Vanilla and Chamomile {l.s}

Epílogo

Harry olhava no espelho o terno rosa claro com alguns bordados pretos que adornava seu corpo e tentava ajeitar um botão da camisa de dentro que não queria ficar na casa de jeito nenhum. Depois de finalmente resolver o problema, o encaracolado passou a mão no cabelo agora curto e torceu para que ele permanecesse daquele modo até a cerimônia.

- Harry, babe, me ajude com a gravata, por favor! – Harry ouviu a voz de Louis soando e revirou os olhos.

- Você nunca vai aprender a dar um nó de gravata? – Harry reclamou procurando o local de onde os resmungos de Louis saía.

- Eu gosto de ter você me ajudando com isso, acho sexy.

- Você é tão besta – Harry finalmente achou o namorado no banheiro e lhe deu uma boa olhada admirando o terno todo preto que ele trajava. – Você está lindo – falou se aproximando para arrumar a gravata do outro.

- Obrigado, você também – Louis roubou-lhe um selinho rápido.

- Estou nervoso – admitiu dando o nó corretamente.

- Vai dar tudo certo e você vai ser o porta-alianças mais lindo que o mundo já viu.

A promessa de Harry de levar as alianças no casamento de dona Daisy e senhor Barnes se cumprirá, afinal.

Há pouco mais de um ano o dono da floricultura finalmente tomou coragem para se declarar para a doceira, falando que gostava mais do que apenas do bolo de cenoura dela. Dona Daisy relutou um pouco no início, mas depois percebeu que poderia dar uma segunda chance ao amor, mesmo que seu sentimento por seu falecido Ben nunca mudasse. A partir de então, os dois começaram um relacionamento. Senhor Barnes tinha três filhas do antigo casamento e elas acolheram a nova madrasta com muito carinho, sabendo que seu pai merecia conhecer o amor novamente.

Não muito tempo depois os dois marcaram o casamento e é claro que Harry foi convidado para levar as alianças pela senhora que o adorava. Ficou ciumento, contudo, quando dona Daisy pediu para Louis levá-la ao altar, mas o sentimento passou depois que ela disse que Harry poderia usar o terno da cor que quisesse enquanto Louis seria obrigado a usar o preto tradicional.

Harry não perdeu tempo para ligar para sua cunhada, Lottie, e pedir para ela desenhar um terno elegante rosa com detalhes brilhantes. Lottie ao passar dos anos conseguiu um emprego de estilista em uma das melhores lojas de roupas do mundo, então ela conseguiu colocar no papel exatamente o desejo do encaracolado.

- Esse terno ficou tão bom em você – Louis elogiou quando Harry terminou com sua gravata e fez o maior dar uma voltinha no próprio eixo.

- Lottie realmente se superou – ele concordou passando a mão pelo bordado.

- O modelo ajuda muito também – Louis piscou o olho esquerdo antes de puxar o maior para um beijo.

Três anos de relacionamento se passaram e Harry ainda sente a mesma sensação quando os lábios finos de Louis encostam nos seus que sentiu no primeiro beijo. A língua úmida acariciando a sua com suavidade, as mãos que sabem tocá-lo nos lugares certos, o mesmo cheiro inebriante. Harry era realmente grato por poder acordar e receber o beijo de Louis todas as manhãs.

O casal passou a morar juntos há um ano e meio. Depois que os dois se formaram e arranjaram empregos melhores (apesar de Harry ainda ajudar na Cookies & Tea sempre que pode), resolveram alugar um apartamento no centro da cidade para fazer de lar juntamente com Messy. Desde então, Louis e Harry acordam todos os dias lado a lado prontos para experenciarem as mesmas sensações do início e algumas adicionais, já que no início Louis não deixava a toalha molhada em cima da cama.

No mais, aprenderam a conviver com suas diferenças criando semelhanças e encaixes. Harry sabe que Louis adora ouvi-lo tocar melodias suaves no violino enquanto prepara as aulas da semana, já que virou professor de Literatura para crianças; também sabe que precisa fazer o chá na chaleira sem açúcar e adoçar o seu em sua própria xícara, uma vez que o rapaz de olhos azuis não toma chá doce; Harry também se acostumou com os pés sempre gelados de Louis tocando os seus durante a noite e parou de dar pequenos pulos de susto, somente aceitando a temperatura e esquentando-os com seu calor.