Por trás das câmeras - GiRafa

Capítulo 5 - Vou te esperar

Falaa fanfiqueiras. Como estão? Primeiro vou vir com aquele recadinho de sempre: vamos respeitar as meninas ok? Não vamos surtar e achar que temos que impor nada, elas precisam de espaço, amor e carinho. Para que assim a amizade Girafa fique firme? Seguiremos fanficando, com muito respeito.

Segundo: vamos de cap novo. Esse capítulo tem muitos acontecimentos e tem os dias um pouco mais corridos que os capítulos passados, mas isso é porque a partir dos próximos as coisas vão ser um pouco mais reais ao lado de fora da casa. E me dêem aquele feedback, críticas e elogios sempre bem vindos para agregar a ficzinha.

Sem mais delongas..

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POV Gizelly Bicalho

Abri os olhos e senti minha cabeça latejar. Droga. Ressaca hoje não! Me levantei com certa dificuldade. O quarto céu estava silencioso, o que era raro. Será que perdi o raio-x? Olhei ao redor e vi algumas pessoas deitadas. Dentre elas Rafa, Gabi e Ivy. Foi então que pequenos flashes começaram a passar na minha cabeça.

Sangue, fogo e labareda. O que eu fiz.

Primeiro imagens da Ivy sussurrando algo sobre a Rafaella. Eu queria socar ela pra que ela falasse mais alto. Única coisa que entendi e me lembro foi, ela quer, mas espera lá fora. Eu, que já estava com o coração descompassado por esse assunto há algum tempo, e ainda tinha invasões missionárias em sonho, fiquei toda feliz. CLARO. Afinal uma mulher como Rafa Kalimann me querer é mais que um privilégio. Ainda desacreditada, mas um pedaço de mim desejava muito que fosse real. Mas eu era hétero, né? Eu acho. E tinha minha mãe também. Ela não aceitaria que eu fizesse algo aqui.

Depois Marcela dançando pro meu lado, eu já não sentia nada tão intenso, então agi naturalmente. Até que ela deixou o rosto perto demais e eu por alguns segundos pensei realmente que ela fosse me beijar. Me assustei e me afastei. Ela me encarou sem entender. Eu apenas neguei com a cabeça.

Em minha mente Rafa e minha mãe. Rafa e minha mãe. Eu estava confusa pelo álcool e pelo momento. Olhei para o lado e vi Ivy apontar com os olhos para a entrada da casa. Rafaella parecia ter sido tomada por um furacão.

Eu entrei na casa tomada pela coragem que o álcool havia me fornecido. Minha mente embaralhada mas com a certeza de que meu coração havia se apegado de novo. Eu me declarei. Eu acho. Foi uma declaração? Ou um pedido? Meu Deus.

Esfreguei os olhos e vi Manu sentava meditando. Ela abriu os olhos e sorriu para mim. Eu sorri de volta. Queria muito perguntar o que Rafa falou e se ela sabia exatamente o que estava se passando no coração da amiga. Mas não podia me comprometer mais e nem comprometer ela. Decidi ficar quietinha. Era melhor.

Fui para a xepa logo após o raio-x, fazia uma massagem em minhas têmporas na tentativa de diminuir a dor de cabeça. Marcela chegou por trás de mim me fazendo uma massagem nos ombros.

- Álcool demais dá nisso, Gizelly

Eu apenas assenti torcendo para que ela não entrasse no assunto que eu temia. E ela não o fez. Graças a Deus. Não estava pronta pra encarar nada disso e... Meus pensamentos pararam quando viram Manu, Thelma e claro, Rafa, saírem da casa.

Seria possível existir uma mulher tão linda como aquela? Ela era real?

Elas vieram até nós e eu dei um tapinha leve nas mãos de Marcela. Ela entendeu o recado e parou, se sentando do meu lado. Mas não deixando de provocar, deixou uma das mãos sobre minha coxa e começou uma carícia lenta. Desgraça.

- Bom dia, bom dia, bom diaa - Rafa disse cantarolando e sorrindo

- Tá feliz hein, Rafa? - Manu disse deixando seu olhar ora sobre ela ora sobre mim