Capítulo 18

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Notas do Autor

O segundo capítulo como prometi para vocês. Boa leitura e Kissus *3*

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Nuvens cinzentas tomavam o céu o deixando nublado. Gotas finas de chuva começavam a cair, chocando contra o vidro do meu carro. Dirigia com cuidado nas ruas de Seattle até o hospital onde minha mãe se encontrava em coma. Só de imaginá-la naquela situação o coração apertava novamente, mas eu tinha a plena certeza que ela acordaria. Ela é forte. E então, contaria tudo a ela.

Deixei o carro no estacionamento do hospital. Andei até a recepção onde me deixaram subir depois de informar quem eu queria ver. Entrei no elevador e apertei o botão do andar em que minha mãe estava. Durante a "viagem" até lá, alguns médicos e enfermeiros entravam e saíam fazendo seus respectivos trabalhos.

-Oi, Jason. –Cumprimentei ao entrar no quarto. Estava observando minha mãe, sentado numa poltrona ao lado da maca. Ele me olhou.

-Oi, Katherine. Tudo bem? –Se levantou e se aproximou. Seus olhos estavam vermelhos e cansados. Quanto tempo será que ele estava ali?

-Eu estou bem. E você está acabado. Deveria descansar um pouco. –Ele suspirou e se virou para a minha mãe.

-Não consigo deixá-la. Preciso estar aqui quando ela acordar.

-Eu sei, mas precisa descansar. Eu posso ficar aqui hoje, aliás, não trabalho mesmo. –Dei de ombros.

-Não precisa. George deve chegar daqui a pouco. Mas acho que vou sim descansar...

-Faça isso. Mas como está o quadro dela? –Me aproximei e sentei no pequeno espaço que havia na maca, a olhando. Passei a mão em suas madeixas e desejei profundamente que ela acordasse logo.

-O médico disse que está tudo bem com ela. Nenhum tumor surgiu ou coisa assim. O que nos resta é apenas aguardar que ela acorde.

-Entendo... –Meu celular vibra e o pego do bolso da calça. Olhando o visor, vejo que é uma mensagem de Clarisse perguntando se eu estaria em casa hoje para que ela e Camila me visitassem.

-Pode ir, Katherine. Eu fico aqui até George chegar. –O olhei e suspirei. Dei um beijo demorado na testa da minha mãe e me levantei.

-Vocês realmente a ama, não é? –Ele me observou por alguns segundos, assentiu e suspirou.

-Sim, mas não tive coragem o suficiente de assumi-la. Realmente correr atrás e criar uma família... –Sua voz foi sumindo, parecia pensativo.

-Impedimos com que coisas boas venham a nossa vida por medo, ou falta de coragem... E então, só o que nos resta é imaginar como teria sido se não tivéssemos deixado nosso medo nos dominar.

-É verdade. Mas não adianta chorar pelo leite derramado, não é? –Assenti ao dar de ombros.

-Bom, eu vou agora. Qualquer coisa você ou o George me liga que eu venho imediatamente. Nem que ela tenha movido um dedo, mas me liga. Creio que tenha pego meu número com o meu pai. –Ele assentiu e sorriu de canto.

-Peguei sim. Fica tranquila, qualquer coisa eu ou George te avisa.

Me aproximei da porta do quarto, mas ele me impediu.

-Katherine, espera. –Mantive minha mão na maçaneta da porta e o olhei.

-Sim? –Ele abriu a boca, mas não disse nada. Franziu um pouco a testa e suspirou. Parecia querer me falar algo.

-Nada... Se cuida.

Saí do quarto e passei pelo corredor até chegar ao elevador. O que ele queria me dizer?

Meus Chefes - Livro 2 - Meus ProfessoresOnde histórias criam vida. Descubra agora