Dia 2 de novembro, sábadoApós uma boa noite de sono acordei cheia de energia.
Assim que abri a porta senti um ótimo cheiro a waffles. Andei ainda de meias com um passo silencioso até à cozinha.
-Bom dia – disse Ellie sorridente ao me ver – um pequeno almoço especial para a minha filha especial.
Aproximei-me dela e sorri – tenho pena da outra filha – ri.
-Como correu ontem a tarde na casa da Bela? – eu odeio mentir à minha mãe, eu quero lhe contar sobre tudo, mas nem sei se posso.
-Correu bem – disse eu.
Midnight aparece – sei que pode doer, mas por agora é melhor não contar – disse a voz dele na minha cabeça. Olhei para ele como se disse-se ok, pois não sabia como responder. Será que só tenho de pensar? – sim, só tens de pensar – disse ele.
Ri-me e a minha mãe olhou para mim.
-Que foi? – questionou enquanto colocava a ultima panqueca no prato.
-Nada, apenas tenho a melhor mãe do mundo – sorri.
Ela colocou os pratos na mesa e beijou a minha testa.
-O que pretendes fazer hoje? – sentou-se, e eu sentei-me na cadeira à frente dela.
-A Heather convidou-me a ir à casa dela – no fundo é verdade, só ocultei a parte "vamos falar de magia".
-Que bom, fico feliz de estarem a dar-se bem – sorriu e comeu um pouco da panqueca – ela vai bem?
-Sim, acho que voltar para a sua antiga casa fez-lhe bem.
-Ela vive sozinha? Não converso com ela há algum tempo.
-Sim. Uma vez comentou sobre um rapaz que antes namorava, mas não sei se ela chegou a tentar falar com ele – mordi a panqueca.
Ellie olhou doce para mim – o amor nunca desaparece, espero que ela encontre ele. Não que necessariamente todos nós temos de ter alguém, mas pela tristeza que notei nos seus olhos da ultima vez que a vi – bebeu um golo do seu café – parecia que queria ser amada sabes? Como se não tivesse mais ninguém. Mas acredito que ela esteja feliz em te ter agora.
Olhei para o prato ainda cheio. Heather fez uma promessa comigo, eu cumpri, ela disse que ia fazer o mesmo, mas se nada disse, significa que nada fez.
Assim que acabei de comer, a minha mãe levou-me a mim e o midnight até á casa de Heather.
Saí do carro por um salto. Dei uma aceno à minha mãe e fui até á porta.
No momento em que ia bater na mesma, ela abre antes de tocar – bom dia – disse sorridente.
-Bom dia – cumprimentei.
Ela fechou a porta e fomos andando até ao covil da lua nova.
-Uma pergunta, porquê covil? Isso não é para os vilões? – questionei.
-Tecnicamente sim, mas Melvin preferiu assim – disse midnight – dizia que esconder um segredo daqueles fazia o sentir muitas vezes mal, então por um lado, ele praticava o mal no silencio.
-Também perguntei o mesmo – disse Heather.
-Ok – compreendi – espera, tu ouviste o midnight?
-Sim – riu – mas só na minha cabeça.
-Há, ok – assim seria mais fácil, não me dava ao trabalho de repetir coisas.
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midnight secrets
Fantasy*parte dois de BUTTERFLY EFFECT* Estes jovens já haviam passado várias aventuras rodeadas de borboletas, e apesar de terem encerrado o caso, a história continua, mas agora na visão de Rachel. Melvin, seu avô emprestado, havia deixado a ela um diário...