Gizelly, que havia chegado de viagem, foi para o banheiro da suíte delas, tomar um longo banho, enquanto Rafaella foi para o banheiro do quarto de hóspedes tomar um banho rápido para começar a preparar o almoço.
Quando Gizelly saiu do chuveiro mais ou menos uma hora mais tarde, Rafaella já estava com a massa pré-cozida, o queijo e o molho dispostos no balcão esperando para a hora da montagem, e a carne moída temperada já no fogo, mais ou menos pelo meio do tempo de cozimento.
- Nossa, esse cheiro tá muito bom – Gizelly comentou, abraçando Rafa por trás e fazendo um carinho na sua barriga.
- Ei, nem vem me atentar, tô concentrada aqui no nosso almoço – Rafa retornou.
- Quanto tempo até eu poder te desconcentrar novamente?
- A carne fica pronta em uns dez minutos, vou montar e colocar pra gratinar, em uns trinta minutos a gente senta pra comer, tá?
- Tá – Gizelly respondeu.
Gizelly caminhou pela sala, foi até o quarto duas vezes, colocou música para tocar, mudou de música mais de uma vez, colocou os pratos, talheres e guardanapos na mesa, do jeito que ela sabia que Rafaella gostava, e também abriu uma garrafa de vinho, servindo uma taça para cada uma delas.
- Que que cê tem? – Rafa perguntou, percebendo a inquietação de Gizelly ao fazer mil e uma coisas naquele curto espaço de tempo de pouco mais de vinte minutos.
- Eu? – Gizelly questionou – nada ora, tô com fome.
- Sei – Rafa comentou, desconfiada – só mais uns cinco minutos e já tiro do forno.
Gizelly sentou no sofá tentando controlar a própria respiração e o tremelique em suas pernas, desde sua prova da autoescola ela nunca tinha sentido as pernas tremerem daquele tanto. Rafaella a chamou para a mesa, mas ela só ouviu quando a namorada a chamou pela segunda ou terceira vez.
- Gi, Gi – Rafa chamou – tá na mesa, meu amor, não tá me ouvindo chamar?
Rafaella sentou e Gizelly se dirigiu à mesa, sentindo seu coração acalmar um tiquinho ao ver o sorriso que ela amava estampado na cara da sua mulher.
- Pera – Gizelly falou antes de sentar – vou só aqui no quarto, rapidinho.
Rafaella estranhou, mas esperou Gizelly, que caminhou quase tropeçando até o quarto e voltou com uma girafinha de uns trinta centímetros de altura com um zíper na barriga. Rafa riu ao ver a girafinha que havia se tornado a marca do relacionamento delas pelo shipp que foi criado durante o BBB.
- Somando as minhas e as suas acho que essa é a quinta girafa que a gente dá uma pra outra nesses dois anos de namoro – comentou, ainda rindo – eu amo, vou fazer uma família de girafinhas.
- Essa é diferente – Gizelly falou com a voz trêmula.
- Ela é menorzinha, mas não tão pequena quanto a que você comprou lá no safari, ela pode ser a irmã mais velha – Rafa comentou, sorrindo – ela vai ficar muito linda perto da nossa girafinha versão amigurumi.
- Eu falei com a dona Genildinha – Gizelly finalmente conseguiu falar com a voz um pouco mais firme – eu pensei em tanta coisa, Rafa, viajar pra Goiânia com você, levar minha família, trazer todo mundo pra cá, reservar um restaurante pra gente jantar, já tinha considerado até esperar mais pra ajeitar uma coisinha mais arrumada e mais chique.
- Falou com a mamãe? Sobre o que? – Rafaella apertou os olhos pela confusão, sem entender do que Gizelly estava falando.
- Conversei muito com ela, ela que me lembrou que a gente nunca precisou de lugar chique, nem de nada dessas coisas e que nem precisava ser uma coisa super planejada porque eu devia deixar o super planejamento pra você, pra festa.
- Festa? Que festa? – Rafa perguntou, mais confusa do que antes.
- Jesus Cristo, eu definitivamente não sei como fazer isso, espera – Gizelly pediu – a lasanha vai esfriar, mas eu vou falar logo.
A advogada puxou o ar e fechou os olhos por alguns segundos para acalmar a respiração e organizar os pensamentos. Depois tomou as mãos de Rafaella entre as suas e olhou bem no fundo dos olhos verdes dela.
- Eu amo você, Rafa. Amo tudo que a gente dividiu nesses dois anos, tudo que a gente construiu junto, amo o tanto que a gente é parceira em simplesmente tudo que a gente se mete a fazer, o tanto que a gente se apoia, o tanto que a gente se permite, o tanto que a gente tem liberdade e dá liberdade uma pra outra. Eu cresci tanto nesses dois anos com você.
- Cê não vai terminar comigo, não, né? – Rafa perguntou, nervosa.
- Tá louca? – Gizelly perguntou – deixa eu continuar... eu amo a nossa vida, eu quero que seja a gente, eu quero tudo isso sempre, as nossas viagens juntas, a saudade quando a gente viaja separado, os reencontros, a correria, voltar pra você todo dia, comprar uma casa no chão, trazer nossa família pra mais perto... aumentar a nossa família... do jeito que a gente sempre fala, do jeito que a gente sempre planeja – Gizelly respirou profundamente antes de continuar – eu quero começar a colocar esses planos em prática.
Gizelly soltou as mãos de Rafaella para abrir a barriga da girafinha, retirar daí de dentro uma pequena caixa preta em formato retangular e colocá-la aberta na mesa, de frente para Rafa.
- Pai amado – Rafaella colocou a mão sobre o próprio coração, sentindo seu corpo tremer.
- Eu amo você e eu sei disso porque eu faria tudo de novo, eu começaria tudo outra vez, isso pra mim que é amor, eu faria de novo as coisas mais loucas, como ir para um reality show e me apaixonar por uma mulher diante de uma infinidade de câmeras que tavam transmitindo tudo pra um país de duzentos e não sei quantos milhões de pessoas.
Rafaella deu uma risadinha nervosa e secou algumas lágrimas que insistiam em escapar de suas pálpebras.
- Você já é minha mulher – Gizelly continuou – isso já é um casamento, e tem sido a experiência mais incrível da minha vida. Só que eu quero que a gente formalize, bonitinho, de acordo com a lei, do jeito que tem que ser. Eu até já coloquei nossos nomes nas alianças – ela apontou para a caixinha aberta – falta só a gente decidir a data e eu mando gravar também. Isso é, se você topar – Gizelly complementou, o nervosismo voltando à sua voz – casa comigo?
- Isso já é um casamento – Rafa repetiu sorrindo – e eu diria sim pra você, todos os dias, de novo e de novo, pra tudo que você me pedisse, você sabe que a resposta é sim. Por mim a gente casava amanhã, mas eu quero convidar muita gente e fazer uma festança! Cê sabe que eu sou assim, amo uma festa.
- E esse é um dos mil motivos pelos quais eu amo você – Gizelly sorriu.
P.S.1 Meu Deus, tô mais soft do que nunca. A culpa é de vocês que ficam dando cabimento pra meu romantismo nesta fic hahaha
P.S.2 Desculpem a demorinha, terminei meu trabalho e hoje tô cuidando da minha vovó. Tô postando pelo celular, então perdoem se tiver algum erro de digitação.
P.S.3 Viram a live da Naiara com a Rafa apresentando ontem? Deu pra fanficar um tiquinho hahahaha
P.S.4 Obrigada mais uma vez por tanto amor e apoio aqui na fic 😭❤️🏳️🌈
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Até que enfim (GIRAFA)
RomansaRafaella já tinha decidido que não ia fazer isso ali dentro, que não ia conversar com Gizelly ali, que não iria ceder à vontade que crescia dentro dela. Por que diabos ela não conseguia manter as próprias decisões? *Esta história é uma obra de ficçã...