o pedido de desculpas

9 2 42
                                    


Abri os olhos e olhei em volta. Apesar da escuridão podia ver-se um pequeno lago que acabou por recordar dos dias em que pescava com o meu pai. Nunca pensei que seria possível sonhar após morte.

Levantei-me e andei até ao mesmo. Baixei-me e passei a minha mão na água. Estava fria.

-Será que sobrevivi à queda? – olhei para o meu corpo mas não tinha quaisquer lesões.

Olhei para a lua e a sua fase era de lua nova. Coisa que não coincidia com o dia pois deveria estar cheia, o motivo que fez o homem raptar midnight na noite passada.

Uma luz intensa vinda do lago chama-me à atenção. O seu brilho recordava-me o dia das bruxas durante o ritual.

Vários círculos luminosos foram surgindo formando escadas que ia em direção da lua.

Com cuidado pus o meu pé direito na primeira escada e quando percebi que era seguro subi até ao fim das mesmas.

Com cuidado pus o meu pé direito na primeira escada e quando percebi que era seguro subi até ao fim das mesmas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Parei no ultimo degrau. A lua parecia enorme. Está perfeita.

-Rachel Gray – disse uma voz doce.

-Lua? És mesmo tu?

-Quando se acredita nas coisas podemos as ver.

-Eu cometi um grande erro...

-Tu não cometeste, eu cometi.

Olhei estranho para ela – não percebo.

-Eu vi grandes oportunidades em ti, achei que fosses merecedora de maior poder... porém evitei falar, devia ter te explicado.

-Como eu posso ser merecedora de algo que usei para matar alguém? Eu nunca irei me perdoar. Como irei explicar isso para os pais deles? – olhei para baixo e pude ver o meu reflexo em forma de mancha no lago. Escuro e frio, tal como sou.

-Rachel, representas tudo aquilo que disse. Eu escolhi-te pela tua coragem, tua bravura e paixão. Mesmo que não acreditas que a tens, eu vejo. Por isso que irei dar-te outra oportunidade, já que agora sabes que poderes possuis.

-Oportunidade? – olhei para ela e parecia que as suas fases iam se alterando aos poucos.

-É a única forma de poder desculpar o que te fiz passar.

Permaneci em silêncio.

-Não entendo, porque fingiste ser uma sombra em vez de me falares?

-Eu não fingi ser uma sombra – disse calma.

Olhei para ela novamente confusa – mas tinha uma sobra a ajudar-me nos meus sonhos, se não eras tu quem era?

-A sombra era uma alma que estava perdida no tempo à muito, mas foi desperta, quando te viu em apuros entrou nos teus sonhos.

-Uma alma...

-Não tenho mais tempo.

-O que faço?

midnight secretsOnde histórias criam vida. Descubra agora