Até que enfim (GIRAFA)

Pedacinho de pra sempre

Manu vinha caminhando com Igor e Gizelly e carregava nas mãos uma enorme lata decorada na parte externa. O desenho era de uma loja ou um pequeno café com um design bem clássico, cheio de cores suaves, cercada por mesinhas onde havia várias pessoinhas sentadas tomando chá.

- Meu Deus – Manu entregou a lata a Igor – se eu passar mais três meses sem te ver, você vai tá do meu tamanho, Lalá.

Manu ficou de joelhos para abraçar a afilhada e Malaika encheu seu rosto de beijos. Ela devolveu os beijos no rosto da menina.

- Eu e o seu dindo trouxemos um presente pra você!

- Eu quero – a menina disse, sorridente.

Igor baixou o corpo e mostrou a lata gigante, colocou-a no chão diante de Malaika. A menina abraçou o padrinho antes de abrirem o presente, juntos.

- Agora você vai ser dona da sua própria loja de chá – Manu explicou mostrando a lata gigante.

Quando abriu a caixa, a menina ficou encantada com o que havia dentro. Era um conjuntinho de seis xícaras clássicas e pires e um bule para chá da tarde, de um material que parecia louça, mas na verdade era um plástico especial que era seguro para crianças. Havia também um conjunto de várias caixinhas de chás especiais, de folhas e de frutas e mistos.

- Agora que ela só vai querer saber de tomar chá – Rafa comentou, rindo.

Malaika foi logo dizendo que convidava todos para tomar chá em sua loja e pedindo a mamãe Gi que a ajudasse a preparar os chás. Mas Gizelly a convenceu de que eles fariam o chá da tarde no dia seguinte, já que era quase hora de almoço e a festa de aniversário começaria às quatro da tarde, dali a poucas horas.

Depois do almoço, Manu e Igor se instalaram em um dos quartos de visitas, enquanto Rafa e Gi foram checar os últimos detalhes da organização da festa lá no jardim.

- Tá tudo tão lindo – Gi comentou com a decoradora – muito obrigada, você transformou esse jardim no fundo do mar mesmo.

- Ficou lindo demais, do jeito que a gente imaginou – Rafa comentou.

As duas se afastaram, olhando os detalhes por aí, maravilhadas com o que a equipe de decoração tinha feito com o seu jardim frontal, que agora estava coberto de decoração de tons verdes e azuis, com bichinhos marinhos de pelúcia espalhados, além de brinquedos para as crianças, como escorregadores que davam numa piscina de bolas azuis.

- Terceiro aniversário que ela passa com a gente – Gizelly comentou – parece que foi ontem que a vimos pela primeira vez.

- Parece mesmo – Rafa respondeu – às vezes eu queria que passasse só um pouquinho mais devagar. Nossa menina tá crescendo muito rápido.

Gizelly a puxou para abraçá-la pela cintura, como sempre fazia, e sorriu para ela.

- Tem sido um presente dividir essa jornada com você – ela falou – vocês são a melhor parte de mim.

- Eu amo você – Rafaella falou, emotiva – cê não sabe o tanto não... cê vai saber mais tarde.

- Como assim? – Gizelly perguntou, curiosa – do que cê tá falando?

- De nada – Rafa colocou um dedo sobre os próprios lábios – é segredo. Cê trouxe o presente da Malaika?

- Sim, o rapaz montou na garagem – Gizelly respondeu, em seu rosto a expressão de dúvida sobre o que Rafaella havia acabado de falar.

- Ela vai pirar de alegria quando vir – Rafa bateu palmas e riu, ignorando a carinha curiosa de Gizelly.

Às quatro da tarde, a família estava no jardim. Gizelly vestia um macacão verde escuro de tecido pesado. Rafaella usava uma calça de cintura super alta, azul marinho e um cropped branco. A pequena Malaika usava um vestido branco, com botões em formato de estrela do mar amarelos, a cor favorita dela, e carregava na mão um enfeite para a cabeça em formato de estrela do mar, que ela iria usar mais tarde para brincar com seus amiguinhos.