Capítulo Onze

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Alexis

- Se é adrenalina, não vai durar muito tempo. - disse T.K pegando uma arma também - Precisamos ir logo.

T.K parecia preocupado, não mais assustado.
Não sei por que, mas tive medo de que ele pudesse me achar uma aberração.
Acho que estou ficando sentimental.

- Vamos. - disse indo na frente.

Passamos por mais alguns corredores, lotados de corpos de agentes, aparentemente, Cassuelo e Eve sabiam bem como comandar o pessoal.

- Ei vocês! - gritou um homem armado, que assim que nos viu chamou o restante dos agentes que estavam por perto.
- Droga! - gritei enquanto atirava e corria pelo corredor.
- Vem Logo! - disse T.K me puxando - Não precisa atirar mais! - então ele parou e abriu a porta de ferro da garagem.

Assim que passamos ele a selou e encontramos o restante do pessoal terminando de entrar nos carros pra sair.

- Vocês estão bem? - gritou V.K enquanto corria em nossa direção e abraçava a mim e ao irmão.
- T.K… - disse e ele me olhou - Desculpe atrapalhar… mas acho que a adrenalina acabou. - disse e então cai desacordada.

Estava tudo escuro, e eu não conseguia me mexer ou abrir os olhos.
Podia ouvir o som de pessoas correndo de um lado para o outro, portas de carro batendo e então, veio o silêncio.
O silêncio mais ensurdecedor que eu já tinha ouvido.

Então despertei.
E não sabia se ficava feliz ou preocupada, de ter achado aquelas paredes brancas tão familiares.

- T.K? - por que eu disse o nome dele?
- Está tudo bem, estamos no bunker do esconderijo. - ele disse e então consegui enxergar alguns medicamentos em prateleiras ao redor do cômodo pequeno e branco.
- Por que não fomos com eles? - disse tentando levantar, mas então senti minha cabeça girar e cai na cama novamente, reparando na bolsa de sangue ao meu lado que ainda não havia chegado nem na metade.
- Você estava quase sem sangue. Tivemos que estancar e fazer uma transfusão, você não iria sobreviver se tentassemos retirar a bala. Ou pior, se fossemos até o Oregon naquela hora. - disse T.K e então percebi que minha calça de moletom havia se transformado em um mini shorts preto.
- Eles ainda estão aqui? A Agência Nacional. - perguntei receosa.
- Sim. Se você prestar bem atenção, da pra ouvi-los conversar. - ele disse e então reparei que ele estava sentado em uma cadeira ao lado da minha maca.
- Por que não nos acharam ainda? - perguntei me virando para ele, que estava me observando.
- Porque esse bunker fica abaixo da garagem, atrás dos armários. - disse calmo passando a mão sobre os cabelos bagunçados pelo tumulto de mais cedo.
- Como vamos embora se todos já foram? - perguntei reparando que o pacote de sangue já estava quase vazio.
- Eles deixaram um carro.
- O que!? - disse me levantando, já que sabia que já tinha sangue o suficiente pra não tombar novamente.
- Calma! - ele disse tentando me parar.
- Escute. - disse apontando pra cima e então ele se calou.

Ouvimos barulho de botas batendo no piso, estranhamente sincronizado.

- Saudação! - dissemos ao mesmo tempo, o que me faz soltar um sorriso de lado, e então T.K me ajudou a levantar.
- Quem é o superior mais próximo daqui? - perguntei enquanto pegava minha blusa de moletom e T.K me arrastava até a porta.

Ele parou e me olhou.

- Victor seu DESGRAÇADO! - disse e então ouvimos barulhos atrás da porta de ferro.

American HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora