Um Dia Em Nova Marte

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Capítulo 1

Olá, meu nome é Túpac, eu sou terráqueo, nasci no planeta Terra, mas fui expulso do planeta aos meus 40 anos. O planeta teve seus territórios vendidos aos poucos para em grupo pequeno de pessoas, antigamente algumas famílias erram donas de cidades inteiras, mas depois foram países inteiros, não colocaram limites ao acumulo do capital, não colocaram limites a quantidade de propriedades que algumas pessoas poderiam ter e chamaram isso de liberdade. Fui expulso do planeta porque ele já não me pertence, não tenho mais o direito de viver nele, a única forma de continuar no planeta era ficar trabalhando para a grande impressa que dominou todo o planeta e o transformou em mercadoria, eu me recusei a cooperar com a destruição do meu lar e agora estou sendo mandado para algum lugar do espaço.

Fui enviado para um planeta chamado Nova marte, um planeta de cor avermelhada e com varias luas em volta. O planeta passava pelo mesmo processo de compra e dominação de territórios, mas o partido democrata era um forte oposição a esse tipo de domínio e freava os avanços feitos contra a propriedade coletiva no planeta. Eu foi parar uma cidade do interior de um grande país chamado Tenochtitlán, me instalei em uma republica de trabalhadores onde passei as próximas noites. 

Consegui um emprego em uma fabrica de montagem de androides, onde me adaptei bem ao serviço. Também fiz alguns amigos pela cidade, atualmente o amigo que tenho mais contato é o Amaru.

Desde que cheguei nesse planeta me sinto estranho, incompleto, perdido na existência, desfocado, por isso resolvi tirar férias por alguns dias para poder pensar e entender o que me aflige.

Tirei o dia para andar pela cidade e convidei Amaru para tomar um café da tarde comigo em uma cafeteria do centro. Eu  sai de casa na parte da manhã, a luz do Sol já estava surgindo entre duas luas e iluminava o solo vermelho. Por ser uma cidade do campo haviam muitas estradas de chão, eu não tinha comprado um carro voador ainda, mas eu tinha um carro normal terrestre e estava dirigindo ele em direção ao centro da cidade que ficava a alguns quilômetros da minha casa. Durante o caminho eu aproveitei para observar a paisagem, podia-se ver as montanhas ao longe, avermelhadas com o come branco de gelo, pássaros marcianos voavam ao longe. Era uma região semiárida, com pouca vegetação. Chegando mais perto da cidade, podia se ver de longe uma grande quantidade de prédios, parecia uma competição de quem chegava ao céu primeiro, e uma quantidade grande de carros e naves sobrevoando a cidade. Uma imagem que destoa completamente do resto da paisagem primitiva.

Entrando no território da cidade dava para ver as pessoas andando e fazendo compras, vestiam-se de acordo com os recursos de sua classe, mas a maior parte das pessoas se vestiam como as pessoas do campo, via-se muitas pessoas com implantes tecnológicos, mas em geral eram tecnologias que substituíam membros perdidos no campo ou nas fabricas. Andar por essa cidade é ser assediado por todo quanto é tipo de letreiros e propagandas voltadas ao consumo, mesmo no horário da manhã, a cidade acorda como um propaganda.


NOVA MARTE, Dias DistantesOnde histórias criam vida. Descubra agora