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Boa leitura! 📖
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Ananda: Mãe, fica tranquila, são só algumas tonturas.- digo mais uma vez mas ela continua com o semblante preocupado.

Tonturas, sonolência, dores musculares, náusea e ânsia de vômito têm sido coisas que estão mais comuns do que deveriam no meu dia-a-dia. Já se passaram alguns dias depois do meu aniversário, esses sintomas têm se agravado gradativamente, mas não é algo que eu conte pra os meus pais ou pro Danilo, eles só ficariam preocupados atoa.

Mônica: Você vai fazer um exame querendo ou não.- nego com a cabeça mas ela me olha firme.
Ananda: Não precisa se preocupar.- beijo a bochecha dela.- Se piorar, eu faço.- ela respira fundo e assente.
Mônica: Vai me dizer se piorar?
Ananda: Vou. Agora eu posso ir? O Danilo está me esperando.
Mônica: Toma cuidado.

Eu me despeço dela, passo cinco minutos escutando as indicações médicas dela, ela, sendo a boa doutora que é, não poderia deixar de me dar mil e uma indicações médicas, sorrio e saio de casa. O uber que eu pedi já está me esperando, entro no carro e quando fecho a porta sinto o cano de uma arma ser prensado na minha bochecha. Tento normalizar minha respiração quando vejo os dois homens olharem pra mim sorrindo, um deles começa a dirigir enquanto o outro continua apontando a arma pra mim.

Xxxx: Fica na boa. A gente só quer o teu dinheiro.- arregalo os olhos.
Ananda: Is-isso é um roubo ou um sequestro? Porque tem diferença entre os dois. Olha, eu não funciono muito bem sobe pressão, eu começo a falar e falar mais e mais. Como agora.- sorrio nervosa e um deles revira os olhos.
Xxxx1: Isso seria um roubo, mas parece que a gente vai faturar mais com um sequestro.- sorri maliciosamente e eu arqueio a sobrancelha.
Ananda: Vocês não acham que ganhariam mais trabalhando? Não que seja da minha conta, a vida é de vocês. Mas é que Deus ajuda quem cedo madruga.- tento dissipar meu nervosismo, o mais alto que está no volante dirige em um caminho que eu desconheço totalmente, até porque eu quase não saio de casa.

Passam alguns minutos, ele continua dirigindo, o caminho parece não ter fim, eu tento o máximo possível segurar minha língua, nenhum dos dois parecem gostar muito de falar e eu, de uns tempos pra cá, tenho me tornado uma verdadeira maritaca, como diz meu pai.

Xxxx: Vou vai colaborar com a gente e aí nada acontece contigo, beleza?- o que está dirigindo fala e faz a curva em uma estrada de terra.
Ananda: Bom, acho que o melhor é vocês me dizerem pra que querem o dinheiro e eu ajudo.- sugiro com um sorriso amigável e eles dão risada.
Xxxx: Nem fuden...
Ananda: Opa, sem palavrões.- o interrompo.- Que tal se nós nos conhecêssemos melhor? Eu começo, meu nome é Ananda Bueno, eu tenho 18 anos e sou cristã. E vocês?
Xxxx1: Cristã? Minha mãe também.
Xxxx: Cala a boca, Michel.- resmunga e eu olho pro Michel sorridente.- Droga.
Ananda: Ok, Michel. E você?- pergunto com uma pontinha de esperança e ele bufa me ignorando.- Tudo bem, você é bem na sua, eu respeito.- suspiro tamborilando meus dedos na minha coxa, o Michel depois de um tempo tira a arma de perto do meu rosto e eu sorrio pra ele.- Michel, você parece ser mais amigável que o seu...irmão?- completo franzindo o cenho e ele assente disfarçadamente.- Seria melhor que vocês me deixassem ajudar espontaneamente no que vocês estão precisando, vocês dois não parecem fazer isso com muita vontade.- constato e o outro homem nos olha pelo retrovisor.
Xxxx: A nossa mãe tá doente.- arregalo os olhos quando ele diz e percebo que ele para o carro.

Nós três saímos do carro, olho ao redor e fixo meu olhar na pequena casa à minha frente. Estamos no meio do mato, a única casa que eu vejo é essa, ela é pequena e parece ser bem simples. Eu tento procurar palavras certas pra dizer à elas, eu realmente quero entender a versão deles, nós três entramos na casa, tem apenas um cômodo, como uma sala, com um sofá pequeno, uma estante com um televisão, tem uma mesa e uma geladeira um pouco desgastada. O Michel aponta pro sofá, eu me sento e eles ficam à minha frente.

Ousado AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora