(血影) 𝐒𝐀𝐍𝐆𝐔𝐄 𝐄 𝐒𝐎𝐌𝐁𝐑𝐀𝐒

─ 005. 𝑁𝑒𝑛ℎ𝑢𝑚𝑎 𝑏𝑜𝑎 𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑠𝑎𝑖 𝑖𝑚𝑝𝑢𝑛𝑒

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AINDA NO PASSADO...

[...]

Ele tinha olhos verdes amarelados e cabelo de luar, parecia ser mais velho porém nem tanto, seu corpo esguio e forte permanecia estático diante da pequena garota à sua frente. Sensações estranhas percorriam sua pele quando ela tocava seu rosto... Mitsu estava ansioso, mas também desconfiado, estava leve e pesado ao mesmo tempo... Tenso, mas também relaxado... Ele queria entender que tipo de monstro se escondia por baixo de uma aparência tão bonita.

— Vai pagar com sua vida — Foi o que ela disse depois de ouvir a proposta.

Ela jamais teria negado qualquer tipo de proposta assim. Jamais negaria ao seu mestre qualquer tipo de presente.

E apesar saber que tinha o deixado alerta diante da sugestão de perigo, Ichigo achava curioso que ele não se mexesse ou que não tentasse mais a atacar.

O garoto era belíssimo.

E no fundo Ichigo esperava que Orochimaru a deixasse ficar com ele quando se cansasse de brincar com seja la o que Mitsu poderia lhe oferecer.

— Eu não me importo — Disse o garoto, ainda parado enquanto ela analisava suas feições faciais de uma maneira bem invasiva — Quero que me leve até seu mestre.

Um sorriso brincou naqueles lábios rosados.

— Posso fazer isso — Ela parecia ponderar consigo mesma, Ichigo estava ouvindo coisas que ele não ouvia — E você pode me contar seus motivos depois...

No meio do que dizia, a menina começou a cantarolar.

Mitsu franziu as sobrancelhas. O menino perguntava a si mesmo se por acaso deveria começar se acostumando com isso: A aura levemente distraída, o olhar astuto, os sinais claros de loucura... Que tipo de problema essa menina tinha? Até onde os rumores que ele ouvia eram reais?

Orochimaru tinha a deixado maluca?

Era isso que ele fazia com as pessoas?

— O que quer saber? — Mitsu interrompeu sua cantoria e seus músculos se retesaram quando a garota arregalou os olhos de leve, parando o movimento contínuo que fazia no rosto dele — O que fo-...?

— Shhhhhh! — Ichigo o interrompeu bruscamente com o dedo indicador fazendo o sinal de silêncio sob sua boca — Eu disse que poderia contar depois, nós não vamos ir agora

Ela olhou ligeiramente para o lado.

As vozes estavam insuportáveis.

— ... Por que não mata ele...? — Uma delas perguntou inocentemente.

— ... Ela precisa dele... Idiota... — A resposta veio quase que de imediato.

Essa era uma situação incomum, as vozes geralmente não se repartiam e nem interagiam entre si, pelo menos não quando sua mente permanecia instável. Isso a deixava mais irritadiça do que o normal, era coisa demais para ouvir e raciocinar durante um dia só e dessa vez Ichigo não fazia a mínima ideia de quando voltaria ao normal.