Capítulo Três

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Quando digo que, Washington está em caos, me refiro que tudo está uma bagunça, literalmente.
Desde a economia até a polícia.
A maioria das lojas está fechando, não existem quase mais motéis pra viajantes, restaurantes de esquina ou qualquer outra coisa que não seja dos mais ricos da cidade.
A Polícia só prende cidadãos que se dizem contra o governo ou aos seus confederados.
Eu sinceramente não sabia como eles mantinham a cidade de pé durante o dia, porque a noite, era tudo deplorável.
O toque de recolher era as 11:00 pm, depois disso, você não ia querer estar na rua, onde a polícia não te atende mais e não tem pra onde correr dos bandidos ou estupradores.
E aqui estou eu, andando até minha gasolina acabar, porque não tenho onde dormir e se parar vão me atacar.
Já eram 12:30 pm, e eu estava cansada, podia sentir o sono me pegar aos poucos.
Ao longe avistei um posto de gasolina, que poderia ser minha salvação, ou não.
Parei em uma das vagas e comecei a encher o tanque.
Eu olhava para todos os lados com minha arma na mão, uma herança do meu falecido pai que era policial.
Ele me ensinou tudo o que sabia sobre se defender e como usar uma arma, e modéstia parte, eu sou boa em quase tudo o que faço.
O tanque completa e eu entro no carro, quando alguém bate no meu vidro.

- SAI DO CARRO MORENA! - o cara de mais ou menos 40 anos gritava, enquanto segurava uma arma.
- Tá bom! - eu disse saindo com as mãos pra cima.
- Passa a chave pra cá garota! - ele disse mas então eu saquei minha pistola e apontei pra bomba de gasolina.
- Só se você quiser explodir, otário. - disse o encarando.
- Você é louca! Você morreria também! - ele disse meio assustado.
- Não me importo muito com isso… - disse destravando a arma.

Mas então sinto alguém atrás de mim.

- Solta a arma Alexis… - eu conhecia essa voz.
- Victor?! - me virei para encarar o moreno, que até então era meu ex colega de trabalho - Não sabia que você era capacho do Haynes. - disse abaixando a arma.
- Não sabia que você era suicida. - ele disse atirando no cara atrás de mim.
- Desde quando você não deixa vítimas? - perguntei cruzando os braços ainda o encarando.
- Você sabe como é a política da empresa, não toleramos traidores.
- Você sabe que eu não faria isso, você me conhece Victor.
- Você é muito inteligente pra trabalhar em uma empresa, Alicia. - ele diz abaixando a arma mas sem deixar de me encarar.
- Eu não sou uma maldita hacker! - gritei quando vi mais 5 homens se aproximarem de Victor.
- Isso deveria me magoar? - ouço alguém dizer do outro lado da rua.
- Desde quando você não se importa em morrer? - diz outro saindo de dentro da loja de conveniência do posto.

E então uma caminhonete preta chega a toda velocidade atirando nos homens do Haynes, que haviam aparecido mais não sei de onde.
No meio da confusão, o cara que havia saído da loja do posto de gasolina me puxa pelo braço pra trás do impala e me devolve minha arma.

- Eu já disse que você fica ótima de cabelo castanho? - ele pergunta sorrindo enquanto atira em alguém.
- Você me mandou as mensagens. Não foi? - perguntei espantada.

O homem ao meu lado era bem interessante.
Loiro dos olhos verdes, até diria que era parecido com meu irmão, mas ele era mais alto e mais forte.
Além se ser um hacker procurado pelos nacionais.

- Desde quando uma simples garota, é salva pelo líder dos A.R ? - pergunto e ele me encara surpreso.
- Não acreditei muito quando me contaram sobre você. - ele diz e depois sorri, descarregando outro pente em mais homens que apareciam do Haynes.
- E o que disseram? - perguntei também atirando nos homens, já que eram muitos.
- Que você nos ajudaria a matar o presidente.

American HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora