Capítulo 4

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"Basta um vôo, e nós estaríamos no mesmo fuso horário Sei que isso parece loucura, mas eu queria tanto te ver

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"Basta um vôo, e nós estaríamos no mesmo fuso horário
Sei que isso parece loucura, mas eu queria tanto te ver...
Eu sei que isso é mais que apenas uma amizade
E eu posso também ouvir você pensando sobre isso, sim"

POV ANY

Após ler o papel que foi deixado pelo menino misterioso, olhei para Sabina como quem pedisse ajuda sobre a situação.

— Se você estivesse em meu lugar, o que faria? — perguntei, apreensiva.

— Eu não pensaria nem duas vezes e ligaria — respondeu com uma expressão óbvia.

— Então resolvido, não farei. — franziu a testa, gargalhei.

Meu sorriso era irônico, mas propunha um pouco de nervoso.

— Por que, Any? — senti um ar de indignação ao ouvir sua voz.

Só pelo simples fato de eu não conhecer o menino. Talvez, por ter sido grossa sem querer. Devia ser por isso. Soltei uma resposta rápida.

— Acho que não tem um motivo concreto. — levantei. — Mas agora, nós precisamos ir, temos coisas para fazer na empresa.

— Tudo bem, não faça nada que ache que vá se arrepender. — levantamos, prendendo o dinheiro abaixo do catálogo.

Antes de procurar pelo carro, encarei a mesa que os meninos sentaram antes — agora estavam vazias — e suspirei. Prosseguimos entrando no carro e estou tão perdida ainda tentando processar sobre tudo. Pedi para que ela tomasse o controle da direção.

— Filho da puta. — apertei os olhos e pensei ter falado mentalmente, mas a indignação era grande demais para qualquer sussurro mínimo.

— Amiga, você sabe que eu não suporto a idéia de você simplesmente fechar a cara e ficar nesse seu mundinho.

— Relaxa. Coisas da vida, sabe? Coisas bobas.

(...)

Quebrei o silêncio.

— Você acha que algum dia, sei lá, eu... — gaguejei.

— Você o quê? — virou o rosto num relance, voltando o olhar para o volante.

— Esse negócio de namorar, se apaixonar...

— Claro que sim, Any. — seu olhar era esperançoso. — Todo mundo um dia vai, pode ter certeza.

— Hum... — encolhi os ombros. — E o que você acha que é o amor, hein?

— Sempre existirá alguém tentando definir o amor. E algo que não se pode discutir, é que ele é o sentimento mais facilmente sentido por nós.

— Não sei se por mim... — ela revirou os olhos.

— É uma brincadeira e o desafio é a conquista. Entre nesse jogo, se ele for a pessoa certa, vai ser a melhor aventura da sua vida.
Mas se ele não for, é mais um aprendizado pra você se tornar mais forte do que já é.

Would my love still be good for you?Onde histórias criam vida. Descubra agora