Capítulo 10

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"O bom senso me diz
Deixe tudo para trás
O senso comum diz
A menina não vale o meu tempo
      Mas o senso comum não vem, quando você vem à mente"

"O bom senso me dizDeixe tudo para trásO senso comum dizA menina não vale o meu tempo      Mas o senso comum não vem, quando você vem à mente"

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POV JOSH

Uma coisa era certa nos planos de hoje: diversão. Planejava me divertir e com certeza, irritar Any na maior parte do tempo. Essa diversão desmoronou quando vi Isabela entrando pelo Starbucks. Eu não faço a menor ideia do que ela quer comigo.
Isabela é uma pessoa que se eu pudesse, mandaria para o outro lado do mundo e até pagaria passagem.

Toda essa perseguição hoje, acontece por um único motivo: termos ficado em um festival. Eu não deveria ter feito isso em hipótese alguma. Conheci-a no Coachella, e deveria ter sido uma coisa na qual eu me orgulho senão me trouxesse dores de cabeça.

Sempre deixei muito claro que levo garotas para a cama, mas acordar com elas no dia seguinte ao meu lado não faz parte dos planos

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Sempre deixei muito claro que levo garotas para a cama, mas acordar com elas no dia seguinte ao meu lado não faz parte dos planos. Isabela não entende isso, nunca entendeu. Ela sempre que pode me chantageia envolvendo sexo, ou seja lá o que for para conseguir algo em troca.

No caminho de volta para casa — já que agora tinham me deixado sem carro — pensei em mil coisas, mas a cabeça só processou uma. Ela. Por qual motivo o meu primeiro pensamento se refere a garota que há alguns dias veio acidentalmente morar comigo?

Acho bizarro o jeito que automaticamente penso nela, às vezes.

Ou sei lá, toda vez.

Imaginava se era possível ela sentir por mim pelo menos uma fração da saudade que eu sentia por ela, quando estava longe.

Any me deixou ali e saiu correndo para um dos quartos. Eu senti que ela estava decepcionada comigo, mas não consegui saber exatamente o motivo. Tomo um banho, não muito demorado. E escolho uma blusa preta, e óculos. Sinto que roupas pretas, são minhas melhores amigas em todo momento.

Decidi ir na varanda um pouco pra pensar, mas logo sou interrompido por Joalin, que sugeriu uma janta especial

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Decidi ir na varanda um pouco pra pensar, mas logo sou interrompido por Joalin, que sugeriu uma janta especial.

Acho que concordei, mas o dia não estava com clima de uma janta, muito menos especial. Any estava estranha comigo, isso me agoniava porque perturbá-la estava sendo um hobby divertido.

— Me ajuda com a janta enquanto a Any toma banho? — estava empolgada.

— Claro. O que vamos preparar? — fingi animação, mas não estava nem um pouco.

— Lasanha de frango, que tal?

— Ótimo. — dei um sorriso amarelo, e pareço concordar. A verdade é que eu estava com a cabeça em outro lugar.

— Pega ali, por favor? — apontou para o molho de tomate que estava em cima da bancada.

— Ali? — não percebi, mas tinha apontado para o alho. Bela distração estava a minha cabeça.

— Josh, está acontecendo alguma coisa? — encarou meu rosto, desconfiada.

— Triste com o fato de vocês terem me largado e me deixado sem o meu próprio carro. — menti, mas permaneci com um sarcasmo.

— Eu sei que vocês às vezes não se suportam, mas converse com Any. — aconselhou.

— E por que eu deveria? — me fiz de sonso.

— Não viaja. — me deu uma leve tapa nos ombros. — Eu vi o jeito que se olhavam quando eu cheguei. — arregalei os olhos.

— Não íamos nos beijar. — afirmei, nervoso.

— Eu falei que iam? — se divertiu com as minhas pernas trêmulas.

Droga.

— Não quero falar sobre isso. — encarei o pano de prato.

— Tudo bem, conversa com ela. — Joalin prendeu a risada.

— Foi culpa da Isabela, se ela não... — minha indignação saiu um pouco mais alta do que planejava.

— Por que você deixou?

— Eu não deixei, ela...

Interrompeu novamente.

— Fica calmo. — olhou para as minhas pernas, disfarcei. — Por que sempre fica nervoso quando falo dela? — mencionou Any.

— não sei. Talvez, seja a Any. — senti a risada de deboche.

Ela já tinha sacado que quando se tratava de Any, o coração parecia querer sair para fora.

— Tem algo para me falar? — ainda desconfiada, perguntou.

— Não, não tenho. — cruzei os dedos.

— Ah, você tem sim. — olhei para longe. — O que explica aquele jeito que você olha pra ela?

Revirei os olhos. Ela continuou:

— Estou esperando você responder.

— Tanto faz, eu não estou apaixonado. E isso, é tudo.

Ergui as sobrancelhas.

— Eu disse que estava?

Puta merda, me entreguei demais. Aquela psicologia reversa me fazia sorrir por dentro, mas tremer externamente.

— É, nem precisa falar mais nada. — foi em direção dos talheres.

(...)

Parei de falar na mesma hora que Any desceu as escadas.

E se hoje eu me divertisse um pouco?

(...)

Would my love still be good for you?Onde histórias criam vida. Descubra agora