemos bons momentos juntos. - Ray comentou soltando um sorriso de lado abatido.
***
Beatrice estacionou a moto na garagem. A casa de campo era enorme e calma, cercada pela vegetação nativa de grandes árvore. A garota entrou e se jogou no sofá. Por dentro a residência era confortável e bem decorada. As vidraças de vidro deixavam a luz do sol invadir o cômodo, lhe permitindo também uma ótima visão do lago.
A garota não pode deixar de lembrar dos pais.
- memória on -
- Pai, quando vai ficar pronto?- A pequena Beatrice de 6 anos e meio questionou olhando curiosa e apressada para a carne na churrasqueira.
- Ainda falta um pouquinho. Ellie querida, a borboletinha está desinquieta. - Jordan comentou.
Ellie apareceu com uma vasilha aparentemente quente nas mãos.
- Beba um pouco de suco meu bem. - Ellie falou entregando um copo de suco natural de laranja.
Enquanto Beatrice apreciava o suco ela olhava ao redor da casa de campo, o lago brilhante por causa da incidência do sol nas águas. As grandes árvores faziam do local fresco e arejado lhes proporcionando uma enorme sombra. O gramado aparado sobre seus pés. A mesa de madeira já posta para o almoço, o cheiro da carne assando que se espalhava por causa da leve brisa.
Ellie usava um vestido branco longo com desenhos suaves de girassóis, ela tinha uma tatuagem sutil atrás dos ombros de uma pequena hidra de sete cabeças, e um chapéu de abas largas. Jordan usava uma camiseta cavada vermelha e uma bermuda folgada, além de um boné branco.
O homem sorriu ao ver que era observando pela pequena garotinha e colocou um pedaço de carne bem passado no prato da mesma com um sorriso caloroso.
- memória off -
- Foram bons momentos...- Beatrice sussurrou tranquila enquanto avaliava o local que não havia mudado, a não ser as árvores que pareciam um pouco mais altas e velhas.
A garota se levantou do sofá e retirou os sapatos. Descalço, ela abriu a porta de vidro e pisou no gramado que fazia cócegas nas solas de seus pés. Aquele era um momento raro para Beatrice, onde seu coração se acalmava por um momento e sua mente parecia se desligar paras as preocupações que lhe cercavam.
Beatrice respirou fundo. O cheiro de madeira e eucalipto preencheram o local. O vento assoprou seus cabelos e ela fechou os olhos para sentir a doce sensação de calmaria. Ela caminhou até a margem do lago e jogou alguns pedregulhos que saltiram três vezes sobre a superfície da água até afundar.
- Eu senti falta disso... - Beatrice sussurrou sentada sobre a grama de baixo de uma árvore onde Jordan havia escrito o nome dos três integrantes da família.
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