ERROR | Beauany

Level 8

Josh

- Any? vou ao banheiro.

Anuncio com a voz totalmente desconcertada, sentindo minhas bochechas queimarem pelo calor da vergonha. Cruzo as mãos sobre a região da virilha com o intuito de disfarçar o volume adquirido, dando graças a Deus pela morena não ter se virado e estar focada demais no computador. Any apenas concorda com a cabeça e meus pés se apressam em direção à última porta do corredor que dava para o banheiro.

Tranco-me no cômodo, olhando meu reflexo no espelho. O tom avermelhado dominava cada parte de meu rosto e me sentia péssimo por ter me enfiado naquela situação. Abro a torneira e jogo água na minha cara, sentindo o líquido frio escorrer pela extensão de minha pele. Puxo o ar com força e lanço todos os xingamentos possíveis contra mim. Tudo bem que Any era muito bonita, mas o nosso contato havia sido mínimo para que ela causasse tanto efeito em mim.

- Vamos cara, não me deixa na mão. - Implorei enquanto encarava minha ereção.

Reviro os olhos, sabendo que só havia um jeito de sair logo daquele estado. Abro o botão da calça e em seguida abaixo o zíper, deixando parte da minha cueca boxer amostra. Era possível enxergar a ponta do meu pau implorando para ser libertado do tecido preto, deixando-me cada vez mais irritado. Havia tantos momentos oportunos para ficar deste jeito, mas o universo decide escolher o pior.

Levo alguns segundos para criar a coragem necessária, mas quando estava prestes a abaixar a boxer, três batidas suaves são feitas contra a porta. Dou uma olhada, surpreso, na madeira branca que me separava da pessoa.

- Já vai. - Falo, sentindo meu corpo entrar em desespero.

- Josh, é você? - A voz grave de Noah alcançar meus ouvidos.

- Sim, estou saindo. - Meu tom sai totalmente desconcertado.

Apresso-me para levantar o jeans, selando o botão que o prendia. Digo a mim mesmo que tudo ficaria bem e enfio o dedo no butão da descarga, simulando que realmente estava mijando. Abro a torneira e enxáguo ás mãos, sentindo meu peito arder pelo desespero em ter que encarar Noah.

Prendo a respiração, girando a chave para abrir a porta. Seguro na maçaneta para abrir uma fresta, enfiando o tronco para fora.

- Anda rápido! - Noah diz enquanto abanava as mãos no ar de forma afobada, deixando-me confuso. - Comi muita Guacamole..

Termino de abrir a porta e coloco-me para fora, e antes que pudesse receber qualquer olhada confusa do moreno, ele corre para dentro do banheiro e bate a porta. Viro-me para encarar a madeira branca, mas me arrependo ao ouvir o barulho de cocô atingindo a água do sanitário. Faço uma careta de nojo, afastando-me o mais rápido possível e indo em direção ao quarto de Any. Antes que possa entrar, verifico minha situação lá em baixo e quase sinto uma vontade de beijar Noah. Aparentemente, sua dor de barriga repentina havia feito meu amigo desistir.

Aliviado, passo pela porta do quarto da mulher e obtenho a visão de Any sentada sobre sua cadeira gamer estofada de cor vermelha e preta. Ela mantinha os olhos concentrados no visor do notebook, porém quando me vê entrando, lança-me um olhar confuso:

- Tudo bem?

- Sim! - Sinto um nó se formar na minha garganta. - Encontrei com Noah no caminho.

Tento explicar o motivo de minha demora, mas Any apenas balança os ombros em sinal de entendimento. Aproximo-me mais de sua mesa e consigo observar o jogo aberto em seu notebook. A mulher mantinha os dedos sobre o teclado e os usava com precisão para executar os tiros. Fico impressionado com sua rapidez para fazer mortes dentro do jogo.